Como a MRV quer dobrar de tamanho nos próximos 5 anos, apesar do aumento de juros e da pandemia

CEO e CFO do grupo participaram de live do InfoMoney e falaram sobre foco no Casa Verde e Amarela, operação nos EUA, volta dos dividendos e lançamentos

Anderson Figo

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SÃO PAULO — Apesar da expectativa de aumento da Selic em 2021 e da piora no ritmo de infecções pelo coronavírus no país, a MRV (MRVE3) está otimista com suas operações e prevê dobrar de tamanho em até cinco anos. A afirmação é do CEO da companhia, Rafael Menin, que participou de uma live do InfoMoney nesta sexta-feira (5).

“É muito importante vocês entenderem porque que a MRV está tão positiva e prevendo mais que dobrar de tamanho nos próximos cinco anos. De fato a gente é a única empresa que tem essa capacidade de infraestrutura e de pessoas, e essa exposição a tantos mercados”, disse. “É importante a gente pontuar bem essa estratégia macro da companhia.”

A entrevista faz parte do projeto Por Dentro dos Resultados, no qual CEOs e outros executivos importantes de empresas da Bolsa comentam os balanços do quarto trimestre de 2020 e o desempenho anual das companhias, e falam também sobre perspectivas. Para não perder as próximas lives, que acontecem até o início de abril, se inscreva no canal do InfoMoney no YouTube.

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A estratégia da MRV inclui ampliar os lançamentos no Brasil voltados para a faixa de preços na qual ela é referência, que é a do antigo Minha Casa, Minha Vida, atual Casa Verde e Amarela, além de diversificar o funding da companhia, ficando menos dependente dos recursos do FGTS, e atuar em frentes diferentes com as empresas que estão dentro do grupo, como a AHS nos Estados Unidos, a Urba, de loteamentos no Brasil, e a Luggo, de alugueis para fundos imobiliários.

O executivo comentou ainda sobre o lançamento recente da Sensia, que segundo ele tem sido um sucesso. “Com a AHS, pretendemos atingir 5.000 unidades de vendas nos Estados Unidos por ano. Aqui no Brasil já vendemos cerca de 40.000 ao ano”, disse.

Ricardo Paixão, CFO da companhia, explicou que a redução de 20,3% no lucro líquido do grupo em 2020, na comparação com 2019, se deve ao aumento de custos, que ofuscou o fim dos descontos nos preços praticados desde o início da pandemia.

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“No ano passado, foi o primeiro ano que a gente não fez nenhum pagamento de dividendo extraordinário, em função da pandemia a gente preferiu segurar um pouco o caixa. Pagamos apenas os 25% obrigatórios. A companhia normalmente paga em torno de 50%”, disse.

“Neste início de ano, a operação começou bem, volume de vendas bacana, isso deu um conforto para pagar dividendos baseados em 2019. A gente pagou R$ 100 milhões em dividendos no primeiro trimestre. Vamos continuar pagando em torno de 50% do lucro líquido no restante do ano. Por que não mais do que isso? Porque a gente precisa que a MRV invista também o capital nas outras linhas de negócios”, completou.

Os executivos falaram ainda sobre como a perspectiva de alta da Selic afeta a companhia, sobre o impacto do INCC sobre os distratos, sobre a possibilidade de abertura de capital de alguma outra marca do grupo, sobre planos de lançamentos para este ano e perfil das dívidas. Assista à live completa acima.

Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.