CVC (CVCB3) tem prejuízo líquido de R$ 87,5 milhões, alta anual de 16,6%

A CVC divulgou seu balanço na noite desta sexta-feira (3)

Camille Bocanegra

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A CVC (CVCB3) apresentou prejuízo líquido de R$ 87,5 milhões no terceiro trimestre de 2023 (3T23), de acordo com o balanço divulgado pela companhia na noite desta sexta-feira (3). A cifra foi 16,6% superior à registrada no mesmo período do ano passado, quando o prejuízo somou R$ 75 milhões.

A empresa explica que o aumento do prejuízo se deve “majoritariamente ao registro de impairment de ágio da Submarino Viagens, em decorrência da revisão do plano de negócios, com redução das operações em parcerias, o que ocasionou uma perda no valor recuperável; marcação à mercado do bônus de subscrição e impairment sobre ativos fiscais diferidos”.

Em termos ajustados, a empresa reportou um lucro líquido de R$ 36,3 milhões – que não guarda comparações, mas inclui R$ 11,9 milhões de baixa de imposto diferido, R$ 77,1 milhões de impairment de ágio da Submarino Viagens e R$ 34,8 milhões da marcação a mercado de bônus de subscrição.

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Em mensagem da administração, a CVC afirma que, ajustado pela baixas contábeis de investimentos passados e a marcação a mercado do bônus de subscrição, a empresa reverteu “uma trajetória de prejuízos acumulados desde o início da pandemia”.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado ficou em R$ 96 milhões, uma melhora de 34,3% na comparação anual. Sem ajustes, o Ebitda somou R$ 19,7 milhões, uma piora de 61,2%.

A diferença – entre o Ebitda ajustado e o sem – decorre das despesas com boletos (na rubrica ‘despesas financeiras’) e de itens não recorrentes, como a baixa contábil do ágio da Submarino Viagens e equivalência patrimonial.

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CVC (CVCB3): receitas do balanço

O trimestre contou ainda com avanço de 11,3% na receita líquida, que ficou em R$ 375,8 milhões.

No B2C, o aumento da receita foi de 33,7%, pela !melhoria na estratégia de pricing (reforçando o foco na rentabilidade) e melhor assertividade nos produtos exclusivos.”

Enquanto isso, a operação B2B reportou uma redução de 1,8% na receita líquida, principalmente, por descontinuação de venda para milheiros.

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As reservas confirmadas totalizaram R$ 3,7 bilhões no 3T23, com recuo de 4,3% sobre igual etapa do ano passado.

Já o Take Rate (percentual de receita líquida sobre reservas) ficou em 9,6% no terceiro trimestre de 2023, com elevação de 1,6 p.p. Isso ocorreu pela maior representatividade do B2C, com crescimento de 3,6 p.p., “favorecido pelo acordo com master franqueados e aumento expressivo do take rate dos produtos exclusivos.”

As despesas gerais e administrativas somaram R$ 172,6 milhões no 3T23, com queda de 22,7% em relação ao mesmo período de 2022, por conta do maior controle de despesas, principalmente as relacionadas à “adequação no quadro de colaboradores, revisão de contratos e reversão de provisões relacionadas a incentivos de ex-executivos.”

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Financeiro e dívida

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 60,1 milhões no terceiro trimestre de 2023, uma queda de 13,2%, quando comparado com o mesmo período de 2022.  sobre as perdas financeiras da mesma etapa de 2022.

A empresa explica que o resultado “deve-se, principalmente, aos encargos sobre o saldo de antecipações de recebíveis, dada a redução no montante de antecipações realizadas no período (R$ 792,9 milhões em 30 de setembro versus R$ 1.051,8 milhões em 30 de junho de 2023) e efeitos da redução do CDI médio, que incide sobre a dívida”.

Em o final de 30 de setembro, a dívida liquida totalizava R$ 639,2 milhões, aumento de R$ 393,5 milhões ante a 30 de junho. “A variação no saldo é efeito da redução no caixa devido a menor montante de antecipações de recebíveis”, informa a CVC.