CVC (CVCB3) mostra progresso no resultado, mas analistas divergem sobre ritmo de recuperação; ações caem 6,57%

Bradesco BBI segue cauteloso com ativos, enquanto Bank of America destaca que empresa sairá mais enxuta da pandemia e reitera visão positiva

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A CVC (CVCB3) divulgou balanço do terceiro trimestre de 2021 na noite de sexta-feira (12), com prejuízo de R$ 83,811 milhões, uma queda de 61,1% em comparação aos R$ 215,559 milhões negativos ante o mesmo período de 2020.

As ações têm uma sessão de queda nesta terça-feira (16) após o balanço, com baixa de 5,67%, a R$ 15,65, também em um dia bastante negativo para o mercado. Contudo, as avaliações sobre o resultado são diferentes, com o Bradesco BBI mais cauteloso, enquanto o Bank of America mostra maior otimismo com a ação.

O Bradesco BBI aponta que os resultados ainda foram fracos, mas em vias de recuperação. O crescimento sequencial de reservas confirmadas de 75% mostra que há demanda reprimida e, apesar de alguma defasagem nas reservas totais (embarque) versus reservas confirmadas (vendas), os embarques estão acontecendo, o que ameniza as preocupações na receita.

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Além disso, a administração informa que as reservas domésticas no quarto trimestre estão em níveis semelhantes aos de 2019. “No entanto, a dor de cabeça do cancelamento das reservas durante pré-Covid permanece, pois há um saldo remanescente de R$ 830 milhões”, avaliam os analistas. Já do lado positivo, há recuperação com menores cancelamentos e menor participação de embarques pré-Covid.

No geral, as reservas CVC e o desempenho da receita estão amplamente em linha com o número de passageiros e a capacidade de assentos disponíveis relatados pela companhia aérea Gol no terceiro trimestre de 2021, com Azul e Gol exibindo visões otimistas no mercado doméstico (lazer e corporativo), mas mais conservador no negócio internacional, já que a desvalorização do real está levando ao aumento das passagens aéreas.

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Portanto, embora o ímpeto esteja melhorando, a visibilidade permanece limitada, avaliam os analistas. O BBI mantém recomendação neutra, com preço-alvo para 2022 de R$ 20, ou um potencial de alta de 21% em relação ao fechamento da véspera.

O Bank of America, por sua vez, manteve a sua recomendação de compra para o papel, com preço-alvo de R$ 33 para o ativo, ou um potencial de alta de 99% em relação ao fechamento de sexta-feira.

Os analistas do banco avaliam que as vendas e as margens do CVC melhoraram sequencialmente, apesar dos ventos macroeconômicos contrários, à medida que as taxas de vacinação aumentaram e os padrões de gastos do consumidor começaram a se normalizar.

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A CVC encerrou o trimestre com dívida líquida de R$ 466 milhões, ante R$ 718 milhões em junho, já que R$ 454 milhões em recursos do aumento de capital da CVC realizado em agosto financiaram maiores necessidades de capital de giro. Ao final do trimestre, os clientes ainda detinham R$ 829,9 milhões em créditos para viagens gerados durante a pandemia.

O BofA destaca que as viagens domésticas têm historicamente crescido em um prêmio em relação ao PIB, e esperam um retorno a tendências mais normalizadas à medida que a vacinação no Brasil progride, mitigando o impacto da redução da ajuda governamental e outros ventos contrários ao consumo.

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Os destinos de lazer domésticos de margem mais alta da CVC estão se recuperando mais rapidamente, embora a interrupção de um ataque cibernético em outubro possa impactar o quarto trimestre, apontam os analistas. Já as reservas internacionais foram afetadas ainda por restrições de viagens e atrasos de vistos. A demanda internacional de lazer e negócios deve ficar atrás do lazer doméstico em um período de 12 a 24 meses.

Para os analistas do banco americano, a CVC está saindo da crise de forma bem mais enxuta. A CVC reduziu sua força de trabalho em cerca de 10% e busca melhorias adicionais à medida que melhor integra e automatiza 10 aquisições, 4 equipes comerciais, 4 front-ends e 7 backoffices. Simultaneamente, a CVC está se movendo em direção a preços dinâmicos e expandiu sua base de hotéis em cerca de 25% no Brasil, movimentos que os analistas sugerem como capazes de impulsionar o crescimento das vendas e margem de receita.

“A CVC revelou um novo conceito de loja e está melhorando as interfaces do consumidor. (…) Nossa classificação de compra reflete a recuperação dos gastos com viagens, bem como a estrutura de custos do CVC e as melhorias de tecnologia”, aponta o BofA.

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