Corte de dividendos da Vale, recomendações e mais 6 notícias no radar

Confira os principais destaques corporativos do mercado brasileiro desta sexta-feira; a matéria será atualizada até a abertura da Bovespa às 10h (horário de Brasília)

Paula Barra

Setor extrativo foi destaque de baixa em janeiro, mas projeções para o ano são boas

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo aparece morno nesta sexta-feira (16). Nos destaques, o conselho de administração da Vale (VALE3; VALE5) aprovou a segunda parcela de dividendos aos acionistas no valor de US$ 500 milhões. A diretoria da companhia havia anunciado o valor, que representa metade da proposta inicial, no dia 28 de setembro. Assim, a mineradora distribuirá no total US$ 1,5 bilhão em dividendos em 2015. 

O valor, segundo comunicado da companhia, equivale a R$ 1.925.350.000,00, o que corresponde a R$ 0,373609533 por ação ordinária ou preferencial. O pagamento será efetuado a partir do dia 30 de outubro de 2015. 

No mês passado, ao anunciar o novo valor, a companhia disse que esta redução no valor proposto reflete “um cenário mais incerto para os preços das commodities minerais e o foco da Companhia na preservação de seu balanço”.

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Cyrela
A Cyrela Brazil Realty (CYRE3) manteve sua estratégia para reduzir estoques no terceiro trimestre, e seus lançamentos caíram 22% na comparação anual, enquanto as vendas subiram 1,7% no período. Das vendas líquidas de R$ 1,009 bilhão no trimestre, 72% foram de estoques e 28% de lançamentos. No ano, as vendas caíram 33%, a R$ 2,55 bilhões. 

Os lançamentos alcançaram R$ 2,14 bilhões no ano até setembro, uma queda de 40,4% na comparação com o mesmo período de 2014. Durante o trimestre, a companhia lançou apenas seis projetos (sendo três em São Paulo, dois no Rio de Janeiro e um no Sul).

Segundo o BTG Pactual, o resultado do terceiro trimestre foi “decente”, principalmente quando ajustado para o cenário desafiador de construção no Brasil, mas não parece ser um trigger para a ação, cuja recomendação segue neutra.

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Recomendações

– Pão de Açúcar
O Pão de Açúcar (PCAR4) teve sua recomendação cortada pelo Bank of America Merrill Lynch para underperform (desempenho abaixo da média).  

– Transmissão Paulista
A Transmissão Paulista (TRPL4) foi rebaixada de overweight (desempenho acima da média) para neutra pelo JPMorgan.

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BR Malls 
Controlada pela Gazit-Globe, do empresário israelense Chaim Katzman, a Gazit Brasil já adquiriu 5,1% do capital da BR Malls (BRML3) na Bovespa, conforme comunicado divulgado pela empresa na véspera. 

Embora o comunicado aponte que a compra não tem objetivo de mudanças no controle acionário ou estrutura administrativa na companhia, o blog Mercados, da Veja, desta sexta-feira aponta para possíveis mudanças à vista na empresa, citando a alta remuneração da diretoria da empresa, muito superior à de empresas concorrentes, como Multiplan (MULT3) e Iguatemi (IGTA4). No Brasil, o portfólio da Gazit passa por participações minoritárias em shoppings “open malls”, um shopping em construção (o Morumbi Town, que concorrerá diretamente com o Jardim Sul, um shopping da BR Malls) e 40% do imóvel que abriga o Extra Itaim, em São Paulo, aponta o blog.

AES Tietê
A AES Tietê (GETI4) pediu à Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) análise prévia para emissão de R$ 600 milhões em debêntures, em até 3 séries, com valor nominal unitário de R$ 1 mil. 

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Eneva
A Eneva (ENEV3) informou que foram subscritas R$ 2,3 bilhões em ações, no âmbito do aumento de capital, equivalente a 62,93% do total do aumento aprovado, restando 9,02 bilhões de ações ordinárias não subscritas. 

Prumo
A Prumo Logística (PRML3) informou que decidiu não prosseguir com a celebração de contratos definitivos previstos em memorando de entendimentos com a Bolognesi Energia para o desenvolvimento de projetos de gás natural no Porto do Açu, incluindo uma termelétrica. A companhia havia divulgado em abril que assinara memorando de entendimentos com a Bolognesi para avaliar oportunidades de investimento em projetos de gás natural, desenvolvidos em um “hub” de gás no porto, que serviria para importação de GNL e como apoio à produção doméstica nas Bacias de Santos e Campos. 

O memorando previa a construção de uma termelétrica a gás e a instalação de uma unidade regaseificadora flutuante de GNL. Além disso, estava previsto que a Bolognesi alugaria área de até 400 mil metros quadrados no Porto do Açu por 25 anos com opção de renovação por mais 25 anos.

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Souza Cruz
Ocorreu na quinta-feira o leilão de OPA (Oferta Pública de Aquisição) das ações da Souza Cruz (CRUZ3) na Bolsa. Com a operação movimentando R$ 9,33 bilhões, o volume financeiro da Bovespa nesta sessão ficou bem acima da média, atingindo os R$ 15,75 bilhões, ou seja, cerca de 60% do volume da sessão ficou por conta do leilão da Souza Cruz. 

Das 377.954.783 de ações da oferta, foram adquiridas 342.956.819 pela British American Tobacco (BAT) – ou seja, 90,7% do total ofertado -, ao preço de R$ 27,20 cada. Agora, a companhia prosseguirá com o fechamento de capital. 

(Com Reuters) 

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