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SÃO PAULO – A Copa não surtiu efeitos na inflação do País, que está em queda no momento, afirma o economista André Braz, do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia) da Fundação Getulio Vargas. “Se ocorreu algum [efeito], foi pífio”, diz.
Segundo Braz, nem os aparelhos de televisão sofreram com algum tipo de aumento nos preços. “Então, eu acho que o efeito da Copa não foi significativo a ponto de ter repercussão na inflação no País”.
De acordo com a Agência Brasil, mesmo sem ter como mensurar o nível de vendas pelo comércio com a Copa do Mundo, o economista defende que o montante de negócios realizados está relacionado com os acessórios típicos do período, como a camisa da seleção, bebida alcoólica, refrigerantes e pipoca.
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“Essas coisas mais comuns [da época da Copa] devem ter sofrido um aquecimento”. No entanto, nem essa situação alterou o preço desses produtos.“Mesmo que a camisa tenha ficado mais cara, ela não é representativa perto das despesas que você tem com vestuário. Esse efeito não foi percebido aqui, no caso dos preços. Não houve alteração significativa nos preços”.
Comércio
Ainda de acordo com informações da Agência Brasil, Braz estima que mesmo com a mudança nos horários das lojas em virtude dos jogos da seleção, não houve prejuízos aos comerciantes, já que os consumidores podem realizar as compras antes ou após as partidas.
“Ainda que o comércio estivesse aberto, não haveria clientes para entrar na loja, porque todo mundo vai ver o jogo. Então, quem tem interesse de comprar, ou compra antes ou depois do jogo. Eu não acredito que isso represente um prejuízo significativo para o comércio”, afirmou.