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Como Bárbara Râmissa usa automação e ICT para guiar traders rumo à consistência

Assessora da DOM, Bárbara Râmissa combina técnica ICT, leitura de liquidez e gestão emocional para orientar traders e reduzir a impulsividade no mercado

Bruno Nadai

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Para muitos traders a primeira barreira no mercado não é técnica — é emocional. Já para Bárbara Râmissa, assessora da DOM Investimentos, a consistência nasce justamente do alinhamento entre esses dois pilares. Depois de estudar diversas metodologias, ela encontrou na abordagem ICT o ponto de equilíbrio entre estrutura, previsibilidade e racionalidade operacional. “Eu parei no SMC, então no ICT. E foi o que conseguiu me dar consistência”, afirma.

A partir dessa visão, Bárbara compartilhou sua experiência no episódio 75 do programa GainDelas, no canal GainCast, onde detalhou como a automação, o ICT e a leitura de liquidez se tornaram pilares do seu método e da orientação que oferece aos traders.

Segundo ela, além disso, a clareza do método é essencial para reduzir a impulsividade. Em vez de clicar a todo instante ou mudar de estratégia a cada semana ruim, o trader precisa de uma leitura fria e objetiva do comportamento do mercado. “Eu vejo muitos clientes mudando toda hora o operacional e isso prejudica demais”, observa.

Liquidez como bússola operacional

Nesse sentido, o coração do operacional de Bárbara está na identificação de liquidez — elemento central do ICT. Por isso, sua rotina começa analisando rupturas de estrutura, zonas de captação de ordens institucionais e regiões onde o preço demonstra intenção real. Para ela, operar sem entender essas dinâmicas é navegar no escuro. “Eu vejo quando o mercado está fazendo quebras de estruturas, capturou uma liquidez e é ali que eu vou entrar”, explica.

Como resultado, o método trouxe não apenas resultados mais consistentes, mas também serenidade. Além disso, ao fazer análises no período da noite, ela inicia o pregão já sabendo o que esperar. A previsibilidade reduz a ansiedade e dá espaço para decisões mais maduras. “Eu não tenho essa ansiedade de estar em todas as operações, clicando toda hora”, observa.

Automação para enfrentar limites humanos

Além disso, a proximidade com traders e a própria experiência pessoal levaram Bárbara a estudar automação de forma profunda. A barreira emocional — especialmente o medo de perder e a tentação de ultrapassar limites — faz com que muitos sabotem operações que, na teoria, funcionariam. Desse modo, a automação surge como solução para esse descompasso entre teoria e execução. “Eu me apaixonei sobre automação”, relata.

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Para ela, robôs conseguem seguir métricas que um operador ansioso não seguiria. Dessa forma, essa separação entre lógica e impulso é o que torna o processo mais consistente. A lógica é simples: retirar da equação aquilo que mais prejudica o trader — o impulso.

A distinção entre seu operacional manual e o automatizado é clara. Enquanto isso, ela, na mão, consegue alongar alvos e ter discricionariedade, o robô exige rigidez. “No robô eu não posso ter essa ganância”, afirma.

Por fim, para muitos clientes, essa disciplina forçada é justamente o que finalmente permite construir consistência.

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O mapa emocional do trader

Na prática, como assessora, Bárbara percebe que grande parte dos problemas de performance nasce antes do gráfico. Assim, o trader chega com discurso de autocontrole, mas a primeira curva de drawdown revela fragilidades profundas. Por isso, todo início de trabalho envolve diagnóstico comportamental, histórico operacional e diário de trade. “Eu faço um mapeamento com o cliente. E aí a gente consegue ajustar”, explica.

Além disso, a principal dificuldade pé a ansiedade — inclusive na automação. Muitos querem desligar o robô na primeira perda ou aumentar o risco no primeiro ganho rápido. “Tem cliente que entra já no drawdown e fala: ‘O que que eu faço?’”, relembra.

Diante disso, sua resposta é sempre a mesma: respeitar o processo, a curva e o tempo da estratégia.

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Educando o trader para o longo prazo

No atendimento, Bárbara se mantém firme ao explicar que automação não é caixa eletrônico e que consistência não é conquistada com pressa. Antes de ampliar risco ou testar novas estratégias, é preciso maturidade técnica e emocional. “A gente faz uma educação com o cliente para ele saber como funciona”, afirma.

Esse trabalho educacional também se estende à relação com os assessores da casa e à construção de uma comunidade mais preparada. O objetivo central é mostrar que o mercado exige método, disciplina e autoconsciência — e que existe espaço para todos desde que respeitem seus próprios limites. “O principal é mostrar para o cliente que ele precisa ter um bom emocional para operar”, conclui.

Por tanto, essa visão resume sua abordagem: para ela, técnica, método e emocional caminham juntos na busca pela consistência no mercado.

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