CPI da Petrobras, recompra de ações da BRF e mais 10 empresas no radar

Lazard Asset aumenta participação na Cemig, Arsesp mantém suspensão de repasse de encargos em faturas da Sabesp e Randon tem queda na receita líquida de abril

Paula Barra

Visão aérea da plataforma P-52 da Petrobras na Bacia de Campos. 28 de novembro de 2007. REUTERS/Bruno Domingos

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SÃO PAULO – A terça-feira (20) inicia agitada em meio a uma série de notícias corporativas. O ex-presidente da Petrobras (PETR3; PETR4), Sérgio Gabrielli, e o ex-diretor Internacional da empresa, Nestor Cerveró, devem prestar esta semana depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Petrobras no Senado – sendo Gabrielli hoje e Cerveró na quinta-feira. O depoimento da atual presidente da estatal, Maria das Graças Foster, ficou agendado para a semana seguinte, dia 27 de maio.

Quatro temas serão apurados pela CPI da Petrobras: o primeiro eixo de investigação diz respeito à compra da refinaria de Pasadena, no Texas, que teria causado à estatal perdas superiores a US$ 1 bilhão; o segundo tema será sobre a denúncia de que a companhia holandesa SMB Offshore pagou propina a funcionários da Petrobras para fechar contratos com a petroleira; o terceiro será uma investigação sobre quem são os responsáveis pelos acidentes em plataformas, como a P-36, e se na plataforma P-62 faltam equipamentos primordiais à segurança dos trabalhadores; o quarto e último eixo de investigação está relacionado a indícios de superfaturamento na construção de refinarias, como nas obras de Abreu e Lima e Refinaria do Nordeste.  

BRF vai recomprar até 1 milhão de ações
A BRF (BRFS3) informou na noite da última segunda-feira (19) que irá realizar um programa de recompra de ações “ousado” onde ela deve adquirir até 1 milhão de ações de própria emissão – o que corresponde a 0,11% do capital social – em apenas um semana, com o programa tendo início em 20 de maio e terminando em 28 de maio. Vale destacar que o volume que essa recompra pode movimentar equivale a aproximadamente metade do total que os papéis movimentam por dia na Bolsa.

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Segundo a companhia, o objetivo do programa é a manutenção das ações em tesouraria para atendimento ao disposto no “Plano de Opção de Compra de Ações”, aprovado na Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária da companhia realizada em 3 de abril. Caberá à diretoria da companhia definir as datas e as quantidades de ações a serem efetivamente adquiridas, observados os limites e prazo de validade autorizados no programa.

De acordo com o comunicado, os recursos para o programa serão advindos das reservas de lucros, conforme balanço patrimonial do exercício social encerrado em 31 de dezembro de 2013, que apresenta o montante de R$ 2,5 bilhões.

OSX estende mais uma vez acordo com OGX
A OSX Brasil (OSXB3) comunicou nesta segunda-feira (19) que estendeu mais uma vez o acordo que tem com a OGpar, antiga OGX Petróleo (OGXP3), em relação ao período de teste no Campo de Tubarão Azul. Segundo comunicado, os testes irão continuar até 17 de julho.

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A OSX ainda ressaltou em comunicado que “a retomada de produção no Campo de Tubarão Azul está, ainda, sujeita a determinadas condições precedentes, dentre as quais o estabelecimento de condições operacionais e financeiros entre todas as partes envolvidas”.

Tanto a OSX quanto a OGPar tem comunicado desde o início de março sucessivas extensões nos prazos de testes em Tubarão Azul, considerado por muitos a maior salvação de ambas as companhias, que estão em processo de recuperação judicial.

Prumo diz que ainda negocia com OSX Construção Naval
A Prumo Logística (PRML3), ex-LLX, informou na noite de segunda-feira que vem mantendo conversas com a OSX Construção Naval e alguns de seus credores no âmbito da revisão de pontos referentes ao contrato de cessão de superfície da área da Unidade de Construção Naval originalmente assinado entre as partes. 

Em fato relevante, a companhia acrescentou não ter acordado nenhuma solução definitiva até o momento, e que não há “nenhuma decisão conclusiva ou acordo no processo de renegociação da área ocupada pela OSX CN no Porto do Açu”.

Nextel pagará pelo menos R$1 bi à Telefônica para usar redes
A Telefônica Brasil (VIVT4) vai receber pelo menos R$ 1,038 bilhão da Nextel durante cinco anos, após contrato sobre aluguel de sua rede 2G e 3G para uso pela rival de menor porte, informou a companhia do grupo espanhol Telefónica, na segunda-feira. 

Segundo a maior operadora de telefonia celular do Brasil, o contrato com a Nextel prevê início da operação em 31 de julho deste ano. “O contrato faz parte das iniciativas da companhia para aumentar a eficiência de uso e desenvolvimento da rede 3G”, afirmou a Telefônica Brasil em comunicado ao mercado.

CSU anuncia diretora de RI
A CSU CardSystem (CARD3) comunicou aos seus acionistas e ao mercado em geral que a partir de hoje, Renata Oliva Battiferro assume o cargo de diretora de relações com investidores. Segundo comunicado, Battiferro é formada em Administração de Empresas pela FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado) e possui Especialização em Finanças pelo INSPER – IBMEC, com experiência profissional nas áreas de Relações com Investidores, Planejamento Corporativo e Crédito. Renata Battiferro passou por empresas como Smiles, Comgás (Companhia de Gás de São Paulo) e Banco Unibanco. A empresa informou ainda que Ricardo Ribeiro Leite permanece como diretor financeiro e diretor estatutário de relações com investidores.

Lazard Asset aumenta participação na Cemig
A Lazard Asset Management aumentou sua fatia nas ações da Cemig (CMIG4) para 43.114.404 papéis, correspondentes a 5,14% do total emitido pela companhia, de acordo com comunicado enviado ao mercado nesta segunda-feira.

Arsesp mantém suspensão de repasse de encargos em faturas da Sabesp
A Sabesp (SBSP3) disse na noite de ontem que a agência reguladora Arsesp manteve a suspensão de eficácia de deliberação publicada no fim de março que autorizava a empresa a repassar, na fatura dos serviços, valores referentes a encargos municipais. 
Em nova deliberação, a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo informou que a medida será tomada “até serem conhecidos os resultados obtidos na revisão do contrato celebrado entre a Prefeitura do Município de São Paulo, o Governo do Estado de São Paulo e a Sabesp”. 

Com isso, será postergada a autorização para a Sabesp repassar valores relativos a tributos municipais, legalmente estabelecidos, “que, por força dos contratos de programa e contratos de prestação de serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, devam ser considerados na revisão tarifária”.

Celulose Irani vai investir R$ 600 mi em SC
A Celulose Irani (RANI4) informou na véspera a assinatura de contrato com o governo de Santa Catarina para ampliar a produção da unidade industrial em Vargem Bonita, com investimento de cerca de R$ 600 milhões, em até cinco anos. O montante será aplicado na ampliação produtiva da unidade de papel de embalagens em cerca de 135 mil toneladas ao ano, além da fábrica de papel ondulado, em aproximadamente  24 mil toneladas anuais.  

Receita líquida da Randon cai 5,4% em abril
A Randon (RAPT4) informou nesta manhã que sua receita líquida consolidada caiu 5,4% em abril deste ano contra o mesmo mês do ano passado, atingindo R$ 332,4 milhões. A receita bruta (sem eliminação e com impostos) atingiu R$ 486,6 milhões no mês, ou 13,6% menos do que em 2013. Nos quatro primeiros meses de 2014, a receita líquida consolidada totalizou R$ 1,3 bilhão ou 2,1% menos que no acumulado no mesmo período de 2013.

Qualicorp: Morgan eleva participação, enquanto L2 reduz
A Qualicorp (QUAL3) informou que o Morgan Stanley elevou sua participação na empresa para 5,25% do total de ações ordinárias de emissão da companhia, equivalente a 14.052.965 papéis. Enquanto isso, a L2 Participações Fundo de Investimento alienou parte de sua participação na empresa, passando a deter 55.563.286 papéis da Qualicorp, ou 20,75% do total de ações ordinárias da companhia.  

Grupo chileno eleva para 74,05% participação na Coelce
A Coelce (COCE5), Companhia Energética do Ceará, informou na véspera que sua nova dona, desde fevereiro deste ano, a chilena Enersis, braço de investimento latino-americano da empresa espanhola Endesa, elevou sua participação na empresa para 74,05%, passado o período adicional de 90 dias, contados do encerramento do leilão de oferta pública voluntária para aquisição de ações, no qual a ofertante estava obrigada a adquirir ações ordinárias remanescentes em circulação de emissão da companhia.

A Enersis informou que, somando as ações por ela adquiridas através da OPA (Oferta Pública de Aquisição) Voluntária e durante o período adicional, adquiriu um total de 3.002.812 ações ordinárias, 8.818.006 ações preferenciais classe “A” e 424 ações preferenciais classe “B”, com um investimento total no montante de R$ 579 milhões. 

(Com Reuters)