Dogecoin, a criptomoeda meme, dispara mais de 400% na semana e entra para top 10 de maiores moedas digitais

Com este rali, a criptomoeda agora tem um valor de mercado de cerca de US$ 34 bilhões

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Criada como uma grande piada, a criptomoeda Dogecoin segue fazendo suas graças no mercado e agora está entre as dez maiores moedas digitais do mundo em valor de mercado.

A ascensão teve início há cerca de uma semana e agora nestes sete dias a alta acumulada da cripto chega a 460%, cotada a US$ 0,394 na tarde desta sexta-feira (16). No acumulado de 24 horas os ganhos são de 198%. Com este rali, a criptomoeda agora tem um valor de mercado de cerca de US$ 34 bilhões.

Essa cripto moeda tem seu nome baseado em um meme de internet chamado “Doge”. Ele ganhou popularidade em 2013 e retrata um cachorro da raça Shiba Inu ao lado de frases sem sentido em um texto multicolorido usando a fonte Comic Sans.

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A Dogecoin foi criada pelos engenheiros de software Billy Markus e Jackson Palmer para ser usada como uma alternativa mais rápida e “divertida” ao Bitcoin. Desde então, ela ganhou fama na comunidade cripto.

Esta não é a primeira vez que a criptomoeda tem um rali forte. No início deste ano, junto com o fenômeno envolvendo as ações da GameStop por conta de fóruns no site Reddit, alguns usuários também ajudaram a impulsionar os preços da moeda digital.

A disparada, porém, não parece ter nenhum fundamento que realmente se sustente, o que leva a uma nova discussão entre especialistas sobre uma possível bolha no mercado de criptoativos, que hoje conta com milhares de ativos diferentes, sendo que muitos têm pouca liquidez ou não tem uma grande utilidade.

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Para esta nova arrancada, há quem aponte como um dos motivos a estreia das ações da Coinbase, a maior corretora de criptomoedas dos Estados Unidos, na Nasdaq na última quarta-feira. O movimento foi histórico e a empresa se tornou a primeira do tipo a ter ações, o que foi visto como um comprovante da seriedade e poder que o mercado cripto está ganhando.

Com uma alta de mais de 30% em sua estreia, a Coinbase trouxe bom humor para o Bitcoin e Ethereum, por exemplo, com ambos os ativos renovando suas máximas históricas.

Por outro lado, uma notícia que pode ajudar a entender o que acontece com a Dogecoin é a informação da corretora americana Robinhood, que afirmou na quinta que houve uma “grande interrupção” em seu recurso de negociação de criptoativos após enfrentar “uma demanda sem precedentes”. O serviço já voltou ao normal.

Outro fator que pode ter ajudado é o apoio do CEO da Tesla, Elon Musk, que já havia comentado sobre a Dogecoin e nesta quinta voltou a falar da moeda em seu Twitter. Ele postou uma mensagem dizendo apenas “Doge latindo para a lua”.

Vale lembrar dos recados dos especialistas em criptoativos, que recomendam uma exposição de apenas 1% ou 2% do total da carteira do investidor neste mercado, evitando superar 5% para quem quiser ser mais arriscado. Além disso, antes de investir, é preciso estudar e entender as funções e fundamentos de cada criptomoeda, não comprando apenas por conta de um movimento como o visto com a Dogecoin neste momento.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.