Correlação de Bitcoin e altcoins com mercado financeiro tradicional vai aumentar, diz Goldman

Analistas do banco afirmaram que ativos digitais não estarão imunes a forças macroeconômicas, como o aperto monetário

CoinDesk

(Getty Images)

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O recuo recente do mercado de criptomoedas mostra que a adoção em massa dos criptoativos pode ser uma “faca de dois gumes”, afirmou o Goldman Sachs em relatório publicado na quinta-feira (27).

O valor de mercado total do universo cripto caiu cerca de 40% desde novembro. Segundo o banco, trata-se de uma queda sem paralelo, impulsionada principalmente por fatores macroeconômicos, ou seja, acontecimentos de fora dos mercados digitais.

Sob liderança de Zach Pandl, analistas do banco disseram que a adoção em massa pode aumentar o valor de mercado das criptomoedas, mas pode também fortalecer a correlação com outras variáveis do mercado financeiro, reduzindo os benefícios de diversificação ao comprar ativos digitais.

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Segundo o relatório, a queda do Bitcoin estava bastante atrelada à “queda de ações de baixa rentabilidade de empresas de tecnologia e IPOs recentes”, reagindo negativamente ao anúncio do Federal Reserve (Fed) sobre o aumento nas taxas de juros.

Analistas do Goldman afirmaram que o Bitcoin está no centro de movimentações que atingiram várias classes de ativos. Apontaram ainda que existe uma correlação positiva com ativos de tecnologia de ponta e que sofrem com a inflação, e uma correlação negativa com o dólar e taxas de juros reais dos EUA.

Para o Goldman Sachs, o tombo nos preços de ativos digitais resultou em liquidações e num declínio de empréstimos em plataformas de finanças descentralizadas (DeFi) — que usam criptomoedas como garantia —, em movimento similar ao que costuma acontecer nas finanças tradicionais.

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Segundo o relatório, o desenvolvimento de novas tecnologias de blockchain, como aplicativos de metaverso, pode acarretar num “impulso a longo prazo” para alguns ativos digitais, mas eles não estarão “imunes a fatores macroeconômicos”, como o aperto monetário por parte de bancos centrais.

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