Comprado em Braskem e financiado por “caixa turbinado” de Fibria: o par estratégico do gestor da Solana

O fundador e gestor da Solana Capital, Claudio Delbrueck, foi o entrevistado desta semana no programa Papo com Gestor

Mariana Zonta d'Ávila

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SÃO PAULO – Para driblar a volatilidade e manter resiliente a performance dos investimentos neste cenário de incertezas políticas, investidores têm buscado estratégias que permitam boa rentabilidade e fujam do risco eleitoral. Claudio Delbrueck, fundador e gestor da Solana Capital, por exemplo, utiliza a estratégia long&short para balancear seu portfólio, escolhendo 50 pares de estratégias e se mantendo descorrelacionado da bolsa.

Fundada em 2013, a asset possui R$ 500 milhões em ativos sob gestão e administra o fundo Solana Long & Short FIC FIM, lançado em outubro de 2013 e, que apesar de ter enfrentado uma eleição, um impeachment, um bull market e uma nova crise, sempre apresentou uma performance resiliente, encerrando todos os anos com ganhos entre 113 e 122% do CDI.

Durante entrevista ao programa Papo com Gestor, Delbrueck explicou que mantém no fundo o par Braskem (BRKM5) (long) e Fibria (FIBR3) (short), em que enquanto a primeira pode ter um potencial de valorização devido às notícias de possível venda, FIBR é uma ótima opção para ficar “short”, já que está “travada” no CDI.

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“A Fibria é um caixa turbinado”, explica o gestor. “Ela não é uma empresa ruim e não vemos no horizonte más notícias para a companhia”, completa. Com o acordo de fusão entre a Fibria e a Suzano (SUZB3), anunciado em 15 de março, os acionistas de Fibria receberão R$ 52,50 por cada papel, corrigidos pelo CDI – por isso, os “ganhos turbinados”. Além disso, ficarão com participação na rival, na relação de troca de 0,4611 ação da Suzano por cada 1 da Fibria. 

A Solana tinha um viés positivo para Braskem e precisava encontrar uma ponta vendida para ela, que fizesse sentido e que não resultasse em um risco eleitoral. “Se nós vendêssemos uma ação doméstica, naturalmente correríamos esse risco em função de uma potencial apreciação ou depreciação do real, o que iria influir sobre as ações, já que a Braskem é uma empresa em que boa parte de suas receitas são dolarizadas”, diz Delbrueck. 

Além do “caixa turbinado”, a permanência em Braskem deve-se ao acordo de acionistas da Braskem entre a Petrobras e a Odebrecht, que podem indicar um aumento do valuation para os papéis da companhia. Na semana do anúncio, os papéis da empresa subiram cerca de 20%. Essa venda pode significar, na opinião do gestor, uma melhora na governança caso seja vendida para a iniciativa privada: “Se ela for vendida para um terceiro, que não seja uma estatal brasileira e não seja uma empresa envolvida em escândalos políticos (como a Lava Jato), naturalmente deve negociar a um múltiplo mais elevado”, afirma. Confira a entrevista completa no vídeo acima. 

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