Desempenho da Chrysler deverá gerar reestruturação

Conteúdo do Portal InfoMoney – Editoria Mercados

Por  Equipe InfoMoney
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A montadora DaimlerChrysler planeja uma reestruturação operacional da Chrysler na tentativa de reverter o mal desempenho da unidade. A empresa pretende apresentar a reestruturação no dia 26 de fevereiro. Segundo o jornal Wall Street Journal, o planejamento estrutural deverá envolver o corte de 21.000 postos de trabalhos e a desativação de seis plantas de montagem.
O jornal aponta para um corte de 6.000 dos 30.000 funcionários da área administrativa da empresa e mais 15.000 postos de trabalhos dos 95.000 operários da Chrysler. Além disso, seis das 41 plantas de montagem da empresa podem ser fechadas devido à ociosidade. A DaimlerChrysler, no entanto, se abstém de qualquer comentário por hora, preferindo fazê-lo no momento em que divulgar o plano de reestruturação.
As perdas causadas pela Chrysler representam hoje uma prova de fogo ao principal executivo da DaimlerChrysler, Juergen Schrempp. Na época da fusão, em 1998, Schrempp havia previsto que a lucrativa Chrysler geraria um ganho de escala para a Daimler-Benz à medida em que massivos custos fossem cortados. Entretanto, a promessa de Schrempp não se cumpriu, o que o coloca em uma delicada posição frente aos acionistas, que lhe deram um ultimato de mais seis meses para que a unidade se torne efetivamente lucrativa.
Os prejuízos causados pela Chrysler no quarto trimestre de 2000 podem alcançar US$ 1,25 bilhão, sem uma definição da empresa de quando a unidade deve atingir o ponto de equilíbrio, em que as operações possam se auto-sustentar. Analistas acreditam que os custos da reestruturação devam variar entre US$ 2 bilhões e US$ 3 bilhões.
O mercado espera que o planejamento da Chrysler seja moldado em um dos parâmetros: (i) spin-off da Chrysler, ou pelo menos das operações de montagem de carros, que possuem menor potencial de receita que as de minivans e os caminhões; (ii) a empresa poderia deixar de produzir alguns modelos e postergar a construção de novas fábricas; (iii) outra opção seria o aprofundamento da relação entre a Chrysler e a japonesa Mitsubishi Motors, em que a DaimlerChrysler detém 34% de participação, no sentido de plantas de montagem divididas entre os veículos da Chrysler e da Mitsubishi.
As ações da DaimlerChrysler operam em alta de 2,41% na bolsa alemã de Frankfurt, sendo negociada a 50,14 euros. Os papéis da empresa são um dos principais destaques de alta do índice Dax 30, que no entanto operava com tendência de queda.

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