Cosan salta 11,5% após desistir de incorporação; Cemig avança 5% com Zema voltando a falar de privatização

Confira os destaques da B3 na sessão desta segunda-feira (5)

Lara Rizério

(Divulgação/Cemig)

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SÃO PAULO – O Ibovespa renovou pelo segundo dia sua máxima histórica nesta segunda-feira (5) pós-feriado, se aproximando da marca dos 90 mil pontos.

Entre os destaques de alta, Petrobras avançou de olho nas novas nomeações de Bolsonaro e na expectativa pelo resultado amanhã de manhã, enquanto Cosan saltou com a desistência de incorporar a RLog, que cai forte. Já a Embraer subiu com Bolsonaro reforçando o apoio ao acordo Embraer-Boeing. 

Cosan (CSAN3) e Cosan Logística (RLOG3)

A Cosan cancelou na última quinta-feira (1) a operação de incorporação da Cosan Logística após “preocupações demonstradas” por acionistas e investidores. A operação visava simplificar e otimizar a estrutura societária do grupo, assim como reduzir custos, e foi anunciada em 24 de outubro.

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Vale destacar que as ações da Cosan caíram 10% desde o anúncio inicial, devido a preocupações com relação à taxa de troca de ações, que seria usada para a transação. “Estimamos que a queda do preço da ação foi precificada no pior cenário possível em termos de estrutura de transação (usando uma relação de troca de ações pelo valor justo)”, avalia o Bradesco BBI, o que justifica a alta das ações da Cosan e queda dos papéis da Cosan Logística. 

Embraer (EMBR3)

Em entrevista a jornalistas, o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) disse que dará aval à continuidade do acordo para a compra da divisão comercial da Embraer pela Boeing. “Fusão da Embraer com a Boeing continua. Sem problema nenhum”, afirmou.

Nesse cenário, a Embraer e a Boeing poderiam solicitar a aprovação do governo federal em novembro de 2018, o que permitiria à companhia convocar uma assembléia geral extraordinária para votar em dezembro deste ano o acordo. “Em nossa opinião, esse acordo tem valor estratégico para a Embraer e provavelmente será aprovado”, destaca o Bradesco BBI, que segue com recomendação outperform para os ativos. 

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Cemig (CMIG4)

As ações da Cemig sobem forte, chegando a ter ganhos de 3%, após o  governador eleito pelo estado de Minas Gerais Romeu Zema afirmar nesta segunda, em entrevista à Rádio CBN,  que fará de tudo para que a estatal mineira de energia seja privatizada e se torne mais competitiva, mas que isso ainda depende de algumas restrições legais. 

A Cemig concluiu parte de um plano de desinvestimentos da companhia, que envolve as operações de alienação de ativos de telecomunicações. De acordo com a elétrica, o valor total arrecadado é de R$ 654,5 milhões: R$ 575,9 milhões serão recebidos da American Tower e R$ 78,5 milhões serão pagos pela Algar Soluções.

Suzano (SUZB3); Fibria (FIBR3)

O Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) aprovou a operação de combinação de ativos e bases acionárias de Suzano e da Fibria, sem restrições. Com isso, a consumação da fusão passa a depender do aval da Comissão Europeia e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

Gol (GOLL4)

Os analistas do BB Investimentos rebaixaram os papéis de Gol de “outperform” para “market perform”, performance na média do mercado. Eles estimam ainda, um preço-alvo de R$ 17,50, o que implica um potencial de baixa de 9,1% em relação ao fechamento do último pregão.

Na última quinta-feira, a Gol anunciou os resultados do terceiro trimestre, que vieram em linha com as estimativas do mercado.

Petrobras (PETR3; PETR4)

Em um dia de leve queda para o petróleo, a ação da Petrobras tem um dia de leves ganhos de olho na política. Já no radar da companhia, a Petrobras deve lançar até janeiro um edital de arrendamento das fábricas de fertilizantes nitrogenados localizadas na Bahia e em Sergipe, podendo evitar o fechamento definitivo das unidades, informou o Valor Econômico.

De acordo com o jornal, o prazo foi acertado com os governos estaduais e federações de indústrias, que tentam evitar o desligamento das fábricas – agora previsto para 31 de janeiro.

Porto Seguro (PSSA3)

A Porto Seguro registrou um lucro líquido atribuído a acionistasde R$ 316,35 milhões no terceiro trimestre, com recuo de 17,44% ante o mesmo período do ano passado, enquanto que o lucro líquido total, que inclui o atribuído a não acionistas controladores em controladas, foi de R$ 315,869 milhões, ante R$ 382,431 milhões entre julho e setembro de 2017.

Já as receitas tiveram alta de 4,53% no terceiro trimestre ante o mesmo período de 2017, para R$ 4,532 bilhões. Os prêmios de seguros emitidos e contraprestações líquidas (prêmios auferidos) foram de R$ 3,824 bilhões no terceiro trimestre, com alta de 3,13% na comparação anual. O ROAE (retorno sobre patrimônio líquido médio) foi de  18,9% no terceiro trimestre e manteve-se em 18% nos nove meses terminados em setembro.

Duratex (DTEX3)

A Duratex anuncia lucro líquido recorrente de R$ 61,566 milhões no terceiro trimestre, o que representa um crescimento de 17,8% sobre o mesmo período do ano passado. Considerando efeitos não recorrentes, o resultado é de R$ 376,348 milhões, um aumento de 352,6% sobre o mesmo período do ano passado.

O evento extraordinário do trimestre em questão é o resultado apurado da segunda tranche da venda de terras da controlada Duratex Florestal para a Suzano Papel e Celulose, de R$ 277,053 milhões, venda de florestas também para a Suzano, de R$ 47,055 milhões, além de despesas não recorrentes na operação de troca de ativos com a Eucatex (R$ 726 mil); e a provisão para perda na recuperação de ativos (R$ 8,600 milhões), como explica a companhia em informe de resultados.

Por sua vez, o Ebitda ajustado e recorrente soma R$ 209,566 milhões, alta de 2,3% no mesmo comparativo, com margem de 16,4%, menor que a de 20,1% no terceiro trimestre de 2017. Esse resultado desconsidera o resultado apurado na venda de terras e florestas para Suzano Papel e Celulose.

A receita líquida consolidada da companhia ficou 48,4% maior, para R$ 1,512 bilhão. Já o resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 27,482 milhões, 8,1% menor que a despesa do terceiro trimestre de 2017.

Segundo o BTG Pactual, o resultado foi mais fraco que o esperado, com performance ainda aquém do potencial, principalmente na unidade de madeira (volumes altos, mas portfólio pior). A Deca e a divisão de revestimentos cerâmicos, por sua vez, apresentando resultados e margem melhorando (nada major).

Há ainda um ponto positivo para a queda de endividamento, com dívida líquida em R$ 1,95 bilhão (queda de 10% na base trimestral) e relação entre dívida e Ebitda em 2,3 vezes, impulsionada pela venda de terra/florestas para a Suzano. 

BRF (BRFS3)

A BRF planeja melhorar a sua estratégia de grãos, que correspondem a 30% dos custos dos produtos vendidas em duas frentes principais. São elas:  armazenagem e hedge, reduzindo a volatilidade da margem.

De acordo com o Bradesco BBI, essa estratégia poderia adicionar R$ 5 ao preço-alvo para os papéis, baseado numa combinação de preço cerca de 15% menor para compra de grãos para 2 meses adicionais, levando a uma melhora de 70 pontos-base na margem bruta e redução da volatilidade da margem. O atual preço-alvo para os ativos é de R$ 35, enquanto a recomendação é outperform (desempenho acima da média do mercado).

“Continuamos vendo a execução do plano de virada no quarto trimestre de 2018/primeiro trimestre de 2019 como principal driver para o papel e estimamos que o mercado está precificando um cenário extremo de cerca de 15% de aumento de preço de grãos em 2019, que é 10 pontos percentuais acima do nosso cenário base”, avaliam.

Gerdau (GGBR4)

A Gerdau concluiu a venda de quatro usinas produtoras de vergalhões – Jacksonville (FL), Knoxville (TN), Rancho Cucamonga (CA) e Sayreville (NJ) – e todas as unidades de corte e dobra de aço nos Estados Unidos, para a Commercial Metals Company (CMC). O preço foi o mesmo do anúncio em janeiro, de US$ 600 milhões, mais US$ 100 milhões de ajustes estimados no capital de giro.

Em nota, a companhia explica que o caixa recebido será usado para redução de endividamento.

“A conclusão dessa venda representa um importante marco na nossa estratégia de redução de endividamento financeiro e de foco em melhores oportunidades de retorno. Nós aceleraremos o crescimento em segmentos atrativos da América do Norte, um dos nossos principais mercados e continuaremos a servir e criar valor para os clientes dos mercados da construção, equipamento industrial, transporte e energia”, afirmou o diretor-presidente da Gerdau Gustavo Werneck, por meio de comunicado ao mercado.

Lojas Renner (LREN3)

Segundo a Bloomberg, as ações de Renner foram retomadas a “compra” pelos analistas do William O’Neil & Co. Incorporated. No dia 25 de outubro, a varejista divulgou os resultados do terceiro trimestre, que foi bastante elogiado por analistas. 

Santander Brasil (SANB11)

O banco Santander Brasil aprovou um novo programa de recompra de ações. No total, serão adquiridas 37.753.760 units, representativas de uma ação ordinária e uma preferencial. O prazo para a aquisição vai de 6 de novembro desde ano até 5 de novembro de 2019.

De acordo com o banco, o objetivo é “maximizar a geração de valor para os acionistas” e “viabilizar o pagamento de administradores, empregados de nível gerencial e outros funcionários, nos termos dos planos de incentivo de longo prazo”.

Marfrig (MRFG3)

A Marfrig Global Foods informa que obteve aprovação do órgão regulador da China para a venda de participação acionária da Keystone à Tyson Foods, exceto a unidade de hambúrgueres de North Baltimore, Ohio.

Segundo a empresa, a aprovação do órgão regulador da Coreia do Sul, necessária para a conclusão da transação, segue em andamento.

Vale (VALE3)

Segundo o Valor Econômico, o Ministério da Fazenda deu parecer contrário à renovações antecipadas dos contratos de concessão das ferrovias de Carajas (EFC) e Vitória-Minas (EFVM) da Vale.

O argumento é que os investimentos adicionais previstos não justificariam essa medida, e o melhor seria relicitar as ferrovias nos vencimentos (2026-27). Apesar do Ministério da Fazenda não ter poder de veto, tem peso político sobre a eventual decisão de renovação antecipada.

(Com Agência Estado)

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.