Direcional (DIRR3), Tenda (TEND3) e JHSF (JHSF3) apresentam dados operacionais sólidos; ações fecham em alta de até 8%

Companhias divulgaram seus dados operacionais do quarto trimestre de 2021, com números considerados positivos; ações sobem

Equipe InfoMoney

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A sessão da véspera foi de recuperação para o setor de construção, em uma semana repleta de divulgação de prévias operacionais de diversas companhias.

Nesta quinta-feira (20), a repercussão ficou com os números de Direcional (DIRR3), considerados muito positivos, além de Tenda (TEND3) e JHSF (JHSF3). A sessão foi novamente de ganhos para o setor, também em meio ao cenário de queda das taxas dos principais contratos de juros futuros por aqui, com DIRR3 fechando em alta de 8,15%, a R$ 12,07, as ações da JHSF subiram 4,44% (R$ 5,17) no mesmo horário, enquanto TEND3 avançou 7,35%, a R$ 15,91.

Confira as análises:

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Direcional (DIRR3): fechando ano com chave de ouro

A Direcional registrou um valor geral de vendas (VGV) lançado total recorde de R$ 3,14 bilhões em 2021, o que representa aumento de 78%. No quarto trimestre, os lançamentos consolidados totalizaram R$ 693 milhões. Já as vendas consolidadas tiveram expansão de 27,7% no quarto trimestre na comparação anual.

Para o Credit Suisse, a companhia entregou um resultado fora da curva dentro de baixa renda com vendas recorde pelo sexto trimestre em menos de dois anos. A velocidade de vendas não desacelerou e a Riva continua rodando à “velocidade máxima”.

Os analistas destacam que a empresa conseguiu entregar geração de caixa de R$ 18 milhões no quarto trimestre dentro de um trimestre onde antecipou aquisição de matéria prima e teve alguns inícios de operações.

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Os lançamentos do ano chegaram em R$ 2,7 bilhões (60% Direcional e 40% Riva).

“Nas nossas conversas com clientes, temos percebido uma busca maior por players relativos dentro do setor e maior interesse com relação a Direcional. Alguns investidores têm destacado que a empresa está em uma direção de fortalecer o ecossistema com iniciativas de fato inovadoras e que podem ganhar relevância ao longo dos próximos trimestres”, aponta o Credit.

O Bradesco BBI também ressalta que, mais uma vez, a Direcional apresentou números operacionais robustos no trimestre, “sendo mais um período robusto fechando um ano impressionante”, com os seguintes destaques: i) as vendas contratadas cresceram no trimestre, sendo o maior recorde de sua história, apesar da desaceleração observada nos lançamentos; e ii) a empresa apresentou aumento no preço médio das unidades vendidas tanto para os segmentos Direcional quanto para a Riva, sem prejudicar seu VSO (vendas sobre Oferta) consolidado, que ficou estável no trimestre.

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“Dito isso, esperamos que a empresa continue apresentando fortes números operacionais e financeiros (margem bruta de 35%)”, aponta o BBI, que possui recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para a ação para Direcional, com preço-alvo de R$ 20.

O Itaú BBA também destaca que os lançamentos desaceleraram em relação às comparações difíceis do terceiro trimestre, enquanto as vendas contratadas atingiram outro recorde. Vale ressaltar que o forte desempenho de vendas no trimestre foi impulsionado pelos números dos projetos da Riva. O banco mantém avaliação outperform para Direcional, e preço-alvo de R$ 20,90, frente a cotação de quarta-feira (19) de R$ 11,16.

Tenda (TEND3): números sólidos no trimestre

A Tenda, por sua vez, registrou R$ 836,2 milhões em valor geral de vendas (VGV) de lançamento no quarto trimestre, queda de 6% na comparação anual.

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A empresa encerrou o ano de 2021 com VGV de R$ 3,1 bilhões, aumento de 15% na comparação anual. Nos últimos três meses do ano, foram lançados 17 empreendimentos, com total de 5.656 unidades.

O Bradesco BBI aponta que, embora seja verdade que os números operacionais da Tenda no trimestre sejam nominalmente mais fracos do que nos trimestres anteriores, eles parecem relativamente resilientes quando comparados à notável deterioração do cenário para o mercado de baixa renda – principalmente no Grupo 2 da Casa Verde Amarela.

Dessa forma, o banco acha positiva a superação no volume de lançamentos, acompanhado de um volume de vendas decente. O banco mantém avaliação outperform para Tenda, e preço-alvo de R$ 28,00.

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O Credit apontou que a empresa reportou dados neutros e alinhados com o consenso. Os lançamentos e vendas continuaram saudáveis ​​e a Tenda seguiu em frente com sua estratégia de aumento de preços na tentativa de minimizar a pressão do aumento de custos em suas margens.

Apesar dos preços mais elevados, a empresa conseguiu manter sua velocidade de vendas relativamente estável, o que foi o destaque positivo do trimestre. Contudo, embora reconheça que a avaliação parece descontada em uma base relativa, mantém uma visão cautelosa em relação à recuperação de margens e inflação trabalhista no curto prazo. Portanto, mantém classificação neutra por enquanto.

A XP diz que a Tenda apresentou números operacionais sólidos, impulsionados em grande parte por lançamentos robustos de R$ 836 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), totalizando R$ 3,1 bilhões em 2021, ante R$ 2,7 bilhões em 2020.

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A corretora não vê isso como um gatilho para as ações, ainda que siga com visão positiva para a empresa, com base no valuation atrativo, negociando em 6 vezes o preço sobre lucro esperado para 2022.

JHSF (JHSF3): destaque para a divisão de shoppings

A JHSF divulgou vendas líquidas de R$ 340,2 milhões no quarto trimestre, alta de 28,9% na base anual, mas queda de 10,1% na comparação trimestral. O projeto da Estates foi o destaque alcançando R$ 212,9 milhões nos últimos três meses do ano, totalizando R$ 588,2 milhões em 2021. Além disso, o projeto da Estate, representando 37% das vendas totais em 2021 e 63% das vendas totais no 4T21;

As vendas líquidas cresceram 28,9% na base anual, alcançando R$ 340,2 milhões no trimestre, totalizando R$ 1,6 bilhão em 2021 versus R$ 1,3 bilhão em 2020.

A XP destaca que a velocidade líquida das vendas atingiu um nível sólido, refletindo a demanda reprimida no segmento de alta renda e para os produtos da JHSF, apesar das preocupações com as perspectivas de taxa de juros do financiamento imobiliário.

Já no segmento de shoppings, as vendas consolidadas aumentaram 39% em relação ao quarto trimestre de 2019, ajudadas pelo Shopping Cidade Jardim (alta de 61%) e pela Catarina Outlet (alta de 33%) devido as restrições aliviadas, levando a uma forte venda das mesmas lojas (SSS), atingindo alta de 30% em relação ao quarto trimestre de 2019. A XP mantém recomendação de compra e preço-alvo de R$ 9,70 por ativo.

O Itaú BBA comentou que divisão de shoppings voltou a ser o principal destaque, com forte aumento nas vendas totais em relação à 2019 – principalmente no Shopping Cidade Jardim e Catarina Fashion Outlet, sustentando o bom momento do segmento de alto padrão e luxo. Já as vendas na divisão residencial ficaram praticamente estáveis ​​no trimestre. O banco mantém avaliação outperform para JHSF, e preço-alvo de R$ 8,20.

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