Congresso deve dar aval para privatização da Eletrobras no 1º semestre de 2021, diz CEO

Wilson Ferreira Jr participou de live do InfoMoney e falou que aumento de capital da companhia é prioridade do governo, especialmente após gastos com Covid

Anderson Figo

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SÃO PAULO — A aprovação pelo Congresso da privatização da Eletrobras (ELET6) deve sair no primeiro semestre de 2021, na expectativa de Wilson Ferreira Junior, CEO da companhia. Em live do InfoMoney nesta sexta-feira (14), ele citou que o aumento de capital da empresa segue sendo uma prioridade do governo.

“Existe um projeto de lei levado à Câmara para viabilizar a privatização. O governo não acompanhará o aumento de capital, portanto sua participação diminui para menos de 50% e, com isso, criamos uma corporação”, disse. “Com o início da pandemia, essa discussão obviamente foi parada. O Congresso corretamente se voltou às medidas de enfrentamento à Covid, mas a privatização continua sendo uma prioridade do governo.”

Segundo o executivo, “agora que estão conclusos os debates relacionados ao enfrentamento da pandemia, o Congresso Nacional vai se debater com as alternativas para fazer frente aos impactos no déficit público dos gastos que foram feitos nesse período. Uma dessas opções são as privatizações”.

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No caso da Eletrobras, explicou Ferreira Junior, com o aumento de capital da empresa o governo receberia de forma “quase imediata” o valor das outorgas de concessões. “Nós temos que aguardar essa discussão no Congresso Nacional. Eu imagino que ela ande esse ano inteiro e aí no ano que vem, eu imagino que no primeiro semestre, a gente tem a autorização para fazer o aumento de capital, uma operação que em 90 dias a gente conclui”, afirmou.

A live faz parte da série Por dentro dos resultados, em que CEOs e CFOs de empresas abertas comentam os resultados do ano e respondem dúvidas de quem estiver assistindo. Nos próximos dias, haverá lives com B3, JHSF, Marfrig, Marisa e outras companhias (veja a agenda completa e como participar).

“Uma parte do nosso faturamento são as cotas de energia, ou seja, a energia que foi gerada nas usinas renovadas em 2012 pela MP 579. Essas cotas somam um valor muito baixo. A companhia tem diminuído muito seus custos ao longo dos anos, mas mesmo assim ela não é capaz de operar essas cotas de forma rentável, porque o valor é muito baixo”, disse o CEO.

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“Isso não é um problema só da Eletrobras, também para o consumidor. O risco hidrológico das usinas é repassado aos consumidores mensalmente pelas bandeiras tarifárias. Por isso, há uma mobilização por parte do governo para a descotização, para outorgar novos contratos de concessão de forma independente no mercado livre, mas só pode fazer isso a empresas privadas”, completou.

O executivo comentou ainda sobre os investimentos, a expectativa de remuneração aos acionistas através de dividendos e projetos como a ampliação de Angra. Assista à live completa acima.

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.