Coinbase libera compra de USDC, Bitcoin em estabilidade e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Bitcoin e Ethereum operam em estabilidade em meio a sinais mistos, com dados da blockchain positivos e analistas técnicos pessimistas para o curto prazo

Paulo Barros

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O mercado de criptomoedas vem de um fim de semana de alta em meio a um baixo volume de transações, com o Bitcoin (BTC) subindo mais uma vez acima dos US$ 50.500. A moeda digital, no entanto, falhou pela segunda vez em dois dias em se segurar neste patamar, e volta a ser negociada abaixo dos US$ 49 mil nesta segunda-feira (13), em alta discreta de 0,1% nas últimas 24 horas.

A situação do Ethereum (ETH) é parecida, com preço que ainda se firma ao redor dos US$ 4 mil apesar do leve recuo de 0,1%. Entre as 10 criptos com maior valor de mercado, o pior resultado é o da Binance Coin (BNB), que recua 2,3%, para US$ 550. Já a Solana (SOL) segue enfraquecida após falha na rede, e opera em queda de 1,3%, a US$ 166,02.

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O Bitcoin, que funciona como termômetro do mercado cripto, opera segundo sinais mistos nesta manhã. De um lado, dados da blockchain apontam para reservas cada vez mais escassas em corretoras, indicando que grandes detentores de ativos pararam de depositar e que há menos liquidez para alimentar ordens de venda.

Além disso, segundo a casa de análise CryptoQuant, esses operadores vêm registrando movimento de saque de suas stablecoins, apontando para um possível fim da realização de lucros que começou em novembro.

O movimento ainda coincide com a marca de 18,89 milhões de bitcoins minerados. A partir de hoje, 90% de todos os bitcoins já estão em circulação – o restante, até o limite de 21 milhões, será minerado até o ano de 2140.

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Por outro lado, alguns analistas técnicos não acham que o preço do Bitcoin está em um momento positivo, e sugerem que este final de ano pode ser de altos e baixos entre as regiões de US$ 50 mil e US$ 40 mil.

“O mercado ainda está em frangalhos. Coisas boas levam tempo depois de grandes quedas. Se você está sendo picado [tendo prejuízo com pequenas altas e baixas], pare. Espere o mercado mostrar força com clara recuperação ou espere por mais uma baixa. Isso não é para todos. Sobreviva”, escreveu o analista conhecido pela arroba @pentoshi no Twitter.

Apesar disso, alguns projetos ganham força neste começo de semana. É o caso, por exemplo, do Sushi (SUSHI), que engata alta de 12,8% após queda brusca no último mês em meio a uma proposta de reformulação que deverá ser levada à votação pela comunidade. Quem tem tokens SUSHI poderá participar.

Outra que sobe é a Olympus (OHM), protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) que realizou atualização no domingo (12). O token OHM que alimenta a plataforma de rendimentos com cripto registra alta de 11,1% desde então.

Já a Coinbase, maior exchange de ativos digitais dos EUA, liberou dois novos produtos no Brasil: compras da stablecoin USD Coin (USDC) e rendimento em cripto.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h30:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 48.883,87 +0,1%
Ethereum (ETH) US$ 4.007,45 -0,1%
Binance Coin (BNB) US$ 550,48 -2,3%
Solana (SOL) US$ 166,02 -1,3%
Cardano (ADA) US$ 1,31 -1,0%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Sushi (SUSHI) US$ 6,06 +12,8%
Olympus (OHM) US$ 477,49 +11,1%
Covex Finance (CVX) US$ 29,17 +6,5%
Curve DAO Token (CRV) US$ 3,78 +4,5%
Ecomi (OMI) US$ 0,00570669 +3,9%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Quant (QNT) US$ 184,67 -13,2%
Near (NEAR) US$ 9,85 -7,7%
Gala (GALA) US$ 0,550154 -5,7%
BitTorrent (BTT) US$ 0,00311972 -5,7%
Polygon (MATIC) US$ 1,96 -4,1%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 52,80 +0,93%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 65,23 +1,89%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 67,85 -1,23%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 17,21 +2,44%
QR Ether (QETH11) R$ 16,62 -1,07%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta segunda-feira (13):

Coinbase libera compra de USDC e lança rendimento DeFi no Brasil

A Coinbase, maior corretora de criptoativos dos Estados Unidos, liberou para brasileiros a compra da USD Coin (USDC), uma criptomoeda que tem paridade com o dólar americano. Residentes no Brasil agora podem comprar a stablecoin, mas devem usar dólares, euros ou libras na operação.

A Coinbase ainda não opera no Brasil nem permite depósitos de reais, portanto é preciso usar um cartão internacional, por exemplo, para comprar o USDC com moeda estrangeira.

O USDC poderá ser armazenado na conta, mas não poderá ser sacado em reais, por exemplo. No entanto, a corretora permite converter os valores em outras criptos, como Bitcoin e Ethereum. Outra opção será transformar a USDC em DAI, uma stablecoin focada em DeFi e que rende na conta.

O rendimento vem do depósito automático dos valores no protocolo Compound Finance, que entregou entre 2,83% e 5,39% de retornos em outubro. Na prática, o usuário só precisa deixar os valores parados para obter o rendimento.

Bitcoin atinge 90% de unidades mineradas

O Bitcoin atingiu, na manhã desta segunda-feira (13), a marca de 18,89 milhões de unidades mineradas, segundo o site Blockchain.com, o que representa 90% do total de 21 milhões que poderão existir.

A mineração é o processo de emissão do ativo digital proveniente da recompensa à rede de computadores (mineradores) que valida as transações e confere segurança à rede. Os primeiros bitcoins foram minerados em 3 de janeiro de 2009 pelo criador (ou criadores) anônimo Satoshi Nakamoto.

Após minerar 90% de todos os bitcoins em 12 anos, os mineradores levarão muito mais tempo para “extrair” os 10% restantes. Devido a gatilhos programados no código da criptomoeda, a recompensa é cortada a cada quatro anos, reduzindo o ritmo de emissão ao ponto de estender o processo por mais 120 anos – calcula-se que o último Bitcoin será minerado apenas em 2140.

A emissão controlada e decrescente está entre os fatores que levam entusiastas a acreditarem que o Bitcoin é um candidato para substituir o ouro e o dólar como reserva de valor no futuro. Isso porque, além de ser nativo da Internet, o ativo digital uniria as vantagens da reserva finita da moeda preciosa com a facilidade de troca da moeda americana.

Corretora de criptomoedas sofre hack de US$ 77 milhões

A corretora de criptomoedas AscendEX sofreu um ataque hacker no último sábado (11) que resultou no desvio de ativos de carteiras de clientes. As criptos roubadas somam aproximadamente US$ 77 milhões, segundo a Peckshield, empresa especializada em segurança de blockchain.

Os hackers transferiram diversas criptomoedas no padrão ERC-20 do Ethereum que somam US$ 60 milhões, além de US$ 9,2 milhões em criptoativos da Binance Smart Chain, e outros com US$ 8,5 milhões da rede Polygon. As maiores perdas foram no token desconhecido TARA (US$ 10,8 milhões) e na stablecoin USDT (US$ 5,7 milhões).

A AscendEX não esclareceu como o ataque ocorreu, mas garante que as carteiras frias (desconectadas da Internet) não foram afetadas. Além disso, a exchange se comprometeu a devolver aos usuários os valores roubados e irá, aos poucos, restabelecer os depósitos e retiradas que foram suspensos no final de semana.

Binance cancela pedido de licença na Cingapura

A Binance cancelou um pedido submetido a reguladores da Cingapura para obter licença para operar oficialmente como uma bolsa de criptoativos no país. A solicitação havia sido apresentada em 2020 por meio da filial Binance.sg, ligada à Binance Asia, uma das empresas do grupo Binance. A empresa encerrará atividades no dia 13 de fevereiro.

Segundo o CEO da corretora, o sino-canadense Changpeng Zhao, a decisão está ligada a um investimento realizado na bolsa local Hg Exchange – desde o começo do mês, a Binance é dona de 18% da companhia.

“Esse investimento tornou nossa própria solicitação [de licença] um tanto redundante”, disse Zhao via Twitter. “Continuaremos a trabalhar por meio de nossos parceiros pela expansão da indústria de cripto em Cingapura”, pontuou.

Apesar de seguir com presença intermediada em Cingapura, a retirada do pedido de licença é visto como uma provável barreira ao estabelecimento de uma sede da Binance no país. Além de Cingapura, Zhao já aventou a possibilidade de abrir uma  sede física em Dubai e na França.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos