Com Petrobras em alta de cerca de 2%, Ibovespa volta a subir

Mercado busca recuperação depois de cair cerca de 6% nos últimos seis dias; mercado digere Datafolha e espera por Ibope

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Após chegar a subir cerca de 1% no início da sessão e perder fôlego após a abertura dos EUA, o Ibovespa volta a subir com a Petrobras recuperando o “fôlego”, digerindo as últimas pesquisas eleitorais que mostraram um empate técnico entre Marina Silva (PSB) e Dilma Rousseff (PT). O destaque fica para o Datafolha de ontem, ao mesmo tempo que aguarda a divulgação do Ibope. O mercado esperava que a pesquisa Ibope seria divulgada hoje, mas foi confirmado que ela será revelada às 10h (horário de Brasília) de amanhã, o que pode ter gerado “um alívio para o mercado manter o movimento de recuperação”, aponta Thiago Souza, analista da XP Investimentos. 

Vale ressaltar que, nas últimas seis sessões, o índice teve perdas de 5,97% e, nesta data, tenta buscar uma recuperação. O Ibovespa chegou a registrar ganhos de 0,97% e, às 11h13 (horário de Brasília), tinha ganhos de 0,65%, a 58.575 pontos.  

Com relação ao Datafolha, havia algumas especulações de que a presidente Dilma apareceria à frente da principal concorrente, Marina, que não se confirmaram, levando a alguns movimentos de ajustes. A pesquisa Datafolha divulgada ontem à noite mostrou uma disputa bem mais acirrada, com as duas candidatas empatadas tecnicamente tanto no primeiro quanto no segundo turno; na segunda etapa, a pessebista apareceria com 47% e a petista, 43%. Em meio a esse cenário e às fortes quedas das últimas sessões, as estatais buscam um movimento de recuperação. 

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Em destaque no noticiário econômico, ainda está a Ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que manteve a Selic em 11%. O Copom aumentou a projeção para o reajuste nos preços da energia elétrica em 2014, de 14%, previstos em julho, para 16,8% e a estimativa para a redução nas tarifas de telefonia fixa passou de 3,8% para 6,3%, este ano.

No noticiário corporativo, entre as maiores quedas, destaque para a TIM (TIMP3). Segundo o jornal Valor Econômico, a companhia está estudando uma saída para deixar de ser uma empresa focada apenas em serviços móveis, o que atualmente impede o oferecimento de pacotes combinados aos consumidores e limita o crescimento da empresa. De acordo com a publicação, a companhia está avaliando negócios de TV por assinatura para completar seu portfólio.

As maiores altas, dentre as ações que compõem o Índice Bovespa, são:

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 Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 GFSA3 GAFISA ON 3,21 +3,88
 CRUZ3 SOUZA CRUZ ON 19,69 +3,52
 CYRE3 CYRELA REALT ON 13,53 +2,58
 ELET3 ELETROBRAS ON 7,53 +2,45
 ELPL4 ELETROPAULO PN N2 9,82 +2,29

As maiores baixas, dentre os papéis que compõem o Índice Bovespa, são:

 Cód. Ativo Cot R$ % Dia
 TIMP3 TIM PART S/A ON 13,29 -2,42
 KROT3 KROTON ON 60,80 -1,14
 ESTC3 ESTACIO PART ON 27,00 -0,99
 SANB11 SANTANDER BR UNT N2 15,66 -0,76
 CSNA3 SID NACIONAL ON 9,49 -0,73

Bolsas internacionais

Os principais índices acionários do mundo iniciaram a quinta-feira (11) em direções opostas. As bolsas asiáticas fecharam entre perdas e ganhos, mas o destaque foi o Nikkei, benchmark japonês, que atingiu seu maior patamar em 8 meses. Já as bolsas europeias, abrem a sessão em queda, reagindo às preocupações dos investidores com a política econômica dos EUA e as tensões geopolíticas. 

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Ontem, Obama disse aos norte-americanos em um discurso no final da quarta-feira que autorizou ataques aéreos dos EUA pela primeira vez na Síria e mais ataques no Iraque, em uma ampla escalada da campanha contra o grupo militante Estado Islâmico. Associado às expectativas pela próxima reunião do Federal Reserve, o dia é de baixa para as bolsas norte-americanas. 

Na Ásia, dados sobre a inflação na China que indicaram perda de ímpeto na economia levantaram preocupações, mas também algum otimismo entre investidores que esperam mais estímulos para impulsionar a segunda maior economia do mundo.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.