Como comprar ações da Via Varejo (VVAR3); passo a passo para investir

Dona de Casas Bahia e Ponto Frio, a empresa passou por instabilidades nos últimos anos.

Equipe InfoMoney

(Foto: Reprodução)

Comprar ações da Via Varejo (VVAR3) foi uma operação arriscada nos últimos anos. Dona de duas conhecidas marcas do varejo brasileiro – Casas Bahia e Ponto Frio, além da marca de móveis Bartira – a empresa viveu períodos de instabilidade. A mudança de controle e também da gestão da companhia, em junho de 2019, traz uma nova perspectiva a partir de agora.

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A Via Varejo foi criada, de fato, em 2009. Nasceu da fusão dos negócios da família Klein, fundadora das Casas Bahia, e do Grupo Pão de Açúcar (GPA), que havia comprado o Ponto Frio. Desde que o grupo francês Casino assumiu o controle do GPA, em 2012, os Klein manifestavam o interesse em retomar o negócio.

Em meio à crise econômica do país, a Via Varejo também teve de lidar com seus próprios problemas nos últimos anos. A empresa amargou prejuízo em 2015, 2016 e 2018 – e com isso, seu valor de mercado variou conforme o gráfico abaixo:

O que você deve saber antes de comprar 

Após alguns anos de turbulência, a Via Varejo está passando por mudanças importantes no controle e na gestão. Vale a pena os investidores conhecerem os três pontos abaixo, capazes de influenciar fortemente o desempenho das ações da empresa na bolsa de valores:

Venda da Via Varejo

Até meados de 2019, o GPA foi o controlador da Via Varejo, com uma participação de 36% no capital. Mas como tinha interesse em se concentrar no varejo alimentar, o grupo havia colocado sua fatia na empresa à venda já no final de 2016. Foram mais de dois anos até que houvesse interessados com cacife para bancar a operação, concretizada em junho.

O que aconteceu é que o controle da Via Varejo voltou para as mãos da família Klein, quase 10 anos após a fusão da rede com o Ponto Frio. Liderada por Michael Klein, filho do patriarca Samuel Klein, os Klein se tornaram o maior acionista da empresa, com uma participação de 27,5% (era de 25,4% anteriormente).

Com a mudança de controle, cabe observar os próximos passos da Via Varejo. A empresa teve prejuízo de R$ 267 milhões em 2018. Agora, um dos maiores interesses de investidores e analistas é quem vai liderar cada área da companhia – e adotando que tipo de estratégia.Em 2018, a Via Varejo reduziu sua base de colaboradores em 3%, com uma concentração em áreas como jurídico, análise e engenharia.

E-commerce

O crescimento do comércio online é um fator importante para a Via Varejo porque uma parte da receita da empresa vem das operações digitais. Mas esse segmento já foi o calcanhar de aquiles da empresa. Por anos, as vendas pela internet e as das lojas físicas eram organizadas de maneira totalmente separada – o que alguns analistas apontam como um erro.

As vendas online eram concentradas em uma empresa separada, que chegou a ser chamada de Nova Pontocom e Cnova antes de ser integrada efetivamente à Via Varejo. Apartadas, as operações digitais competiam com as do varejo físico. Os custos com estruturas duplicadas de logística, marketing, estoque, entre outros, também eram um problema. Não bastasse isso, uma crise envolvendo fraude nos estoques do e-commerce causou pesados prejuízos à empresa.

A situação melhorou depois que as operações online e offline foram integradas, em 2016. Mesmo assim, entre 2018 e 2019, o segmento digital teve uma piora no desempenho – entre outras razões, por conta da instabilidade operacional, da navegabilidade e da funcionalidade do aplicativo de vendas.

Atividade econômica

Os movimentos da economia do país são um elemento chave para o desempenho de varejistas como a Via Varejo. Se a perspectiva econômica é ruim, cresce o risco de desemprego – e sem emprego e dinheiro no bolso, as pessoas deixam de comprar itens não essenciais. O contrário também acontece: quando o cenário melhora, as vendas crescem.

Em meio às mudanças no controle e na gestão, e apesar da atividade econômica fraca, a Via Varejo ainda espera melhorar as vendas nas lojas físicas. Um trabalho junto ao time de vendas está sendo realizado, com o objetivo de melhorar a rentabilidade.

Passo a passo para comprar 

1. Analise seu perfil de investidor

Os papéis da Via Varejo tiveram um comportamento volátil nos últimos anos. Portanto, antes de comprar as ações, avalie se está disposto a encarar os altos e baixos. Procure responder, para si mesmo, perguntas como qual seu nível de conhecimento sobre a empresa ou quanto tempo terá disponível para estudar sobre ela.

Também é preciso identificar seus objetivos com as ações: aproveitar uma oportunidade para obter ganhos no curto prazo ou tornar-se um acionista de longo prazo? Tudo isso vai ajudá-lo a saber se comprar as ações da Via Varejo é uma alternativa para você.

2. Conheça a empresa

Para ter segurança ao comprar ações da Via Varejo, é importante estudar suas perspectivas de desempenho. As corretoras e casas de análise costumam disponibilizar relatórios de análise com essas informações.

Os analistas traçam um perfil da empresa e também avaliam os resultados financeiros, emitindo uma opinião: se acham que é hora de comprar ou de vender as ações. Uma terceira opinião comum dos analistas é “manter”. Para quem não tem as ações na carteira, esse é um sinal para evitar comprá-las naquele momento. Essa visão geral sobre as perspectivas para os papéis pode mudar ao longo do tempo.

3. Cadastre-se em uma corretora

Para poderem enviar ordens de compra e de venda de ações ao pregão, os investidores precisam ter conta em uma corretora. Existem mais de 80 instituições autorizadas pela B3.

Verifique as taxas de corretagem de cada instituição. Esse valor é cobrado cada vez que alguém compra ou vende uma ação. Pode ser fixo, em reais, ou um percentual sobre a operação. Corretoras como a Clear não fazem essa cobrança. Quanto menor for esse custo, menor o impacto sobre o resultado das operações.

Com a conta aberta, envie dinheiro para a corretora por meio de uma transferência (TED ou DOC) a partir do seu banco. Depois, acesse o home broker – sistema de negociação online – ou ligue para a mesa de operações e passe sua ordem. Nesse momento, você terá de informar quantas ações quer comprar e a que preço.

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