Criptos hoje: Bitcoin opera em queda, mas pressão de venda reduz; Near e FTM disparam 17%

Indicadores técnicos começam a apontar para menor pressão de venda de Bitcoin, o que pode ajudar o preço a romper padrão lateral

Paulo Barros

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Nem o aniversário de 13 anos do Bitcoin (BTC) comemorado ontem (3) animou os investidores de criptomoedas, que seguiram cautelosos com o principal ativo digital do mercado e cederam espaço para uma nova onda de liquidações que levou o preço mais uma vez para a casa dos US$ 45 mil.

Após recuperação, o criptoativo é negociado a US$ 46.417 hoje, mas segue registrando 8,6% de queda na semana. Por outro lado, indicadores técnicos começam a apontar os primeiros sinais de redução na pressão de venda, o que pode ajudar o preço a romper o padrão lateral visto desde o forte recuo no começo de dezembro de 2021. O aumento no ritmo de mineração também joga a favor da moeda digital.

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Apesar disso, novas máximas para a criptomoedas parecem estar fora de cogitação no momento. Segundo a casa de análise Glassnode, a queda no volume de transações na blockchain do Bitcoin indica poucas chances de aumento de preço no curto prazo. Em ciclos de alta anteriores, a atividade da rede sempre precedeu a valorização do ativo.

“Até que haja mais expansão na demanda por espaço em bloco do Bitcoin, pode-se esperar que a ação do preço seja um pouco monótona e provavelmente lateral em uma escala macro”, escreveu a Glassnode em um relatório publicado ontem.

O comportamento do Bitcoin influencia principalmente as criptomoedas com maior valor de mercado, como o Ethereum (ETH), que opera em queda de 1,4% hoje, para US$ 3.770. Binance Coin (BNB) e Solana (SOL) apresentam resultados ainda piores e perdem mais de 3% nesta manhã, dando passagem para rivais diretos.

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O token de plataforma de contratos inteligentes que mais sobe no momento, com alta de 17,4%, é o Fantom (FTM). Um dos ativos que mais subiu no ano passado, ele voltou a ganhar destaque após o criador da Yearn Finance (YFI), Andre Cronje, anunciar um novo experimento nesta rede.

O Near (NEAR) também vai bem e avança 16,% após anunciar uma nova tecnologia de escalabilidade para aumentar o desempenho com menor consumo energético.

Já na ponta negativa estão, entre outros, os concorrentes Terra (LUNA) e Avalanche (AVAX), que recuam entre 5,5% e 6% hoje após rali nas últimas semanas.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h03:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 46.417,21 -1,6%
Ethereum (ETH) US$ 3.770,35 -1,4%
Binance Coin (BNB) US$ 510,92 -3,2%
Solana (SOL) US$ 167,92 -3,4%
Cardano (ADA) US$ 1,32 -2,8%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Fantom (FTM) US$ 2,88 +17,4%
Near (NEAR) US$ 16,66 +16,8%
Harmony (ONE) US$ 0,324084 +10%
Oasis Network (ROSE) US$ 0,432172 +9,3%
Celo (CEL) US$ 5,33 +7,9%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Sushi (SUSHI) US$ 8,49 -8,9%
Aave (AAVE) US$ 261,91 -7,3%
Spell Token (SPELL) US$ 0,02205535 -6,8%
Terra (LUNA) US$ 87,51 -6%
Avalanche (AVAX) US$ 106,22 -5,5%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 49,31 -0,28%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 62,58 -0,83%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 61,86 -0,22%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 16,40 -2,08%
QR Ether (QETH11) R$ 15,30 +0,26%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta terça-feira (4):

Grayscale adiciona AMP a fundo que rastreia DeFi

A Grayscale, maior gestora de ativos digitais do mundo, ajustou a carteira do DeFi Fund, fundo que rastreia ativos de finanças descentralizadas, vendendo alguns ativos para comprar o token Amp (AMP). Como resultado do rebalanceamento, Bancor (BNT) e Universal Market Access (UMA) foram removidos do fundo.

AMP é o token nativo da rede Flexa, uma rede de pagamento que permite pagamentos com garantia em criptomoedas em lojas físicas e online. A Flexa usa o token AMP para garantir os pagamentos de ativos digitais enquanto eles são confirmados em suas respectivas blockchains e liquida os pagamentos em moeda fiduciária para o destinatário.

Estabelecimentos que trabalham com a rede Flexa podem, portanto, aceitar pagamentos em Bitcoin, Ethereum e outros criptoativos.

Além do AMP, o fundo DeFi da Grayscale conta com alocações em Uniswap (UNI) Aave (AAVE), Curve (CRV), MakerDAO (MKR), Yearn Finance (YFI), Compound (COMP), Synthetix (SNX) e Sushi (SUSHI).

Solana entra em pane mais uma vez após suposto ataque

Usuários da Solana (SOL) relataram em canais oficiais no Telegram que a plataforma sofreu uma nova pane após um suposto ataque de negação de serviço (DDoS) por meio de spam, sobrecarregando os servidores que mantêm a rede em pé.

A ofensiva, ainda não confirmada pela Solana Labs, teria ocorrido durante a madrugada e decorrido em falha corrigida por volta das 5h de hoje.

Esse pode ser o terceiro episódio de pane na Solana em menos de quatro meses. Em setembro, robôs executaram inúmeras transações durante o lançamento de um token e sobrecarregou a rede a ponto de deixá-la parada após o esgotamento de alguns validadores.

Já em dezembro, um ataque DDoS foi responsável por esgotar a capacidade de processamento da Solana, vista como um dos seus principais trunfos frente ao Ethereum. Ainda não se sabe quem está por trás dos supostos ataques.

Reguladores europeus abrem consulta para lei de tokenização de valores mobiliários

A Autoridade Europeia de Valores Mobiliários e Mercados (ESMA), regulador do mercado de capitais da União Europeia, abriu consulta à sociedade para ajudar a formatar uma nova regulamentação para valores mobiliários tokenizados.

O órgão busca informações sobre o uso da tecnologia blockchain na liquidação e negociação de valores mobiliários tokenizados. O objetivo é saber se é preciso alterar a legislação atual para acomodar especificidades de ativos que rodam em blockchain.

A proposta faz parte do “DLT Pilot”, um programa piloto que pretende explorar como os dados armazenados em blockchain podem permitir uma negociação e liquidação de valores mobiliários de forma mais eficiente, segura e econômica. O experimento deve iniciar em 2023.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos