Consumidor de baixa renda gastou mais com produtos e serviços em setembro

No mês passado, o IPC-C1 registrou alta de 0,16%; variação, contudo, é menor que a apurada na inflação geral, de 0,30%

Gladys Ferraz Magalhães

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SÃO PAULO – Em setembro, a inflação medida pelo IPC-C1 (Índice de Preços ao Consumidor – Classe 1) aumentou de 0,06% em agosto para 0,16% no nono mês deste ano. O resultado, de acordo com dados divulgados pela FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quinta-feira (10), deve-se aos grupos Habitação, Vestuário, Alimentação e Saúde e Cuidados Pessoais.

O percentual apurado no IPC-C1 no mês passado está, contudo, abaixo da inflação geral medida pelo IPC-BR, que ficou em 0,30% em setembro. Nos últimos doze meses, o índice acumula variação de 4,82%, enquanto que o IPC-BR registra taxa de 5,29%. Já no acumulado do ano, as variações são de 2,96% e 3,63%, respectivamente.

O IPC-C1 é calculado com base nas despesas de consumo das famílias com renda entre um e 2,5 salários mínimos mensais.

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Grupos
Segundo a FGV, entre outubro de 2012 e setembro de 2013, a taxa do grupo Alimentação ficou em 8,59%. O resultado é menor do que o apurado nos últimos 12 meses até agosto, quando a variação foi de 10,49%. Na apuração mensal, por outro lado, a taxa do grupo passou de -0,22%, registrada no oitavo mês de 2013, para -0,16%, no mês passado, contribuindo para a alta apurada no resultado do IPC-C1 no período.

Outros grupos que impactaram o resultado do índice foram: Habitação (0,23% para 0,53%) refletindo a variação dos equipamentos eletrônicos (-0,91% para 0,36%); Vestuário (0,42% para 0,90%), com impacto das roupas (0,36% para 0,88%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,19% para 0,33%), que sentiu a aceleração nos preços dos salões de beleza (0,13% para 0,69%).

No caso dos Alimentos, a principal influência para o resultado do mês partiu de aves e ovos, de -1,15% para 1,46%.

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Outros grupos
Com movimento contrário no mês ficaram os grupos Educação, Leitura e Recreação (0,67% para 0,14%), Transportes (-0,17% para -0,27%), Despesas Diversas (0,14% para 0,05%) e Comunicação (0,11% para 0,07%).

Nestes casos, as influências partiram, nesta ordem, dos itens: hotel (de 3,25% para 1,30%), tarifa de ônibus urbano (-0,22% para -0,48%), serviço religioso e funerário (de 0,40% para 0,20%) e tarifa de telefone móvel (0,39% para -0,23%).