Bitcoin fecha melhor mês da história e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Outubro encerra em nível mais alto de todos os tempos após desempenho que só fica atrás de dezembro de 2020

Paulo Barros

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SÃO PAULO – O Bitcoin (BTC) registrou o maior fechamento mensal da história ao encerrar outubro negociado na faixa de US$ 61 mil. Apesar de intensa volatilidade durante o final de semana, o preço se recuperou a encerrou em alta de pouco menos de 40%, um resultado percentual que só fica atrás de dezembro de 2020, quando o ativo digital rompia a máxima histórica definida três anos antes.

O desempenho anima investidores que já falavam em setembro em um movimento de alta no mês que passou. O terço final do ano é, historicamente, marcado por movimentos de alta do BTC, o que faria de outubro o início de uma nova onda de valorização.

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O principal catalisador foi a aguardada aprovação do primeiro ETF de Bitcoin nos EUA, que chegou à bolsa de Nova York com procura sem precedentes e se tornou o mais rápido de todos os tempos a alcançar a marca de US$ 1 bilhão em ativos sob gestão, em apenas dois dias.

No entanto, analistas consideram que a demanda pelo ETF foi apenas reflexo de um movimento de fundos institucionais em busca de uma alternativa ao ouro para se proteger da inflação. Um dos indícios foi a alta procura também por fundos não negociados em bolsa, como o Bitcoin Trust, da Grayscale.

O preço da moeda digital chegou a cair para US$ 59.500 nas primeiras horas desta segunda-feira (1), mas se recuperou rapidamente. Às 7h, o Bitcoin era negociado a US$ 62.108, em alta anual que volta a subir para o patamar de 350%.

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Entre as demais criptomoedas, chamadas de altcoins, o destaque vai para vários ativos ligados às finanças descentralizadas (DeFi), como Qtum (QTUM) e THORChain (RUNE), que sobem 40% e 20%, respectivamente.

Na ponta perdedora estão principalmente tokens ligados a metaverso, como Decentraland (MANA) e Enjin Coin (ENJ), que caem entre 9% e 18% após disparada de até 200% em meio ao anúncio do Facebook, que passará a focar no que vem sendo chamado de Nova Era da Internet.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 62.108,40 +2,2%
Ethereum (ETH) US$ 4.324,78 +1,4%
Binance Coin (BNB) US$ 533,48 +1,9%
Cardano (ADA) US$ 1,99 +1,8%
Solana (SOL) US$ 208,57 +11%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Qtum (QTUM) US$ 18,40 +40,1%
THORCHain (RUNE) US$ 16,21 +19,9%
Holo (HOT) US$ 0,01261420 +18,5%
Spell Token (SPELL) US$ 0,03074535 +12,7%
Shiba Inu (SHIB) US$ 0,00007265 +11,7%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Decentraland (MANA) US$ 2,78 -17,6%
Chiliz (CHZ) US$ 0,425266 -9,4%
Enjin Coin (ENJ) US$ 2,48 -8,1%
Basic Attention Token (BAT) US$ 1,01 -7,2%
Zcash (ZEC) US$ 168,33 -5,5%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 64,81 +1,93%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 84 +1,2%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 75 +4,16%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 22,39 +2,61%
QR Ether (QETH11) R$ 18,25 +2,81%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta segunda-feira (1º):

Preço do Bitcoin indica que economia enfrenta inflação real, diz Peter Thiel

Peter Thiel, investidor e co-fundador do PayPal e da Palantir Technologies, disse em uma conferência no domingo (31) que o preço do Bitcoin e de outras criptomoedas é prova de que as preocupações com a inflação são reais.

“Sabe, Bitcoin a US$ 60 mil, não tenho certeza se alguém deve comprar agressivamente”, disse ele. “Mas, certamente o que isso está nos dizendo é que estamos passando por um momento de crise”, afirmou, lembrando em seguida de que se arrepende de não ter comprado mais Bitcoin antes.

Thiel criticou e culpou o banco central dos EUA (Federal Reserve) pela gestão da economia americana, especialmente a impressão de trilhões de dólares para financiar gastos desde 2020. Ele afirmou que o FED não reconheceu a decisão resultaria em inflação.

O evento reúne diversos críticos do governo Biden, incluindo os senadores republicanos Josh Hawley, do Missouri; Marco Rubio, da Flórida; Ted Cruz, do Texas, e o candidato ao Senado de Ohio, JD Vance.

Investidores perdem US$ 57 milhões em projeto DeFi 24 horas após lançamento

Um novo projeto de finanças descentralizadas (DeFi) sumiu com US$ 57 milhões de investidores em menos de 24 horas após a captação dos valores.

Segundo a CNBC, o protocolo AnubisDAO, inspirado no sucesso de meme coins como a Shiba Inu (SHIB), ganhou canal no Telegram num dia, captou dinheiro logo em seguida e, na hora do lançamento, desviou os fundos para uma carteira desconhecida.

Os investidores haviam aportado 13.256,4 ETH, o equivalente a US$ 57,3 milhões, após seguirem a recomendação de um influenciador anônimo conhecido pelo pseudônimo de “0xSisyphus” – e perderam tudo.

As vítimas acionaram a polícia de Hong Kong, que investiga o caso.

Co-fundador do Ethereum defende uso de blockchain para governar cidades

O co-fundador e principal nome por trás da plataforma Ethereum, Vitalik Buterin, saiu em defesa do uso de blockchain e das criptomoedas para criar soluções capazes de revolucionar a administração de cidades.

Em artigo publicado em seu site pessoal no domingo (31) intitulado “Crypto Cities” (cidades cripto), Buterin explica os projetos que já existem para descentralizar a gestão de governos e conta como as chamadas Organizações Autônomas Descentralizadas (DAOs) poderão substituir estruturas públicas.

Ele propõe uma série de experimentos para usar tecnologias já existentes na implantação de um novo sistema de votos para decidir gastos provenientes de impostos, além do uso de criptomoedas para levantar capital. As ideias seriam testadas em protótipos de novas cidades.

“É claro que as novas cidades têm a vantagem de não ter residentes com expectativas existentes de como as coisas devem ser feitas; mas o próprio conceito de criar uma nova cidade é, nos tempos modernos, relativamente não testado” diz Buterin, afirmando em seguida que algo do tipo poderia ser financiado por “pools multibilionários” nas mãos de entusiastas de cripto.

A discussão nasce a partir de inovações que já acontecem nos EUA. Miami, por exemplo, emitiu este ano sua própria criptomoeda estatal para levantar recursos para a cidade e o prefeito Francis Suarez já declarou que “pagar funcionários com Bitcoin é uma prioridade”.

Já o estado de Wyoming passou a contar recentemente com uma legislação que tornaria possível a criação de DAOs, o que abriria caminho legal para a construção de comunidades independentes autorreguladas.

Ethereum tem primeira semana de deflação

O Ethereum registrou no final de outubro sua primeira semana da história com emissão negativa, com retirada líquida de 59 ETH de circulação, causando o primeiro período deflacionário de sua história.

A marca vem após a queima de mais de 93.700 ETH a partir de transações na rede, funcionalidade que foi implementada na atualização London, realizada em agosto. Há pouco mais de dois meses, as transferências de ETH e de tokens que rodam na mesma blockchain, como a stablecoin Tether USD (USDT), queimam parte das taxas pagas a mineradores.

Desde a chegada desta atualização, a comunidade do Ethereum ficou apreensiva pelo dia em que o criptoativo se tornaria deflacionário, especialmente porque o movimento deve se intensificar até 2022, quando a plataforma deverá ser migrada para a versão 2.0.

A expectativa é que a emissão negativa ajude a alavancar preços. A primeira semana em que isso ocorreu coincidiu com uma nova máxima histórica do ativo, que pela primeira vez foi negociado acima dos US$ 4.400.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos