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A rápida disseminação de informação nas redes sociais pode ser difícil de regular, mas a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deve ter em breve um novo aliado para acompanhar o que circula pela internet.
A novidade foi anunciada nesta quinta-feira (25) pelo presidente da CVM, João Pedro Nascimento. Segundo ele, a autarquia prepara um software que utiliza a inteligência artificial para cruzar as informações que são divulgadas pelas próprias companhias com aquelas que circulam pelas redes sociais.
“A CVM está indo em direção à modernização porque acredita que influenciadores podem ser importantes. A maior parte presta um ‘serviço de boas informações’ ao mercado “, reconheceu, durante o painel do Smart Summit 2024, evento que conta com a cobertura especial do InfoMoney.
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Segundo ele, é preciso olhar os influenciadores de dois ângulos. Primeiro, diz, eles estão “invadindo” alguns mercados regulados, como o dos analistas. “Quando falamos em regularizar a figura dos influenciadores digitais é de aproximar de algum agente regulado e o que mais se aproxima é o dos analistas”, ponderou.
Já o segundo ângulo envolve o cuidado quando o influenciador digital tem alguma ligação com um agente de mercado, com alguma casa, por exemplo, lembrou o presidente da CVM.
“Uma das preocupações é o efeito front running, que é quando ele sabe de alguma coisa, faz uma operação primeiro, e aí vem o efeito manada por meio dos influenciadores digitais”, observou Nascimento.
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Com 5% dos investidores individuais do Brasil cadastrados, o CEO da InvestSmart, Samyr Castro, também reforçou a importância de monitorar a atividade de influenciadores. Segundo pesquisa realizada pela B3, 70% dos investidores que chegaram ao mercado de 2021 para cá foram atraídos pelas novas mídias. “O influenciador, através das redes sociais, está presente e atrai investidores para o mercado”, disse Castro.
