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SÃO PAULO – A bolsa brasileira apresenta volatilidade nesta segunda-feira (6), dia marcado por poucas referências externas, mas por uma agenda doméstica repleta de indicadores. Depois de abrir em leve alta, o Ibovespa apresenta baixa de 0,92%, acompanhando os mercados externos, e atinge 63.752 pontos. O volume financeiro da bolsa é de R$ 2,728 bilhões.
Na agenda doméstica, pela manhã, o ICS (Índice de Confiança de Serviços), da Fundação Getulio Vargas, apresentou queda de 1,4% entre abril e maio de 2011, ao passar de 135,3 para 133,5 pontos.
Já o Boletim Focus mostrou que a expectativa do mercado é que o Copom (Comitê de Política Monetária) promova uma elevação de 0,25 ponto percentual da taxa básica de juro na sua reunião desta semana, para 12,25% ao ano. Os economistas promoveram nova redução na projeção para o resultado anual do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), para 6,22%, mas mantiveram estáveis as projeções para o PIB (Produto Interno Bruto) em 2011, em 4% neste ano.
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Altas e baixas
O principal destaque negativo fica com as ações ordinárias da Brookfield (BISA3), que registram desvalorização de 2,84% e são cotadas a R$ 8,55. Apesar dessa variação, a alta acumulada desde o início do ano chega a 1,99%. Na semana, as imobiliárias foram destaque de alta no pregão, diante da percepção de que a inflação começa a entrar em um ritmo de queda traz ventos mais favoráveis para esse setor. As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Entre as maiores altas, o melhor desempenho fica com os papéis ordinários da Brasil Ecodiesel (ECOD3), que são cotados a R$ 0,72 e apresentam alta de 1,41%.
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Mercados externos
Os principais índices acionários dos EUA operam próximos da estabilidade em sessão com fracas referências para Wall Street, diante de uma escassa agenda de indicadores e poucas movimentações no front corporativo.
Na Europa, as principais bolsas operam majoritariamente em queda. A região ainda está de olho na dívida fiscal da Grécia e seus desdobramentos, já que o dia também é de agenda sem grandes indicadores. Para o analista sênior do Danske Bank, Sverre Holbek, os países da periferia da Zona do Euro vão ganhar destaque devido à notícia de que um acordo para um segundo pacote de facilidades para a Grécia está para ser divulgado.
“De acordo com os oficiais da Zona do Euro, o novo pacote deve ser constituído, por um lado, por mais fundos da União Europeia financiando o país via EFSF (European Financial Stability Facility) e, por outro, através de uma voluntária rolagem de dívida feita por investidores privados que estão com débitos que logo chegarão à maturidade”.
Em Portugal, o partido de centro-direita PSD saiu vitorioso nas eleições gerais de domingo. Mas os números preliminares indicam que o partido terá de fazer coalizão para obter maioria absoluta no Parlamento. “O mais provável é que faça um acordo com o CDS, também de direita. A expectativa é de que essa nova coalizão tenha maior facilidade para aprovar as medidas de austeridade necessárias para a obtenção de acordos com o FMI”, diz a LCA.
Na Ásia, o índice Nikkei encerrou em queda o pregão de segunda, pressionado pelo Relatório de Emprego nos EUA, divulgado na véspera, que confirmou as expectativas por números fracos após as decepções com o Initial Claims e o ADP Employment. Enquanto isso, as bolsas de Hong Kong e Xangai estiveram fechadas para negociações devido à comemoração de um feriado nacional.
Câmbio e juros
As taxas dos principais contratos de juros futuros operam nesta segunda próximos da estabilidade, porém com leve viés de alta, com o mercado repercutindo o Relatório Focus divulgado nesta manhã. O contrato de juros de maior liquidez hoje, com vencimento em janeiro de 2013, aponta uma taxa de 12,51%, 0,01 ponto percentual acima do fechamento de sexta. O número de contratos negociados chega a 26.375
O dólar comercial opera no campo positivo e neste momento é cotado a R$ 1,5840 na venda, alta de 0,51% em relação ao último fechamento. Nesta segunda, o mercado segue pressionado pelo pessimismo com a economia norte-americana, e também repercute as novas projeções do relatório Focus.