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SÃO PAULO – O turismo tem feito cada vez mais parte da realidade dos brasileiros. Nos últimos dois anos, o número de pessoas que viajaram aumentou 83%, sendo que o crescimento foi maior nas classes C e D, que ganham de dois a 15 salários mínimos. Mas não são somente as viagens aéreas e terrestres que ganharam espaço. Os cruzeiros têm caído no gosto dos brasileiros.
O número de passageiros marítimos saltou de 400 mil na temporada 2007/2008 para 900 mil na de 2009/2010. Os motivos para isso: mais dinheiro no bolso do brasileiro – o que faz com que ele gaste mais com itens de lazer e não somente com as necessidades diárias -, mais facilidades de pagamento e preços mais acessíveis.
“Virou mito dizer que os cruzeiros são restritos a pessoas sofisticadas e com alto poder aquisitivo. Isso acaba afastando as pessoas com poder de compra, pois desconhecem os reais valores envolvidos”, diz o presidente da Abremar (Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos), Ricardo Amaral.
Não perca a oportunidade!
Seu dinheiro
Com um público novo frequentando os navios, muitas dúvidas surgem, entre elas aquelas relacionadas com o dinheiro. Quanto custa uma viagem como esta? De acordo com a Abremar, um cruzeiro pode custar em torno de US$ 100 por dia, valor que pode ser parcelado em dez vezes e que varia conforme o serviço ou as promoções oferecidas aos clientes.
Alguns deles oferecem bebidas gratuitas e outros, excursão nos portos de escala ou serviços personalizados. “O extenso número de opções de cruzeiros favorece a escolha de uma viagem adequada às condições financeiras do turista, seja ele da classe A ou D”, explica Amaral.
E quanto levar de dinheiro para a viagem, já que os gastos não terminam na hora do embarque? Isso depende muito de cada passageiro, mas uma viagem mais em conta pode gerar gastos adicionais de US$ 85 ao dia, por pessoa, contando gorjetas e gastos dentro do navio. Um valor médio seria de US$ 175 a US$ 285 e um valor alto, a partir de US$ 285.
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Escolha certa
As preocupações, ao fazer um cruzeiro, não devem se limitar ao lado financeiro. Fique atento também a outros fatores que vão tornar a viagem mais prazerosa. Em primeiro lugar, busque o máximo de informações possíveis, seja com o agente de viagem, seja nas próprias empresas, principalmente em relação à programação.
Os sites das empresas trazem dados completos sobre cada navio da frota, roteiros, documentos para embarque, vacinas e bagagens. Vale conferir as informações antes e depois da compra para mais detalhes.
Também fique atento à faixa etária predominante no cruzeiro escolhido. Apesar de a faixa etária dominante nos cruzeiros ser aquela de 41 a 50 anos (28,2% do total), existem viagens destinadas apenas aos jovens, com música eletrônica e DJ, o que pode não ser o mais adequado para quem quer tranquilidade.
“As opções existem, mas é preciso atenção na hora da escolha. Um passageiro que quer aproveitar o final de semana para relaxar a bordo de um cruzeiro com a família talvez se sinta incomodado com a predominância de determinado estilo musical ou pela faixa etária dos passageiros”, afirma Amaral.