CVM determina que Trustee DTVM realize OPA por aumento de participação na Ambipar

Oferta deverá contemplar 100% dos papéis no mercado; pedido de registro deve sair até abril

Paulo Barros

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A Superintendência de Registro de Valores Mobiliários (SRE) da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinou nesta quinta-feira (20) que a Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários (DTVM) promova uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) das ações em circulação da Ambipar, após constatar um aumento relevante de participação societária.

Segundo a área técnica da CVM, a Trustee DTVM, agindo em nome de fundos de investimento sob sua gestão, teria atuado de forma coordenada com o controlador da Ambipar na aquisição de ações da companhia entre julho e agosto de 2024.

Essa atuação conjunta resultou na ultrapassagem do limite de um terço das ações em circulação em 12 de julho do ano passado, o que exige, conforme a regulamentação vigente, a realização de uma OPA por aumento de participação.

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Com isso, a SRE determinou que a Trustee DTVM, em nome dos fundos envolvidos, apresente à CVM, até o dia 21 de abril, o pedido de registro da OPA. A oferta deverá contemplar todas as ações em circulação da empresa de gestão ambiental. A decisão da CVM ainda cabe recurso.


Em nota, a Ambipar afirma que recebeu o comunicado da CVM “com surpresa”, e ressaltou que “atua em total conformidade com a legislação vigente”. A empresa diz que “buscará as devidas informações para tomar as providências cabíveis” junto à CVM.

Veja o comunicado na íntegra:

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A Ambipar recebeu com surpresa o comunicado divulgado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) determinando que a Trustee Distribuidora de Títulos e Valores Mobiliários Ltda. realize uma Oferta Pública de Ações (OPA) devido a um suposto aumento de participação acionária na companhia. A Ambipar, bem como seu controlador, Tercio Borlenghi Jr., atua em total conformidade com a legislação vigente e com as normas regulatórias estabelecidas para o mercado. A Ambipar buscará as devidas informações para tomar as providências cabíveis junto a esse órgão de controle.

Paulo Barros

Editor de Hard News e correspondente internacional baseado em Lisboa