Dólar abre em queda de 0,26%, seguindo melhora no humor do mercado

Investidores demonstram maior apetite ao risco no último pregão de março; extensão do fundo de ajuda europeu também anima

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SÃO PAULO – Mantendo a tendência vista na última sessão, quando interrompeu uma sequência de três altas, o dólar comercial abriu esta sexta-feira (30) com queda de 0,26%, cotado na venda a R$ 1,8225. Os seguidos dias de mau humor no mercado global colaboram para a correção positiva vista no último pregão de março – aliado à queda do dólar, as principais bolsas do mundo operam em alta.

Apesar dessa desvalorização, a moeda norte-americana caminha para fechar o mês com forte alta – até este momento, o avanço gira na casa dos 6% -, impulsionada pela série de medidas anunciadas pelo Governo para inibir a entrada de dólares no País e, consequentemente, diminuindo o valor de mercado da divisa. No acumulado do ano, no entanto, ela ainda acumula queda de mais de 2%.

Europa anima mercados
Mais uma vez, o continente europeu dá o tom dos negócios. Em comunicado oficial, os ministros de finanças da Zona do Euro declararam que um acordo para elevar os fundos à € 700 bilhões, abaixo das projeções de um valor de € 950 bilhões. O montante foi dividido em € 500 bilhões para responsabilidade do fundo permanente e € 200 bilhões do fundo temporário.

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Além desse montante, € 49 bilhões do primeiro fundo destinado a combater a crise – conhecido como EFSM (Mecanismo Europeu de Estabilidade Financeira) -, e € 53 bilhões de euros em empréstimos bilaterais. Os países membros ainda concordaram em fornecer € 150 bilhões em contribuições ao FMI (Fundo Monetário Internacional).

Agenda econômica
Nos EUA, o núcleo do PCE (Personal Consume Expenditure), utilizado como medida oficial de inflação pelo governo, mostrou avanço de 0,1% nos preços em fevereiro, em linha com o esperado pelo mercado. Ainda por lá serão conhecidos o Chicago PMI, o qual mostrará o nível de atividade industrial da região, assim como o Michigan Sentiment, responsável por medir a confiança dos consumidores.

Por aqui, atenção a indicadores ligados à atividade industrial. O Índice de Confiança da Indústria registrou alta de 0,5% em março de 2012 sobre o mês anterior, ao passar de 102,5 pontos para 103,0 pontos. Foi o sétimo mês consecutivo abaixo da média histórica desde 2003, de 103,8 pontos. Já o IPP (Índice de Preços ao Produtor) da indústria de transformação apontou variação negativa de 0,38% em fevereiro.