Dividendos estão no maior nível histórico quando comparados aos juros, diz XP

Perspectiva continua positiva para a bolsa no país, com retomada da economia, juros baixos e agenda de reformas em andamento

Anderson Figo

(Shutterstock)

SÃO PAULO — Os dividendos (lucros das empresas distribuídos entre os acionistas) na bolsa brasileira estão em seu maior nível histórico quando comparados aos juros, revela um estudo da XP Investimentos.

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Segundo a equipe de análise da corretora, a diferença entre o dividend yield das empresas do Ibovespa e o juro real de cinco anos no país, que historicamente era negativa, ficou positiva no ano passado — e segue assim desde então.

“Isso significa que, antes disso, os investidores, não recebiam nada em troca de correr risco no Brasil. Agora, eles são remunerados para ter ações”, diz Betina Roxo, analista da XP.

“Esperamos que os pagamentos de dividendos sejam crescentes nos próximos anos, com a retomada da economia e o retorno dos lucros das empresas. Ou seja, os investidores têm garantia de retorno e ainda podem ganhar com a possível alta dos papéis”, completou a analista.

A pedido do InfoMoney, a Economatica levantou as dez empresas que mais pagaram dividendos na bolsa brasileira nos últimos cinco anos. Entre elas, estão integrantes dos setores financeiro e elétrico.

A ação que mais remunerou os investidores no período foi a da Comgas (CGAS5), com dividend yield médio de 20,06% nos últimos cinco anos. Em seguida, aparece o papel da Taesa (TAEE11), com yield médio de 11,48%, e da Ferbasa (FESA4), com 9,68%. Veja a lista completa no gráfico acima.

Para 2020, Betina destacou que continua vendo a bolsa como um investimento muito atrativo. Para a XP, as empresas continuarão apresentando crescimento de lucros tendo em vista, entre outros fatores, o cenário de retomada econômica. A corretora espera crescimento de PIB de 2,3% em 2019.

Além disso, as taxas de juros estão nas mínimas históricas, já que a Selic foi cortada neste mês em mais 25 pontos-base, para 4,25% ao ano.

A analista também destacou que há reformas em andamento (após reforma da Previdência, estão na agenda reforma tributária e trabalhista, entre outras microeconômicas), que elevariam a produtividade e eficiência do país, assim como os investimentos, sendo muito importantes para a sustentabilidade do crescimento no longo prazo.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.