Credit Suisse continua a ser “grande demais para quebrar”, avalia analista

O Swissquote diz ainda que o banco pode ser fortalecido, por meio da revisão estratégica planejada para o fim de outubro pelo Credit Suisse

Estadão Conteúdo

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Apesar dos rumores no mercado no fim de semana, da queda forte nos preços das ações e da forte alta nos swaps de default de crédito (CDS, na sigla em inglês) do Credit Suisse, ainda continua a ser improvável que o banco quebre, diz em nota Ipek Ozkardeskaya, analista do Swissquote.

Segundo ela, as negociações elevadas de CDS do banco, uma forma de seguro contra falência, significam que o mercado está precificando de modo agressivo um eventual default. Isso é possível, mas a analista acredita que o banco é “grande demais para quebrar”, podendo ser alvo de uma oferta de compra ou o governo da Suíça poderia intervir para salvá-lo.

O Swissquote diz ainda que o banco pode ser fortalecido, por meio da revisão estratégica planejada para o fim de outubro pelo Credit Suisse

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O Citi, por sua vez, afirma que nos níveis atuais o Credit pode ser uma opção de compra. Para o banco americano, a liquidez do banco suíço é relativamente saudável. No curto prazo, contudo, o Credit Suisse lida com o aumento nos spreads de crédito, o que exacerba temores do mercado e torna seus custos de financiamento mais elevados. Para o Citi, as atuais variações nos spreads são um problema maior nos custos de financiamento que as preocupações sobre a liquidez, no quadro atual.

Já o JPMorgan diz que as posições de liquidez e capital do Credit são “relativamente saudáveis”, caso avaliemos seus resultados do segundo trimestre. Mas o noticiário negativo sobre seu capital e sua liquidez e a forte queda do preço das ações podem fazer com que o banco adiante a divulgação de sua atualização no plano estratégico.

Os spreads do CDS do Credit Suisse, enquanto isso, aumentavam de modo significativo nos últimos dias. O JPMorgan nota que isso ocorre em contexto de avanço geral desses spreads no setor, em quadro de juros em alta e incerteza sobre o cenário macroeconômico.

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*Com informações da Dow Jones Newswires