Bitcoin volta a US$ 61 mil, novo ETF rastreia Tesla e MicroStrategy e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Moeda digital se recupera de queda que testou suporte de US$ 58 mil e apagou US$ 1 trilhão de valor de mercado de criptomoedas ontem

Paulo Barros

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SÃO PAULO – O Bitcoin (BTC) amanhece em terreno positivo após mais um dia de correção que fez o mercado cripto perder US$ 1 trilhão em valor de mercado enquanto a moeda digital testava o nível de suporte de US$ 58 mil, que é chave para investidores com US$ 3,2 em contratos de opções vencendo na sexta-feira (29). Se o preço se mantiver acima deste nível até amanhã, quem apostou na alta poderia lucrar pelo menos US$ 385 milhões.

A recuperação também ocorre em dia de estreia de mais um ETF de BTC nos EUA, desta vez um que acompanha o desempenho de empresas de mineração ou que têm alta exposição ao ativo digital, como Tesla e MicroStrategy.

Por outro lado, surgem informações de que a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, na sigla em inglês) teria recusado pelo menos outros dois pedidos de aprovação de fundos de índice de Bitcoin. Segundo Eric Balchunas, analista da Bloomberg, os reguladores americanos teriam rechaçado um fundo da Direxion que lucraria com a queda da criptomoeda, além de um ETF de futuros da Valkyrie com alavancagem.

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Às 7h, o Bitcoin é negociado a US$ 61.217, em alta de 4,1% no dia, mas ainda com perdas acumuladas de 7,4% na semana. Entre as criptomoedas com maior valor de mercado, a que vai melhor no momento é a Binance Coin (BNB), que avança 6,7% para US$ 482,53 após bater US$ 450 ontem.

O destaque, no entanto, segue com a Shiba Inu (SHIB), criptomoeda meme que disparou 80% em um dia e chegou a ultrapassar momentaneamente a Dogecoin (DOGE), ocupando a 10ª posição no ranking global. Desde então, o preço da meme coin esfriou, mas ainda acumula ganhos de 37% nas últimas 24 horas.

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A ponta negativa é pequena hoje, com apenas cinco ativos digitais registrando perdas. O pior desempenho por enquanto é do Aave (AAVE), token nativo do protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) de mesmo nome. Atualmente, seu preço recua 14,7%, para US$ 341.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 61.217,07 +4,1%
Ethereum (ETH) US$ 4.163,25 +3,6%
Binance Coin (BNB) US$ 482,53 +6,7%
Cardano (ADA) US$ 2,04 +4,6%
Solana (SOL) US$ 197,84 +4,7%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

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Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Shiba Inu (SHIB) US$ 0,00007282 +37%
Dogecoin (DOGE) US$ 0,301276 +27,9%
Safemoon (SAFEMOON) US$ 0,00000362 +20,9%
Fantom (FTM) US$ 3,34 +17,8%
Curve DAO Token (CRV) US$ 5,07 +17,6%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Aave (AAVE) US$ 341,32 -14,7%
Leo Token (LEO) US$ 3,16 -2,6%
Stacks (STX) US$ 1,92 -1,5%
Yearn Finance (YFI) US$ 35.195,60 -0,9%
Amp (AMP) US$ 0,04411612 -0,8%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 59 -7,81%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 78,23 -5,86%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 67,64 -6,05%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 20,60 -6,1%
QR Ether (QETH11) R$ 16,29 -5,34%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quinta-feira (28):

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ETF que investe em mineradores e empresas que compraram Bitcoin estreia em Nova York

A NYSE Arca, versão totalmente digital da bolsa de valores de Nova York (NYSE), lista nesta quinta-feira (28) o Crypto Industry Revolution and Tech ETF, da Volt Equity, que rastreia empresas de mineração e outras com alta exposição ao Bitcoin.

Entre elas estão companhias como Tesla, Twitter, Square, Coinbase e MicroStrategy, que sozinha possui mais de 100 mil bitcoins no caixa. Entre as mineradores de criptomoedas, o fundo acompanha Canaan, Bitfarms e Riot Blockchain.

Segundo a Volt Equity, a cesta do ETF será balanceada regularmente de acordo com pesquisas, dados e modelos como o Stock-To-Flow, que projeta o preço do Bitcoin no tempo baseado no estoque disponível e na oferta anual da criptomoeda. O modelo é famoso por prever que a moeda digital vai alcançar até US$ 100 milhões nos próximos 10 anos.

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O ETF estará disponível para negociação na abertura do mercado sob o símbolo BTCR e com cota a US $ 21.

Shiba Inu cria novos bilionários de criptomoedas

A impressionante alta de quase 1.000% da criptomoeda meme Shiba Inu (SHIB) em outubro criou uma nova leva de milionários tal qual fez a Dogecoin (DOGE) no primeiro semestre. No entanto, houve um punhado de pessoas que faturou ainda mais, na casa dos bilhões.

Dados da blockchain apontam que existem quatro carteiras com o equivalente a pelo menos US$ 1,6 bilhão em tokens SHIB, e que não são pertencentes a corretoras de criptomoedas. As informações públicas mostram que a maior delas recebeu os ativos há pouco mais de um ano gastando apenas US$ 8 mil. Hoje, as criptos valem US$ 5,7 bilhões. O dono misterioso, portanto, poderia se tornar um bilionário se ao menos uma parcela de sua reserva fosse absorvida pela liquidez da moeda.

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Os motivos por trás da disparada no preço da Shiba Inu têm pouca relação com casos de uso ou vantagens tecnológicas. Embora o projeto tenha lançado uma exchange descentralizada e um sistema de queima que ajuda a impulsionar o preço, tudo indica que a valorização é resultado principalmente de um movimento coordenado entre os milhares de detentores da moeda, autodenominados “Shib Army” (exército SHIB).

O fenômeno se apoia no meme do cachorro Shiba Inu e no alcance viral das redes sociais, imitando o que a DOGE fez no passado, mas sem apoio de uma figura central como Elon Musk. O CEO da Tesla inclusive afirmou nesta semana que não comprou a Shiba Inu.

Protocolo DeFi é vítima de terceiro hack e leva prejuízo de US$ 130 milhões

O protocolo de finanças descentralizadas (DeFi) Cream Finance foi alvo na quarta-feira (27) de seu terceiro hack no ano, desta vez resultando em perdas calculadas em US$ 130 milhões.

A ofensiva utilizou o que se chama de ataque econômico, em que um hacker manipula as regras do contrato inteligente aproveitando uma brecha na programação para injetar fundos na sua própria carteira virtual.

Especialistas que se debruçaram sobre o episódio dizem que o invasor abusou de uma falha na função de empréstimos do protocolo para inflar a quantidade de uma criptomoeda em dólares as quais teria direito de receber como contrapartida de uma garantia.

Desse modo, o hacker conseguiu drenar os US$ 130 milhões em cripto, deixando no prejuízo principalmente os usuários que depositaram valores no protocolo para receber rendimentos.

Este foi de longe o ataque mais sério sofrido pela Cream Finance. Em fevereiro, o protocolo teve US$ 37,5 milhões roubados e, em agosto, um caso similar levou à perda de US$ 25 milhões.

Mineração de Bitcoin dispara e volta a níveis vistos antes de banimento chinês

O hash rate (taxa de hash) do Bitcoin, indicador que aponta o poder computacional empregado na validação das transações da criptomoeda, voltou a níveis vistos antes do banimento da atividade de mineração pelo governo chinês, em maio.

A alta ocorre após uma reconfiguração do mapa mundial de mineração após a debandada de empresas do setor da China. Desde o primeiro semestre, mineradores se mudaram para países como o Cazaquistão, que oferece energia elétrica barata, e os EUA, tem tem soluções de energia renovável.

Segundo Charles Edwards, fundador da firma de investimentos Capriole, o poder de processamento dedicado à rede do Bitcoin só foi mais alto que o atual por seis dias na história, em movimento que indica otimismo do setor para o preço do Bitcoin.

Um aumento na taxa revela maior competição para validar transações, o que resulta em maior emprego de recursos na atividade. Historicamente, esse tipo de crescimento expressivo só acontece quando mineradores esperam que o preço do Bitcoin, que é chave para a sustentação do negócio, vai subir no curto prazo.

Investimento em criptomoedas dispara entre brasileiros

Segundo dados da Passolio, fintech dos EUA que tem plataforma que une ações americanas e criptomoedas, o investimento de brasileiros em criptomoedas explodiu nos últimos 12 meses.

Dados apontam que operações com moedas digitais cresceram 11 vezes entre outubro de 2020 a setembro de 2021. O número representa uma alta de 1.082% nas negociações.

A corretora também afirma que observa crescimento considerável de registros de brasileiros em sua plataforma, com aumento de cerca de cinco vezes (461%) no mesmo período.

Segundo a empresa, brasileiros têm preferência principalmente pelas negociações com Bitcoin e Ethereum, as duas criptos com maior valor de mercado, que responderam por 30% e 22% dos trades na plataforma no ano. Em seguida aparece a meme coin Dogecoin, com 3% das negociações.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos