CSN afunda 14% e Vale cai 12% após rali; Petrobras vai de alta para queda de 5% hoje

Confira os principais destaques de ações da Bovespa nesta terça-feira

Paula Barra

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13h04: Petrobras (PETR3, R$ 9,44, -4,74%; PETR4, R$ 7,41, -2,71%)
As ações da Petrobras consolidam queda nesta tarde, depois de de manhã instável. Depois de subirem até 6%, os papéis ordinários viraram para forte queda, em dia de correção da Bolsa e descolando da alta do petróleo no mercado internacional. Lá fora, o petróleo Brent subia 1,27%, a US$ 41,36 o barril. 

13h04: MRV Engenharia (MRVE3, R$ 11,12, +4,51%)
As ações da MRV disparam após resultado mais forte do que o esperado. A construtora teve lucro líquido de R$ 140 milhões no quarto trimestre, alta de 36% na comparação anual. O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 174 milhões, 22% superior ao obtido um ano antes.

Segundo o Credit Suisse, o resultado veio forte, com contínua melhora de performance operacional, significante fluxo de caixa livre e melhora relevante na gestão do contas a receber, enquanto que o cancelamento de vendas foi reduzido. 

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13h03: Vale e siderúrgicas
As ações da Vale (VALE3, R$ 15,37, -12,57%; VALE5, R$ 11,42, -10,64%) desabam após rali de quase 60% nos 6 pregões anteriores, com os papéis preferenciais renovando ontem máxima desde novembro de 2015. Acompanham o movimento os papéis da Bradespar (BRAP4, R$ 5,36, -9,31%) – holding que detém participação na mineradora -, além das siderúrgicas Gerdau (GGBR4, R$ 4,73, -4,44%), Usiminas (USIM5, R$ 1,42, -2,74%) e CSN (CSNA3, R$ 7,03, -14,58%). No período esses papéis também dispararam, acumulando ganhos nos 6 pregões anteriores de 50%, 40%, 64% e 65%, respectivamente. Com o rali, as ações da CSN renovaram ontem a máxima desde maio de 2015. 

Os papéis ligados a commodities corrigem disparada recente em meio a dados chineses de exportações piores que o esperado. As exportações de fevereiro da China decepcionaram os analistas ao recuarem 25,4% em relação ao ano anterior, enquanto as importações caíram 13,8%. Além disso, o minério de ferro recuou 0,17% no porto de Qingdao, na China, nesta sessão, após ter disparado quase 20% ontem. 

Para o BTG Pactual, é difícil a commodity se sustentar nos preços atuais (depois de subir quase 50% no ano), dado o nível de oferta que está programada para entrar. Além disso, o problema para a Vale recai sobre outro quesito, dado a necessidade da companhia de realizar seu programa de desinvestimento de ativos. Segundo os analistas, a estratégia para venda de ativos a este nível de preços pode reduzir o apetite para desinvestimentos. Para eles, “o mercado ainda está muito leve em Vale, o que pode gerar um movimento de alta ainda forte no curto prazo”.

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Os analistas do BTG também revisaram o case de Gerdau, apontando que “nesses níveis, faz sentido uma aposta”. As principais razões para eles, são: cenário global melhorando com preço de minério, petróleo e sucata subindo forte nas últimas semanas; geração de caixa forte; venda de ativos; possível risco impeachment aumentando e valuation (lucros muito deprimidos, com múltiplos baixos).

Eles acreditam que Gerdau seria um dos principais players em um cenário de normalização de crescimento de Brasil. O BTG reiterou recomendações de compra, com preço-alvo de R$ 7,00 por ação. 

Ontem, a Vale anunciou que assinou um memorando de entendimento com a mineradora australiana Fortescue para distribuição de minério de ferro na China. Com o documento, a Vale pode formar uma ou mais joint ventures com a Fortescue para a mistura de minérios e distribuição de produtos das duas empresas na China. Segundo o Credit Suisse, o acordo pode gerar até US$ 90 milhões em receita adicional para a empresa, o que o fez aumentar o preço-alvo do ADRs (American Depositary Receipts) da mineradora de US$ 2,25 para US$ 2,75 por ação. Apesar do aumento do target, os analistas do banco cortaram a recomendação do papel de “outperform” (desempenho acima da média) para neutro, devido o recente rali no papel e risco de queda nos preços do minério de ferro no 2° semestre.

10h34: Papel e celulose
Os papéis do setor de papel e celulose seguem derrocada na Bolsa, com Fibria (FIBR3, R$ 32,83, -8,68%) e Suzano (SUZB5, R$ 12,35, -7,90%) liderando as perdas do Ibovespa. Os papéis operam nos menores patamares desde fevereiro e março de 2015, respectivamente, acumulando em 6 pregões queda 25%. 

Em relatório desta terça-feira, o BTG destaca que tem se surpreendido com a agressiva queda dos preços de celulose. Segundo dados da consultoria finlandesa Foex, os preços na China bateram cotação de US$ 528,40 a tonelada, após queda de 3,7%. Além disso, no cenário interno, “o setor sido guiado por uma percepção de mudança política, que tem movimentado o dólar frente ao real. E, dado a complexidade do cenário e como imprevisíveis esses eventos podem ser, a volatilidade nessas ações devem continuar”, disseram. Apesar disso, eles seguem recomendando compra para as ações da Suzano e Fibria, estimando que uma recuperação nos preços da celulose está muito próxima.