Dirigente do Fed destaca que risco de recessão da economia dos EUA aumentou

No entanto, Loretta Mester ressaltou que, à medida que a demanda e a oferta se equilibram melhor, uma desaceleração acentuada pode ser evitada

Estadão Conteúdo

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A presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de Cleveland, Loretta Mester, afirmou nesta quinta-feira que o risco de recessão da economia dos Estados Unidos aumentou. No entanto, ela ressaltou que, como o impulso da demanda agregada subjacente e a demanda por mão de obra estão fortes, ainda é possível argumentar que, à medida que a demanda e a oferta se equilibram melhor, uma desaceleração acentuada pode ser evitada.

Em evento do Philadelphia Council for Business Economics, Mester argumentou que os mercados financeiros podem permanecer muito voláteis à medida que as condições financeiras se apertam ainda mais.

Além disso, o crescimento pode desacelerar um pouco mais do que o esperado por alguns trimestres, e a taxa de desemprego pode mover-se temporariamente acima das estimativas de seu nível de longo prazo. “Isso será doloroso, mas a inflação alta também”, destacou.

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Política monetária para combate a inflação

A presidente do Fed de Cleveland afirmou também que, se até setembro a inflação não moderar, pode ser necessário um ritmo mais rápido de aumento das taxas de juros. Por outro lado, ela destacou que se as leituras mensais fornecerem evidências convincentes de que a inflação está caindo, o ritmo pode diminuir.

No evento do Philadelphia Council for Business Economics, a banqueira central destacou que

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no atual ambiente de alta da inflação, a taxa do Fed Funds continua muito negativa. Dessa forma, para ela, aumentos contínuos são necessários. “Na minha opinião, com a inflação tão elevada como está, a taxa de juros provavelmente precisará ir acima de seu nível neutro de longo prazo para conter a inflação”, afirmou. “Mas não podemos fazer essa ligação hoje porque vai depender de quanto a demanda modera e o que acontece no lado da oferta”, ponderou.

Mester comentou que, a menos que haja grandes surpresas, considera apropriado elevar juros em 50 pontos-base em cada uma das duas próximas reuniões.

Sobre a redução do balanço patrimonial, a dirigente ressaltou que ele continuará a encolher até que os saldos das reservas estejam próximos do nível que o Fed julga consistente com a implementação da política monetária.

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