Reguladores fecham o Silicon Valley Bank (SVB) e assumem o controle dos depósitos do banco

Segundo a CNBC, as tentativas do banco de levantar capital falharam e agora ele estaria interessado em se vender

Equipe InfoMoney

Signage for high-tech commercial bank Silicon Valley Bank, on Sand Hill Road in the Silicon Valley town of Menlo Park, California, August 25, 2016. (Photo via Smith Collection/Gado/Getty Images).

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O Silicon Valley Bank (SVB) foi fechado pelos reguladores americanos, que assumiram o controle dos depósitos do banco, anunciou a Federal Deposit Insurance Corporation (FDIC) nesta sexta-feira (10).

O FDIC disse em comunicado que os depositantes segurados terão acesso aos seus depósitos até segunda-feira (13) pela manhã. Além disso, as filiais do SVB serão reabertas por enquanto, sob controle do regulador.

O seguro padrão do FDIC cobre até US$ 250 mil por depositante, por banco, mas ainda não está claro exatamente como contas maiores ou linhas de crédito para empresas serão impactadas por esse fechamento. O FDIC disse que pagará aos depositantes não segurados um dividendo antecipado na próxima semana.

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Mais cedo, as ações do SVB Financial Group estenderam a forte queda da véspera, antes de terem as negociações interrompidas ainda no pré-mercado por conta da expectativa de um comunicado que a companhia iria divulgar. Enquanto isso, analistas recomendaram que empresas retirassem seu dinheiro do banco, provocando mais preocupações sobre sua saúde financeira e sobre a liquidez no setor bancário em geral.

Os papéis do grupo financeiro chegaram a cair 69% nesta manhã ainda como consequência do anúncio surpresa feito na quarta-feira (8) de que a holding bancária de Santa Clara, Califórnia, estava emitindo US$ 2,25 bilhões em ações para reforçar sua posição de capital após uma perda significativa em sua carteira de investimentos.

Nesta quinta (9), os papéis do banco já haviam desabado 60% por conta do comunicado. Sob os termos de um plano divulgado, o SVB pretendia vender US$ 1,25 bilhão em ações ordinárias e outros US$ 500 milhões em ações preferenciais conversíveis.

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A notícia desencadeou uma forte liquidação nas ações de bancos dos EUA, que afundaram no pregão de quinta, na maior queda em quase três anos, e estenderam as perdas na manhã desta sexta.

Somando-se aos problemas do SVB, capitalistas de risco, incluindo o Founders Fund, de Peter Thiel, pediram às empresas de portfólio que limitassem sua exposição à empresa. Enquanto isso, os analistas reduziram suas recomendações para as ações, com o Raymond James rebaixando o banco para o “market perform” (desempenho em linha com o mercado) e a Truist Securities rebaixando para “manutenção”, citando preocupações sobre clientes retirando fundos e a pressão de taxas de juros mais altas.

“Com o risco crescente de saídas aceleradas de depósitos, acreditamos que há muita incerteza para recomendar as ações aos investidores”, escreveu Brandon King, analista da Truist.

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(com informações da Bloomberg)