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SÃO PAULO – O exercício de opções sobre ações de fevereiro movimentou R$ 5,21 bilhões nesta segunda-feira (20), informou a BM&FBovespa. Deste total, R$ 4,900 bilhões foram do exercício de opções de compra e os R$ 318,52 milhões restantes vieram de opções de venda.
A Vale “dominou” o mês, com três entre as 5 opções mais movimentadas, apesar de não ficar com o primeiro lugar. No segundo lugar de fevereiro ficou a opção de compra dos papéis preferenciais (VALE5) a R$ 32,98, que movimentou R$ 13854 milhões. Já no quarto e quinto lugares, ficaram os contratos de compra das ações a R$ 27,98 e R$ 33,98, respectivamente, que tiveram volume de R$ 133,16 milhões e R$ 100,79 milhões.
Na primeira posição ficou a opção de compra de Itaú Unibanco (ITUB4) a R$ 38,36, que movimentou R$ 322,47 milhões, enquanto o terceiro lugar aparece o ETF BOVA11, que acompanha o índice Ibovespa, com a opção de compra a R$ 65,00, movimentando R$ 136,36 milhões.
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O que é uma opção?
A opção é um derivativo negociado na Bolsa de Valores. E como qualquer derivativo, seu preço “deriva” da oscilação do ativo ao qual ela se lastreia – no caso de uma opção de ação, o contrato varia de acordo com as oscilações desta ação na Bovespa. Quem compra uma opção está adquirindo o “direito” de comprar ou vender alguma ação; já quem vende a opção tem a obrigação de atender a exigência daquele que comprou o contrato.
Existem dois tipos de opções: de compra (call) e de venda (put). Quando um investidor compra uma “call”, ele está adquirindo o direito de comprar uma determinada ação a um preço já estabelecido (que é preço de exercício, ou “strike”) até um dia de vencimento já firmado. Para o investidor que compra uma “put”, ele está adquirindo o direito de vender uma ação até um dia determinado a um valor já estabelecido.
Dados históricos dos vencimentos de opções:
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Vencimento | Opções de compra (R$ milhões) |
Opções de venda (R$ milhões) |
Total (R$ milhões) |
20/02/2017 | 4.900 | 318,5 | 5.210 |
16/01/2017 | 2.773 | 223,7 | 2.990 |
19/12/2016 | 1.930 | 2.431 | 4.360 |
21/11/2016 | 3.280 | 971,1 | 3.280 |
17/10/2016 | 3.491 | 323,6 | 3.810 |
19/09/2016 | 1.728 | 545,9 | 2.270 |
15/08/2016 |
2.517 | 118,4 | 2.635,4 |
18/07/2016 | 2.433 | 166 | 2.599 |
20/06/2016 | 1.357 | 919 | 2.276 |
16/05/2016 | 1.219 | 859 | 2.078 |
18/04/2016 | 3.385 | 272 | 3.650 |
21/03/2016 | 3.315 | 481 | 3.790 |
15/02/2016 | 833 | 1.507 | 2.330 |
Fonte: BM&F Bovespa
Vencimento eleva volatilidade
A forte oscilação verificada em dias de vencimento de derivativos reflete a disputa entre “comprados” e “vendidos”. De modo geral, os “comprados” apostam na alta das ações, enquanto os “vendidos” visam o fraco desempenho dos papéis.
Neste cenário, os “comprados” tendem a adquirir grandes quantidades de ações, na tentativa de elevar seu preço, enquanto os “vendidos” promovem a venda dos papéis, com o intuito de derrubar as cotações.
Vale lembrar que esse movimento ganha força na medida em que as ações mais negociadas nos contratos de opções costumam carregar participação significativa no Ibovespa.