Bitcoin pinta fim de ano imprevisível e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Baixa volatilidade do Bitcoin pode ser preparativo para onda de liquidações no final do ano que pode frustrar expectativas dos investidores mais otimistas

Paulo Barros

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Em oposição ao otimismo que tomou conta do mercado em outubro, o momento é de incerteza entre especialistas de criptomoedas por conta do movimento contido do Bitcoin (BTC) nos últimos dias. Estagnado novamente perto dos US$ 57 mil, o ativo digital estaria rumando para um fim de ano imprevisível.

Um dos receios entre especialistas é de que investidores institucionais que compraram a moeda digital na baixa entre julho e setembro realizem lucros no fechamento do ano, provocando uma possível onda de liquidações que impediria uma recuperação mais contundente do preço no curto prazo. Pelo mesmo motivo, novas quedas também não estariam descartadas, com o nível de suporte de US$ 53 mil no radar dos traders.

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Além disso, o número de contratos abertos em bolsas de derivativos (reguladas ou não) vem aumentando, o que aponta um crescente interesse por opções para proteção contra volatilidade ou por operação de futuros. Os investimentos em derivativos, que costumam vir acompanhados de alta alavancagem, são mais um ingrediente que se soma à expectativa de aumento da volatilidade até o final do ano.

Mas, por ora, o cenário é de baixa atividade, com o ritmo de compra de Bitcoin por grandes investidores diminuindo, e o volume geral de negociações em corretoras de criptomoedas caindo nos últimos dias.

A incerteza em relação à direção do Bitcoin parece afetar as demais criptomoedas com maior valor de mercado, que também variam menos de preço nos últimos dias. Ethereum (ETH) e Binance Coin (BNB), por exemplo, operam no zero a zero nesta manhã.

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Entre os maiores ganhadores do dia estão o Cosmos (ATOM), que sobe 15% após a realização de um hackathon com desenvolvedores interessados em criar soluções para compatibilizar diferentes blockchains.

Além disso, a Terra (LUNA) volta a subir 10% e já soma 56% de alta na semana. O projeto, vale lembrar, é uma alternativa ao Ethereum que tem sua própria stablecoin para pagar taxas, oferecendo mais previsibilidade para o usuário ao realizar negociações.

Na ponta negativa, os piores desempenhos nesta manhã são dos projetos de Olympus (OHM) e Wonderland (TIME), enquadrados no que se chama de DeFi 2.0, que recuam entre 6% e 8% em meio à queda no investimento em projetos de finanças descentralizadas como um todo em novembro. Em um mês, o valor total depositado em contratos inteligentes caíram cerca de US$ 20 bilhões, de US$ 179 bilhões para US$ 159 bilhões, segundo o monitor DappRadar.

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Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 56.722,40 +0,3%
Ethereum (ETH) US$ 4.580,45 +0,1%
Binance Coin (BNB) US$ 621,29 0%
Solana (SOL) US$ 233,97 +3,1%
Cardano (ADA) US$ 1,67 +5,9%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Cosmos (ATOM) US$ 31,15 +18,2%
e-Radix (EXRD) US$ 0,434799 +11,4%
Terra (LUNA) US$ 68,52 +11,3%
Stellar (XLM) US$ 0,359845 +10,3%
Radix (XRD) US$ 0,429533 +9,8%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

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Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Olympus (OHM) US$ 688,96 -7,7%
Wonderland (TIME) US$ 7.175,83 -6,7%
Waves (WAVES) US$ 20,92 -7,1%
Gala (GALA) US$ 0,556378 -6,8%
Avalanche (AVAX) US$ 109,98 -6,2%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 60,70 -2,36%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 77,15 0%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 76,80 -1,53%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 20,36 +0,29%
QR Ether (QETH11) R$ 18,82 -2,38%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta sexta-feira (3):

Spotify será ameaçado por plataformas de NFT, diz Saxo Bank

Para analistas do banco dinamarquês Saxo Bank, o mercado musical está prestes a passar por uma revolução no modo de comercialização em meio à popularização de plataformas de NFTs, e o maior perdedor deverá ser o Spotify.

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O principal motivo, segundo o banco, é o modelo de negócios descentralizado permitido por plataformas de nova geração, que eliminam intermediários e entregam mais valor ao artista.

“O caso de uso de NFTs pode ser particularmente atraente na próxima etapa para a tecnologia de geradores de conteúdo na indústria musical, já que os músicos se sentem injustamente tratados pelos modelos de compartilhamento de receita das plataformas de streaming atuais, como Spotify e Apple Music”, apontou um dos analistas.

Uma das soluções promissoras nesse ramo é a Audius (AUDIO), que fechou parceria com o Tiktok este ano e conta com o investimento de artistas como Katy Perry, The Chainsmokers e Jason Derulo.

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Para o Saxo Bank, o crescimento de alternativas descentralizadas fará o Spotify desvalorizar até 33% em 2022. Neste ano, as ações da empresa já apresentam forte queda: de cerca de US$ 300 no começo do ano para atuais US$ 229.

As criptomoedas nunca deveriam ter sido inventadas, diz Charlie Munger

Charlie Munger, o vice-presidente do conglomerado Berkshire Hathaway, disse em conferência em Sidney nesta sexta-feira (3) que gostaria que as criptomoedas não existissem, e que a decisão da China de banir a mineração e as negociações de ativos digitais do país foi acertada.

“Eu gostaria que elas nunca tivessem sido inventadas. E mais uma vez admiro os chineses, acho que tomaram a decisão correta, que foi simplesmente bani-las. No meu país, a civilização de língua inglesa tomou a decisão errada, eu simplesmente não suporto participar dessas explosões insanas, de uma forma ou de outra”, afirmou.

O comentário surgiu em meio a uma discussão sobre o ambiente atual nas bolsas globais, o qual Munger considera “ainda mais maluco” que a bolha dos negócios ligados à Internet nos anos 1990.

Vendas de terreno no metaverso somam mais de US$ 100 milhões em uma semana

Em meio à popularização do termo metaverso, investidores vêm se antecipando e correm para comprar fatias de terrenos digitais nas plataformas mais promissoras do momento. Em uma semana, o valor investido nesse tipo de objeto virtual alcançou mais de US$ 100 milhões (R$ 565 milhões), apontou um relatório da DappRadar

Terrenos no metaverso são itens digitais comercializados em formato NFT, um certificado digital gravado na blockchain que confere a propriedade do ativo ao comprador. A maioria deles está registrado na rede Ethereum, que reúne também boa parte dos projetos que mais crescem no momento, como Decentraland (MANA) e, principalmente, o The Sandbox (SAND), que angariou US$ 86,56 milhões em venda de terreno nos últimos dias.

No entanto, segundo a DappRadar, investidores também já estão de olho em projetos de metaverso da Solana (SOL), plataforma que oferece mais agilidade nas transações e taxas menores, além de otimizações voltadas especificamente para jogos.  Um deles é o Portals, que anunciou a comercialização de quase US$ 10 milhões em NFTs de terrenos virtuais na última semana.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos