Delação premiada na JHSF, capitalização da BRF e mais 3 notícias no radar

Veja os destaques do noticiário corporativo na noite desta quinta-feira (19)

Mário Braga

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SÃO PAULO – Apesar de o noticiário da noite desta quinta-feira (19) ter sido dominado pela repercussão da morte do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki e dos reflexos na tramitação dos processos da Operação Lava Jato na Corte, fatos relevantes e comunicados também movimentam o noticiário corporativo. Veja os destaques abaixo:

JHSF
O presidente do Conselho de Administração da JHSF, José Auriemo Neto, fechou um acordo de delação premiada no âmbito da Operação Acrônimo. Em fato relevante enviado à CVM (Comissão de Valores Mobiliados) a companhia informa que o acordo homologado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) garante antecipadamente a suspensão de um eventual futuro processo. “Assumi a exclusiva responsabilidade por contribuição ilegal de campanha, em que nem a JHSF Participações S.A., nem suas controladas, tiveram envolvimento, e que consubstanciou ilícito de menor potencial ofensivo, sem qualquer conotação de corrupção”, diz o texto assinado por Neto. O acordo prevê ainda a doação de um milhão de reais ao Hospital do Câncer de Barretos.

BRF (BRFS3)
A BRF diz estar explorando alternativas para capitalizar a OneFoods. Segundo a companhia, no entanto, n
ão há decisão no momento sobre a forma de obtenção de recursos para a capitalização da empresa. Segundo informa a Bloomberg, a empresa pode seguir um dos 2 caminhos: a colocação privada de ações, inclusive realizando reuniões com potenciais investidores, ou fazer um IPO (Oferta Pública Inicial) de ações na bolsa de valores de Londres. “Seja qual for a forma de eventual capitalização, a BRF continuará a ser acionista controladora da OneFoods”, disse a empresa em comunicado

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Construtoras
A nova regulamentação sobre distratos de contratos de compra de imóveis novos esbarra no critério para a devolução dos valores pagos. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, entidades de defesa do consumidor argumentam que o critério seja o valor pago pelos compradores, enquanto as empresas advogam que a devolução leve em consideração o valor total do imóvel. O tema é importante porque a regulamentação dos distratos pode impulsionar o setor da construção civil.

Usiminas (USIM5)
O grupo siderúrgico Ternium informou nesta quinta-feira que vai se reunir com a rival Nippon Steel no início de fevereiro para discutir propostas para solução da disputa que travam desde 2014 pelo comando da Usiminas. “A Ternium tem total interesse em resolver o conflito na Usiminas (…) A Ternium e a Nippon irão se reunir na primeira quinzena de fevereiro. Nós já oferecemos uma proposta clara e prática e vamos ouvir na reunião as propostas da Nippon para a cláusula de resolução de conflitos.” A proposta da Ternium, entregue à Nippon Steel em dezembro, propõe a criação de uma “cláusula de saída” para os sócios controladores da Usiminas em situações como a atual de falta de consenso entre os dois grupos. O mecanismo proposto pela Ternium seria uma espécie de leilão, em que o grupo que oferecer a maior quantia pela participação do outro fica com a fatia.

Gafisa (GFSA3)
A Gafisa lançou R$ 299,4 milhões em projetos no 4º trimestre de 2016, uma queda de 21% na comparação com o ano anterior. Segundo prévia operacional divulgada nesta quinta-feira, no entanto, as vendas líquidas avançaram 45% na base anual para R$ 355,8 milhões, enquanto os cancelamentos ficaram em R$ 99,9 milhões. O documento informa ainda que os novos projetos da Tenda cresceram 24% no último trimestre do ano passado em relação a igual período de 2015 para R$ 379,9 milhões, com alta de 31% nas vendas líquidas para R$ 311,7 milhões e cancelamentos de R$ 91,8 milhões. Com isso, as vendas consolidadas somaram R$ 667,5 milhões, uma alta de 38%.

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(com Reuters e Bloomberg)