Direcional (DIRR3) prevê menor intensidade do número de lançamentos em 2023

Empresa destacou que houve sinais positivos nas últimas semanas com relação aos custos de insumos

Augusto Diniz

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O CEO da Direcional (DIRR3), Ricardo Ribeiro, disse hoje durante teleconferência com analistas que a partir do ano que vem a empresa deve diminuir o ritmo de lançamentos.

“Deveremos chegar ao final de 2022 num patamar de lançamentos, que, olhando para 2023, não deve crescer tanto”, acrescentou, reforçando que ainda existe muito ganho a ser capturado pela Direcional nos projetos em andamento, sem colocar pressão na engenharia e na capacidade de produção da empresa.

Conforme Ribeiro, o número de lançamentos da construtora foi muito expressivo nos últimos anos. “A gente tem um espaço grande para que as vendas cheguem aos lançamentos e, na sequência, a receita chegue ao patamar de vendas”, disse.

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Direcional no Casa Verde e Amarela

O CEO da Direcional comentou a resiliência da empresa no Casa Verde e Amarela e disse que as principais mudanças para atrair a população de baixa renda ao programa não impactaram nos resultados do segundo trimestre.

Ricardo Ribeiro crê que as alterações no Casa Verde e Amarela serão sentidas somente a partir desse mês de agosto pela construtora. A Direcional entregou 6 empreendimentos durante o 2T22, correspondendo a um total de 1.792 unidades, enquadrados no programa.

Resultados

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Os números do segundo trimestre de 2022 (2T22) divulgados pela Direcional (DIRR3) foram considerados fortes e acima do esperado pelo consenso do mercado. Entretanto, após abrirem em alta, as ações passaram a registrar perdas, recuando 5,2%, às 16h15.

Segundo a XP Investimentos, o destaque do resultado foi a receita líquida recorde de R$ 586 milhões, ligeiramente acima das suas estimativas, devido a vendas líquidas recorde e maior andamento de obras, implicando no sólido reconhecimento de receita no trimestre (POC).

Cenário construção

Durante a teleconferência, Ribeiro destacou a resiliência da margem bruta. “Vivemos nos últimos dois anos um cenário completamente imprevisível, desafiador, onde a inflação e o aumento de custos de insumos foram o principal tema do setor”, disse.

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O executivo comentou sobre o cenário atual que, segundo ele, deu sinais positivos nas últimas semanas com relação ao custo de insumos. De acordo com Ribeiro, isso ocorreu “muito em função da redução do preço das commodities e melhor acomodamento do câmbio”.

Mas acrescentou ser “cedo dizer” o que a empresa vai “conseguir entregar em termos de margem daqui pra frente”. A margem bruta da empresa atingiu 35% no 2T22.

“Operamos há anos acima de margem bruta recorrente de 34%”, disse, mas acrescentou que ela tem tendência a convergir para a meta de 34% em meio a um cenário desafiador nesse semestre.

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O executivo avalia que somente de 3 a 6 meses será possível “ver como as coisas vão se acomodar”. Para ele, “qualquer sinalização de otimismo maior seria inadequada e precipitada”.

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