CSN vê demanda por aço ainda boa no Brasil, tentará segurar preço ante importação

"A demanda está boa, não é questão de preço que vai resolver (importação elevada)", disse diretor comercial

Reuters

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SÃO PAULO (Reuters) – A CSN (CSNA3) está vendo uma boa demanda por aço no Brasil no atual trimestre e vai procurar replicar a estratégia comercial adotada no início do ano, em que elevou os preços de planos em 3,2%, afirmou o diretor comercial, Luis Fernando Martinez, nesta sexta-feira.


“A demanda está boa, não é questão de preço que vai resolver (importação elevada)”, disse Martinez em conferência com analistas sobre os resultados da companhia publicados na noite da véspera.


“Vamos segurar o máximo os preços para não perder rentabilidade…Vamos ter preços relativamente estáveis, com viés para cima no segundo trimestre”, afirmou o executivo.
No primeiro trimestre, a CSN conseguiu elevar a margem Ebitda na operação de siderurgia de 4,3% um ano antes para 7,9%.

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Em aços longos, disse Martinez, a CSN teve que reduzir seus preços em 5% no primeiro trimestre diante de “competição mais forte nesse segmento”.


O executivo afirmou que “beira a irresponsabilidade” a falta de medidas de defesa comercial do Brasil em relação ao elevado nível de importações de material siderúrgico vindo principalmente da China.


Martinez defendeu a renovação do atual sistema de cota/tarifa, criado pelo governo federal ano passado, mas com aplicação de sobretaxa de 25% sobre todos os produtos siderúrgicos e não apenas sobre alguns, como forma também de coibir importações desviadas que se aproveitam de adição de boro na composição da liga para não se enquadrarem em produtos que taxados.