Bitcoin acima de US$ 56 mil, Bitmain fora da China e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Criptomoedas têm movimentos mistos nesta segunda-feira, enquanto Bitcoin ganha força e tenta renovar máximas recentes

Rodrigo Tolotti

Publicidade

SÃO PAULO – Após passar o fim de semana operando entre US$ 54 e US$ 55 mil, o Bitcoin (BTC) ganhou força na madrugada desta segunda-feira (11) e voltou a superar a marca de US$ 56 mil, o que ocorreu no fim da semana passada após cinco meses, mas sem muita sustentação.

Às 7h20, o BTC era cotado a US$ 56.440, em alta diária de 2,5%, um movimento que, porém, não é acompanhado pelo mercado como um todo. O Ethereum (ETH), por exemplo, tem leve valorização de 0,25% no mesmo horário, para US$ 3.587.

Nos últimos dias, analistas têm destacado a forte entrada de investidores institucionais como fator principal para o avanço do Bitcoin, o que ajuda a dar mais sustentação para o movimento e reforça avaliações de que a maior criptomoeda do mundo pode buscar novas máximas até o fim do ano.

Continua depois da publicidade

Maiores especialistas do Brasil te ensinam a investir melhor nessa classe de ativos: conheça o curso Criptoinvestidor!

Entre as altcoins, destaque para o protocolo dYdX(DYDX), que volta a subir forte. Há cerca de duas semanas, quando a China decidiu tornar ilegal operações com ativos digitais, a dYdX subiu forte sendo buscada como alternativa por investidores para investir no mercado cripto de forma descentralizada.

O ativo é a moeda nativa do protocolo que se destaca por oferecer algumas funções vistas normalmente apenas em corretoras comuns, mas forma descentralizada. Com total anonimato, é possível, por exemplo, fazer trades alavancados.

Continua depois da publicidade

Além dela, a Shiba Inu (SHIB) volta a subir, mas com menor intensidade após grande valorização, que chegou a ser de 400% em uma semana.

Na ponta negativa, a Fantom (FTM), que oferece uma solução alternativa ao Ethereum, aparece entre as maiores quedas do dia após saltar cerca de 100% na semana passada.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h20:

Continua depois da publicidade

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 56.440 +2,5%
Ethereum (ETH) US$ 3.587 +0,25%
Cardano (ADA) US$ 2,23 -1,2%
Binance Coin (BNB) US$ 420 +0,4%
XRP (XRP) US$ 1,17 -2,25%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
dYdX (DYDX) US$ 2,26 +21,4%
Mdex (MDX) US$ 1,61 +9,80%
Shiba Inu (SHIB) US$ 0,00002858 +7,2%
Arweave (AR) US$ 62,78 +7,5%
OMG Network (OMG) US$ 14,64 +5,9%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Stacks (STX) US$ 2,01 -7,1%
Fantom (FTM) US$ 2,09 -6,3%
Maker (MKR) US$ 2.526 -5,4%
Terra (LUNA) US$ 40,29 -4,9%
Kusamana (KSM) US$ 340,57 -4,8%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

Continua depois da publicidade

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 53,40 +1,12%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 72,65 +2,02%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 60,30 +1,91%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 19,02 0,00%
QR Ether (QETH11) R$ 14,55 +0,21%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta segunda-feira (11):

Binance.US anuncia novo CEO

O braço americano da maior exchange do mundo, a Binance.US, promoveu Brian Shroder a CEO, após contratá-lo no mês passado como presidente e membro do conselho. Além disso, a companhia informou que Eric Segal será o diretor financeiro (CFO) interino no lugar de Joshua Sroge, que deixou a empresa.

Antes de ser contratado pela Binance, Shroder foi estrategista e executivo de desenvolvimento de negócios no Ant Group, do grupo chinês Alibaba, e também foi executivo da Uber.

Continua depois da publicidade

“Estou ansioso para aumentar ainda mais nossa equipe à medida que continuamos a expandir nossos produtos e serviços e dar os primeiros passos em nosso caminho para o IPO”, disse Shroder em um comunicado.

Maior mineradora do mundo deixa de atuar na China

A Bitmain, maior fabricante de equipamentos de mineração de Bitcoin do mundo, anunciou no domingo (10) que não vai mais fazer entregas de produtos para clientes da China continental.

A decisão ocorre no cenário de grande repressão do governo chinês à indústria de criptomoedas, com fechamento de operações de mineradores e tornando ilegal qualquer atividade relacionada à negociação de moedas digitais. Vale destacar que a Bitmain segue com sua sede em Pequim.

Em nota, a companhia destacou que seu princípio sempre foi “obedecer estritamente às leis e regulamentos locais”, confirmando que em 11 de outubro deixa de enviar Antminer para a China continental, exceto Hong Kong e Taiwan.

Os clientes que ainda tiverem produtos para receber na região precisam entrar com contato com a Bitmain para encontrar uma solução.

Sri Lanka cria comitê para projetos em blockchain

O Sri Lanka anunciou a criação de um comitê para explorar novidades para bancos digitais, além de projetos em blockchain e de mineração de criptomoedas no país.

Segundo o diretor-geral do governo, Mohan Samaranayake, foi identificada a necessidade de desenvolver “um sistema integrado de banco digital, blockchain e tecnologia de mineração de criptomoedas” como um meio de permanecer no mesmo nível de parceiros globais, adequando-se aos mercados internacionais.

Além disso, o comitê também vai estudar métodos para prevenir a lavagem de dinheiro, financiamento do terrorismo e outras atividades criminosas relacionadas a essas tecnologias. O país também estudará os processos de “Conheça o Seu Cliente” (“Know-Your-Customer”, mais conhecido pela sigla KYC).

O comitê de cinco membros estudará as estruturas regulatórias e abordagens para indústrias relacionadas à criptoativos em países como Dubai, Malásia, Filipinas, Cingapura, além da União Europeia.

De acordo com comunicado do Departamento de Informação do governo, o desenvolvimento é uma tentativa de atrair investimento estrangeiro nas áreas dessas tecnologias enquanto Sri Lanka visa modernizar sua economia.

Plataforma Treeverse levanta US$ 25 milhões

O Treeverse, plataforma de jogo metaverso baseada em navegador de internet, levantou US$ 25 milhões em fundos em uma campanha que contou com apoios da IdeoCo Labs, Animoca Brands, Skyvision Capital e Stani Kulechove.

O projeto tem chamado atenção e se mostrado promissor em um cenário em que games baseados em tokens não fungíveis (NFTs) têm conquistado investidores no mundo todo, com o caso mais famoso sendo o Axie Infinity (AXS).

No caso do Treeverse, a proposta é ser um jogo em um mundo virtual com elementos nostálgicos lembrando Pokémon em um modelo MMORPG (Massively Multiplayer Online Role-Playing Game, ou jogo de representação de papéis online, multijogador em massa, em tradução livre), contando com a interação usando NFTs.

A plataforma foi fundada pelo popular investidor de NFTs Loopify. O Treeverse lançou em agosto seus primeiros NFTs com uma coleção de 10.420 lotes privados de terras a US$ 520 cada, que se esgotaram em uma hora. Esses terrenos, denominados “Terreno Privado dos Fundadores”, já renderam mais de US$ 20 milhões em volume secundário e estão sendo negociados a US$ 7 mil por lote.

Maiores especialistas do Brasil te ensinam a investir melhor nessa classe de ativos: conheça o curso Criptoinvestidor!

Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.