Com redução do custo-Brasil, País retomará crescimento no médio prazo

Taxa do PIB voltará a subir forte com diminuição de custos de investimento, preveem especialistas
Avião decola em aeroporto

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SÃO PAULO – Com um cenário de redução do custo-Brasil, especialistas veem panorama melhor para o Brasil, que tende a voltar a registrar crescimento mais elevado a médio prazo. Na sexta-feira passada, o PIB (Produto Interno Bruto) apresentou leve alta de 0,6%, resultado bem abaixo do esperado, e que levou o mercado a reduzir a expectativa de expansão para a economia neste ano de 1,50% para 1,27%, segundo dados do boletim Focus.

Na continuação de um quadro financeiro internacional fragilizado, o mercado interno continuará a ganhar peso cada vez maior na pauta da economia brasileira, em detrimento da importância das exportações de commodities agrícolas, que tendem a continuar a ser afetadas pela crise.

Os investimentos em infraestrutura que têm sido realizados, com diminuição do custo de energia, e melhorias em portos, aeroportos e rodovias somados ao consumo doméstico serão capazes de reverter o atual panorama de crescimento pífio do País, conforme avaliam economistas ao Portal InfoMoney.

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Mesmo com as melhorias, os custos de investimento interno continuarão altos, na comparação com demais emergentes, por conta do alto custo com mão de obra, com burocracia e com carga tributária. Os custos com energia também permanecerão elevados – apesar de que diminuirão com as intervenções do governo no setor -, onerando forte a indústria.

“Hoje, a produção está toda espalhada pelo País. As rodovias nem os portos não são suficientes para integrar as mercadorias aos centros produtivos e o preço da energia é muito mais elevado do que em outros emergentes”, ressalta Rafael Leão, economista da agência de classificação de risco Austin Rating.

Otimismo
“Com esses investimentos, o Brasil vai deslanchar, recuperando o crescimento”, acredita o professor da UFF Marco Aurélio Cabral, citando que a injeção de dinheiro na estrutura elevará o nível educacional e, consequentemente, o de renda da população, calibrando a demanda do consumo interno.

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“O fraco crescimento na Europa e nos EUA derrubou o volume de exportação e deixou o empresariado mais cauteloso. Já estamos vendo, porém, um aumento da confiança, com maior compra de máquinas, equipamentos e caminhões, devido ao crédito mais barato”, afirma Antônio Madeira, da LCA Consultoria.

Para o economista da Austin, o Brasil retomará crescimento, mas não atingirá mais taxas em “nível chinês”, como em 2010, quando registrou alta de 7,5%. Um limite de até 5,0% na taxa de crescimento, a partir de 2015, soa razoável para o economista. Para 2013, no entanto, já é esperada taxa de 3,7% de expansão – inalterada, mesmo após a divulgação do PIB do período de julho a setembro.