Dívida da Petrobras sobe R$ 75 bi com alta do dólar; “trégua” na Usiminas e mais no radar

A dívida da Petrobras teve um aumento de R$ 74,8 bilhões com a forte alta do dólar, de acordo com cálculo feito pela Economática a pedido do jornal Folha de S. Paulo; veja mais 10 notícias

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A volta do feriado é bastante agitada no noticiário corporativo, com diversas notícias entre a última sexta-feira e a manhã desta terça-feira (8).

A dívida da Petrobras teve um aumento de R$ 74,8 bilhões com a forte alta do dólar, de acordo com cálculo feito pela Economática a pedido do jornal Folha de S. PauloNo estudo, foi usada a cotação de um dólar para R$ 3,70. A desvalorização do real frente ao dólar preocupa nesse sentido, uma vez que 83% do endividamento da Petrobras está atrelado a moedas estrangeiras – de acordo com o último dado oficial liberado pela empresa.

Em destaque ainda, o Techint Group, que controla a fabricante de tubos de aço Tenaris, está sendo investigado pela procuradoria de Milão sobre suposta corrupção internacional envolvendo contratos celebrados com a Petrobras, divulgou a empresa nesta segunda-feira.

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A Techint está sendo investigada com base em uma lei que torna as empresas responsáveis por atos de seus funcionários, afirmaram duas fontes próximas ao assunto. Em comunicado, a Techint reconheceu que foi solicitada a entregar documentos à polícia fiscal relativos às investigações em curso no Brasil sobre empresas de engenharia e construção que trabalharam em projetos com a Petrobras.

“A Techint … respeita as leis e regulamentos em vigor em todos os países em que trabalha”, disse.

Enquanto isso, o governo da província argentina de La Pampa espera retomar hoje campos que eram explorados pela Petrobras e cujos contratos de concessão se encerraram. Por decisão tomada em fevereiro e confirmada dia 26 pelo Parlamento regional, a zona de Jaguel de los Machos passará ao controle da estatal Pampetrol, criada há dois anos.

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Inconformada com a medida, a unidade argentina da empresa brasileira enviou uma carta ao governador kirchnerista Oscar Mario Jorge, na qual informa ter recorrido à Suprema Corte com uma medida cautelar para impedir o uso da área até a sentença definitiva. A empresa sustenta que um decreto firmado em janeiro por Jorge garantiu a extensão do contrato. Deputados regionais e o próprio governante argumentam que o Legislativo local rejeitou a proposta um mês depois.

Conforme o subsecretário de hidrocarbonetos e mineração da província, Matías Toso, até a quarta-feira passada, a administração regional não havia sido notificada de uma disputa judicial. “Trata-se só do término de uma concessão. Temos empresas terceirizadas interessadas para seguir a produção sem cortes a partir do dia 7”, disse Toso è reportagem.

Braskem
A Braskem (BRKM5) informou aos seus acionistas e ao mercado que celebrou com a Petrobras um novo contrato para o fornecimento de nafta petroquímica, nas mesmas condições comerciais do último aditivo contratual, com validade até 31 de outubro de 2015.

A companhia informa ainda que continuará empenhada em encontrar uma solução estrutural que permita a celebração de um contrato de longo prazo de fornecimento de nafta com a Petrobras que assegure a competitividade da indústria química e petroquímica brasileira.

BR Insurance
A Brasil Insurance (BRIN3) informou que Marcelo Epperlein foi eleito presidente, conforme consta na ata da reunião realizada na última sexta-feira (4). 

CCR (CCRO3)
A CCR AutoBan, que administra o Sistema Anhanguera-Bandeirantes, informa, em nota que tomou conhecimento no dia 4 deste mês da sentença proferida pelo juiz da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo que invalidou o Termo Aditivo Modificado nº 16/2006 ao Contrato de Concessão nº CR/05/1998, que havia aumentando o prazo de concessão da companhia de 2018 para 2026 e espera que a decisão seja “integralmente reformada” pelo Tribunal de Justiça de São Paulo.

“Mesmo com a decisão, o Grupo CCR mantém sua confiança no marco regulatório, na legislação em vigor, na manutenção, pelo Poder Judiciário, das regras previstas nos contratos de concessão e na parceria entre a iniciativa privada e a Administração Pública do Estado de São Paulo”, diz o comunicado.

Ao dizer que confia na reformulação da sentença da 3ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, a CCR AutoBan afirma que contra essa sentença caberá recurso com efeito suspensivo, “não acarretando, portanto, nenhuma alteração na situação contratual até que ocorra a decisão final sobre o tema”.

Fibria
O BTG Pactual elevou a sua recomendação para as ações da Fibria (FIBR3) para compra, destacando que variáveis importantes, como a queda de quase 8% do real ante o dólar fizeram com que os analistas revisassem as estimativas novamente. Para a Fibria, o destaque é a geração de caixa e benefícios substanciais de diluição de custos no longo prazo. O preço-alvo passou de R$ 47 para R$ 70 por ação. 

O BTG segue com recomendação de compra para a Suzano (SUZB5), a top pick do setor com preço-alvo de R$ 26, enquanto tem recomendação neutra para a Klabin, com preço-alvo de R$ 24.

Itaú Unibanco
A autoridade de regulação bancária do Chile autorizou a fusão do Corpbanca com as operações chilenas do Itaú Unibanco Holding SA, em um dos últimos obstáculos para a conclusão do acordo no início de 2016, informou o Itaú (ITUB4) no sábado.

A expectativa é de que o novo banco, chamado Itaú Corpbanca, seja o quarto maior banco privado do Chile, com cerca de 45,2 bilhões de dólares em ativos e uma carteira total de empréstimos equivalente a 33 bilhões de dólar, disse o Itaú em comunicado.

Os dois bancos anunciaram sua intenção de fusão em fevereiro de 2014. No entanto, as negociações se alongaram desde o anúncio da operação devido a divergências nas avaliações dos ativos dos dois bancos e à espera da aprovação de órgãos reguladores.

JBS
Segundo informações da coluna Radar Online, da Veja, a J&F, holding dos irmãos Wesley e Joesley Batista e dona da JBS (JBSS3), está negociando a compra da Citgo. Ela é a subsidiária da estatal venezuelana de petróleo PDVSA nos EUA, dona de refinarias e de cerca de 6 000 postos de gasolina. A JBS negou a informação.

Light
A Light (LIGT3), em atendimento ao disposto na Instrução CVM nº 358, de 3 de janeiro de 2002, comunicou que o Conselho de Administração da Companhia e o Conselho de Administração da Light Energia aprovaram a celebração, em data a ser estabelecida, de Contrato Particular de Opção de Venda de Ações de Emissão da Renova Energia entre a BNDESPAR e a Light Energia tendo a Companhia como interveniente e anuente. 

Siderúrgicas
De acordo com informações do jornal Valor Econômico, os representantes das principais fabricantes de aço do País estiveram com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, em busca de medidas para enfrentar a crise.

Participaram do encontro, que durou mais de uma hora e meia, os empresários Jorge Gerdau (grupo Gerdau) e Benjamin Steinbruch (CSN), o principal executivo da ArceloMittal e também presidente do conselho do Instituto Aço Brasil, Benjamin Baptista, o presidente-executivo da entidade, Marco Polo de Mello Lopes, Rômel de Souza, que preside a Usiminas, André B. Gerdau Johannpeter, da Gerdau S.A. 

Os representantes do setor destacaram que a situação precisa de medidas emergenciais, sem tempo para espera de grandes mudanças e efeitos do ajuste fiscal. Isso embora apoiem o ministro em seu plano de ajuste das contas nacionais.

Com relação à Usiminas (USIM5), o mesmo jornal informa que a piora operacional na companhia gerou uma trégua entre os sócios. O jornal ressalta que a briga dos sócios controladores, a japonesa Nippon Steel & Sumitomo e o grupo ítalo-argentino Ternium-Techint, completa um ano neste mês, desde a súbito e barulhento afastamento da diretoria. Os números operacionais e financeiros pioraram e explica porque os sócios estão em silêncio há meses. Mas a aparente calmaria não significa realinhamento entre os acionistas, somente a suspensão de atos dramáticos e o foco nas operações.

Telecomunicações
 O presidente-executivo da Vivendi não descartou neste sábado que o grupo de mídia francês possa aumentar sua participação na espanhola Telefónica no futuro, mas disse que não há planos de elevar sua cota na Telecom Itália.

“Atualmente não está em pauta… mas, como eu disse, nunca diga nunca”, afirmou o CEO Arnaud de Puyfontaine a jornalistas durante o fórum de negócios Ambrosetti, no norte da Itália.

A Vivendi se tornou recentemente uma das dez principais acionistas da Telefónica, com uma participação de cerca de 1 por cento, depois de concordar com uma troca de ações da unidade brasileira da operadora de telefonia espanhola, a Telefônica Brasil, por outras da empresa principal.

A Vivendi também é a maior acionista da empresa de telefonia italiana com uma participação de 15 por cento. Negando especulações na imprensa local, o executivo declarou que a Vivendi não tinha interesse na italiana Mediaset.

Vale
Segundo o Valor, os dois principais investimentos da Vale (VALE3;VALE5) em fase final de implantação, o S11D e Moatize, poderão ter rentabilidades menores do que as imaginadas inicialmente. 

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.