Diversificação e advisory são essenciais para bater a renda fixa no longo prazo, diz CEO da AZ Quest

Presidente da gestora diz que a realidade de juros baixos vai perdurar e o investidor deve estar preparado para isso

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – Com a taxa Selic em torno de 2% ao ano, a renda fixa se torna cada vez menos atrativa para o investidor, mas antes de se aventurar em ativos mais arriscados, é preciso conhecer bem o seu perfil de risco e contar com um advisory (consultoria) competente.

Essas foram as lições trazidas pelo CEO da AZ Quest, Walter Maciel Neto, no painel “Planeje seu futuro: carteira de fundos de previdência e a nova realidade de juros baixos”, da Expert 2020.

De acordo com Maciel, para focar no longo prazo é essencial ter um advisory que conheça o cliente. “O Mark Zuckerberg [CEO do Facebook] tem 35 anos e US$ 15 bilhões de patrimônio. Ele consegue ter uma carteira só com [ações da] Bolsa. Uma pessoa de 70 anos e com R$ 100 mil na conta não pode fazer isso”, explica.

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Para o gestor da AZ, hoje, mais do que nunca, o cidadão médio precisa montar uma carteira de investimentos diversificada e adequada ao seu perfil de risco, uma vez que a renda fixa com rendimento de mais de 10% ao ano não é mais uma realidade.

Maciel analisa que pelos rumos globais e tendências da política econômica brasileira é possível prever que os juros baixos vão continuar por muito tempo ainda. “Já evitamos o caminho perigoso de gerarmos maiores rombos fiscais aproveitando-se da pandemia. Se os jornais estiverem certos e as discussões sobre reforma tributária e redução do tamanho do Estado continuam, então estamos na rota correta e isso se reflete na Selic.”

Ele recomenda, neste cenário, que o investidor aloque parte do seu capital em fundos multimercados macro, como parte de um portfolio focado em ganhos no longo prazo e que combine estratégias de mais risco com investimentos focados apenas na proteção do patrimônio.

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Maciel lembrou com uma anedota o quão importante é que o investidor não tente acertar os altos e baixos do mercado, mas busque uma rentabilidade sustentada ao longo de muitos anos.

“A Fidelity fez um estudo nos EUA e chegou à conclusão de que as carteiras que mais deram certo foram aquelas em que o investidor faleceu e os ativos foram para espólio. Isso mostra como a mentalidade de longo prazo funciona.”

Na opinião do gestor, é importante buscar ajuda em por meio de equipes profissionais que compartilhem da sua visão.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.