Considerando perdas gerenciáveis, Barclays eleva recomendação para Cetip

Contudo, banco optou por reduzir o preço-alvo para as ações CTIP3, considerando um espaço limitado para altas no curto prazo

Nara Faria

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SÃO PAULO – Apesar de assumir uma visão cautelosa em relação à Cetip (CTIP3), considerando um aumento da receita de apenas 4% nos próximos dois anos, a equipe de análise do Barclays afirma em relatório que as perdas no curto prazo podem ser gerenciáveis.

Segundo os analistas Henrique Caldeira e Roberto Savari, a avaliação considera a ampla diversificação de receitas e limitadas sobreposição por conta da competição. “Esperamos que as margens Ebitda (Ebitda/receita líquida) permaneçam confortavelmente boas em 69% e o cálculo do lucro por ação ajustada em 15% até 2015, ajudado por menores despesas com juros”, afirmam os analistas.

Espaço limitado para queda
Os analistas explicam ainda que depois da significante queda de 35% das ações desde o mês de março, uma visão negativa sobre a companhia estaria baseada em uma ideia de que a BM&F Bovespa será muita agressiva nos preços, expandindo a competição em uma ampla gama de produtos e, rapidamente, atraindo novos negócios para bancos.

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Além disso, depois desse deslocamento, os analistas do Barclays dizem não ter a expectativa de aumento do apetite por risco por causa do nível de volatilidade no curto prazo.

Contudo, caso isso aconteça, eles estimam uma queda de apenas 11% no preço, para R$ 19,50, no qual inclui o fraco cenário para GRV Solutions. “Tal cenário pessimista não parece provável no futuro imediato”, ponderam os analistas.