Como acabar com a corrupção na FIFA? Faça um IPO e coloque-a na Bolsa

Ocorre no dia 26 de fevereiro em Zurique a eleição para o novo presidente da FIFA, que irá ocupar o cargo deixado por Joseph Blatter. Mas isso não está empolgando ninguém

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Já faz alguns anos que a FIFA perdeu seu prestígio diante de tantos problemas e acusações de corrupção. Porém, com os casos recentes que levaram a prisão diversos dirigentes da entidade, a Federação se tornou sinônimo de desmoralização, mas os próximos dias podem definir uma grande mudança e um economista esportivo está fazendo uma proposta, que segundo ele, pode mudar completamente a imagem da entidade.

Ocorre no próximo dia 26 de fevereiro em Zurique, na Suíça, a eleição para o novo presidente da FIFA, que irá ocupar o cargo deixado poe Joseph Blatter. Mas isso não está empolgando ninguém, já que a organização está em uma profunda crise e os candidatos não trazem tanto ânimo sobre como poderão fazer a entidade ressurgir. Mas para Stefan Szymanski, o caminho pode ser simples: torne a FIFA uma companhia pública.

Segundo ele, o ideal seria a organização abrir seu capital e passar a ser listada em Nova York, ou seja, sob as regras e leis dos Estados Unidos. Segundo artigo da The Economist, Szymanski acredita que a listagem pública da FIFA teria vários benefícios, sendo o principal o aumento do nível de transparência da entidade. “Escândalos afligem as empresas listadas também, mas uma coisa que você não vai ouvir de executivos de empresas públicas são queixas sobre a falta de controle”, diz a matéria.

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Além disso, os números da empresas passariam a ser mais limpos, já que os dados dos anos anteriores são bastante suspeitos. De acordo com seu relatório anual, a organização, que tem apenas 474 empregados, gastou impressionantes US$ 115 milhões em despesas com pessoal em 2014. Uma listagem pública exigiria a FIFA a divulgar quanto seus executivos recebem.

Em destaque, a FIFA passaria a estar sujeita à Lei de Práticas de Corrupção no Exterior, o que já traria uma grande investigação, por exemplo, às escolhas da Rússia e do Qatar como países-sede das Copas do Mundo de 2018 e 2022, ambos envolvidos em rumores de suborno. Outra vantagem seria formalizar e aumentar a obtenção de receita da entidade por meios legítimos.

Apesar de todos os pontos positivos de uma listagem pública da FIFA em Nova York, nenhum dos candidatos que irão disputar as eleições no fim do mês se mostraram dispostos a abrir o capital da entidade. A ideia continua válida, mas talvez fique para outra hora.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.