Copersucar reduz estimativa para produção na safra 2012/2013

Porém, maior comercializadora brasileira de açúcar e etanol, aumentou a previsão para a fabricação do biocombustível

Mariana Mandrote

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SÃO PAULO – A Copersucar, maior comercializadora brasileira de açúcar e etanol, reduziu a sua previsão de produção do adoçante no centro-sul do Brasil, na safra 2012/13, e elevou a estimativa para a fabricação do biocombustível.

Isso por conta do tempo chuvoso, que acaba favorecendo a produção de etanol, disse a jornalistas o diretor-presidente da Copersucar, Paulo Roberto de Souza, nesta quarta-feira (18).

A previsão de produção de açúcar no centro-sul do Brasil, que responde por cerca de 90% da moagem de cana do país, foi estimada pela Copersucar em 30,5 milhões de toneladas, ante 32 milhões inicialmente.

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Já a produção de etanol da região foi estimada em 21,5 bilhões de litros, ante 20 bilhões de litros anteriormente.

Segundo ele, por mais que as 48 usinas associadas da companhia estejam priorizando a produção de açúcar –produto que remunera mais que o etanol– o atípico tempo chuvoso para o inverno faz com que a cana chegue às usinas mais apropriada a produção do biocombustível.

“A decisão econômica é maximizar açúcar. Só que em função do clima, quanto mais paradas a gente tem, mais favorece o etanol… Porque vai perdendo os dias de moagem no ano”, disse Souza.

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Segundo ele, mais de 40% das usinas associadas estão paradas por conta do tempo chuvoso nesta quarta-feira, com reflexos no mercado global.

De acordo com especialistas, a cana fica com mais água no início e final da safra, justamente os períodos mais chuvosos, o que favorece a produção de etanol.

Como nesta safra a moagem está atrasada, tal atraso será recuperado em novembro e dezembro, meses que tradicionalmente registram mais precipitações, segundo o executivo da Copersucar. “A safra já foi alongada”, destacou ele.

A Copersucar estima a moagem de cana em 505 milhões de toneladas, ante 493 milhões de toneladas na safra passada.

“Nós mantemos a previsão de 505 milhões de toneladas de cana moída, mas o clima é determinante, vamos ver se conseguimos moer tudo isso, pode ficar cana em pé”, afirmou ele, referindo-se à cana que pode deixar para ser colhida na próxima temporada.