Ethereum renova máxima, token de metaverso salta 45% e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Ethereum passou por atualização que deixa blockchain mais próxima de eliminar mecanismo de mineração

Paulo Barros

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SÃO PAULO – O fim da semana se aproxima com boas notícias para donos de Ethereum (ETH). A criptomoeda da principal plataforma de contratos inteligentes do mundo atingiu, pouco depois das 22h de quinta-feira (28), uma nova máxima histórica de US$ 4.416.

A alta vem após atualização em uma rede secundária que deixa o projeto mais próximo do Ethereum 2.0, que visa acabar com o sistema atual de mineração de ETH. A novidade reforça as expectativas em torno do novo mecanismo que passa a credenciar validadores conforme a quantidade de ativos digitais acumulada.

Além de estimular mais escassez do token, o novo desenho reduziria o impacto ambiental do Ethereum em 99% e traz consigo melhorias que evitariam a disparada das taxas para executar operações, hoje vistas como o principal gargalo da plataforma. A versão 2.0 deve entrar em vigor em meados de 2022.

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Às 7h, o ETH era negociado a US$ 4.346, em alta de 4,1% no dia ante leve perda de 0,5% do Bitcoin (BTC), que volta a respirar acima dos US$ 61 mil após novo flash crash ontem em que mergulhou para menos de US$ 58 mil em questão de minutos.

Outro destaque do dia é o Decentraland (MANA), protocolo de metaverso que dispara quase 45% após anúncio de que o Facebook Inc. muda o nome da empresa controladora para Meta, em alusão ao seu projeto de universos virtuais atualmente em desenvolvimento.

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Na ponta perdedora estão Fantom (FTM) e Harmony (ONE), que recuam entre 7% e 10% após ganhos semanais expressivos que ainda se mantêm em cerca de 40%. Entre as que mais caem no momento, apenas a Waves (WAVES), que recua 4%, registra também perdas na semana, de 1,8%.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 61.050 -0,5%
Ethereum (ETH) US$ 4.346,90 +4,1%
Binance Coin (BNB) US$ 497,75 +2,9%
Cardano (ADA) US$ 2,00 -1,9%
Solana (SOL) US$ 198,65 +0,4%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

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Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Decentraland (MANA) US$ 1,16 +44,8%
Safemoon (SAFEMOON) US$ 0,00000516 +42,6%
Spell Token (SPELL) US$ 0,02521843 +18,7%
Enjin Coin (ENJ) US$ 2,42 +10,1%
Helium (HNT) US$ 28,76 9,9%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Fantom (FTM) US$ 3,04 -9,2%
Mina Protocol (MINA) US$ 3,16 -2,6%
Harmony (ONE) US$ 0,334870 -1,5%
Curve DAO Token (CRV) US$ 4,77 -5,8%
Near Protocol (NEAR) US$ 11,28 -5,7%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 63,59 +7,77%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 83 +6,09%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 72 +6,44%
QR Bitcoin (QBTC11) US$ 21,82 +5,92%
QR Ether (QETH11) R$ 17,75 +8,96%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta sexta-feira (29):

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MicroStrategy aumenta reservas em Bitcoin

A MicroStrategy informou em seu balanço trimestral que aumentou suas reservas em Bitcoin em 8.957 BTC, chegando ao total de 114.042 BTC adquiridos como estratégia de tesouraria. Comprados por US$ 3,2 bilhões, os ativos valem hoje aproximadamente US$ 7 bilhões.

Com isso, a companhia chefiada por Michael Saylor reforça sua posição de empresa de capital aberto com maiores reservas em Bitcoin do mundo. A Tesla, vale lembrar, possui menos da metade desse montante.

A MicroStrategy observou que continuará a se concentrar fortemente no Bitcoin como parte de sua estratégia corporativa. Até aqui, as ações da empresa ganharam forte correlação com o preço da criptomoeda, a ponto de motivarem a criação de novos ETFs que tentam capitalizar em cima deste movimento.

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Nesta semana, a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) aprovou um ETF de Volt Equity que rastreia empresas de mineração e outras de vários setores que têm alta exposição ao criptoativo, como as próprias MicroStrategy e Tesla, além de Twitter, Square e Coinbase.

Agência global contra lavagem de dinheiro aperta exigências para o setor cripto

A Força-Tarefa de Ação Financeira (FATF, na sigla em inglês), uma agência global de combate à lavagem de dinheiro, divulgou na quinta um guia atualizado que sugere exigências mais duras para empresas que lidam com criptomoeda e ativos virtuais.

“Reconhecemos que há várias áreas em que os países e o setor privado desejam mais orientação da FATF sobre como podem implementar isso na prática”, disse Ken Menz, analista de políticas da FATF, ao CoinDesk.

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A ideia é aplicar ao setor as mesmas regras já adotadas pelo setor bancário, algo que se estenderia não só a corretoras de criptomoedas, mas também a empresas que possam influenciar mercados de finanças descentralizadas (DeFi) de “maneira significativa”.

A agência recomenda que reguladores observem os atores de mercado que se chamam descentralizados e chequem os que de fato criam soluções sem controle central e os que dominam o negócio a ponto de serem considerados uma companhia tal qual uma corretora de cripto.

Um dos objetivos da proposta é enquadrar o máximo de atores possível dentro da categoria de Provedor de Serviços de Ativo Digital, ao qual recairiam todas as exigências de combate à lavagem de dinheiro pensadas originalmente para os bancos.

O documento é longo e fala também sobre os desafios em torno do monitoramento de transações que entram e saem de carteiras não-custodiais, ou seja, aquelas em que a plataforma que oferece o serviço não tem acesso aos ativos armazenados ali.

Governo Biden próximo de fechar cerco contra traders de cripto que não pagam impostos

Um projeto de lei desenhado pelo governo dos EUA para levantar recursos para injetar na economia ganhou mais um elemento que visa fechar atalhos usados por traders de criptomoedas para não pagar impostos.

Em uma nova versão aprovada na quinta, o texto passa a incluir transações de criptomoedas em uma regra que visa impedir a utilização de vendas a descoberto ou de derivativos que entregam “ativos já detidos” como meio de driblar a taxação.

Além disso, a proposta prevê a destinação de verba para o Internal Revenue Service, órgão equivalente à Receita Federal, para financiar o monitoramento de criptomoedas e atividades de compliance”.

A lei, que define um ativo digital como “qualquer representação digital de valor que é registrada em um livro-razão distribuído criptograficamente protegido ou qualquer tecnologia semelhante”, é vista com reticência por entusiastas e empresários do setor cripto por supostamente frear a inovação.

A principal crítica está na possibilidade de cobrar impostos de lucros não realizados. Caso este trecho fique na versão final da proposta, o congresso americano poderá exigir que traders tenham que pagar impostos provenientes de posições em aberto, o que reduziria os ganhos da atividade e a atratividade do setor.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos