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SÃO PAULO – Em mais um dia de noticiário agitado para o grupo EBX, as sempre voláteis ações das empresas do grupo registram fortes quedas na sessão desta terça-feira (16), sendo destaque de baixa do Ibovespa.
Os ativos OGX Petróleo (OGXP3, R$ 0,47, -7,48%), após apontarem para algumas sessões de recuperação, voltaram a registrar baixa, de acordo com cotação das 10h43 (horário de Brasília). Na véspera, a Moody’s fez um novo corte de rating para Ca – a segunda nota mais baixa da agência, bastante próxima de um calote -, com perspectiva negativa. Com grandes dívidas e geração de caixa decepcionante, a companhia se aproxima cada vez de um calote.
“Há cada vez menos expectativa de que a OGX possa exercer a opção de venda de US$ 1 bilhão em ações que foi garantida por seu controlador, já que os membros do conselho independentes deixaram a companhia”, afirma Gretchen French, vice-presidente da Moody’s. A companhia pode ter o rating retirado caso entre em reestruturação.
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Na manhã desta data, a companhia prestou esclarecimentos ao mercado e informou que manteve a previsão de extração de óleo no Tubarão Martelo no 4º trimestre deste ano.
Seguindo o movimento negativo, as ações da LLX Logística (LLXL3, R$ 0,70, -5,41%) e da MMX Mineração (MMXM3, R$ 1,30, -5,11%) seguem as perdas da companhia de petróleo do grupo EBX e registram baixa de mais de 5%.
Assim como a oscilação de preço de seus papéis, o noticiário das empresas X também mostra-se bastante movimentado, principalmente com a OGX, que teve um novo corte de rating anunciado pela Moody’s e manteve a previsão de extração de óleo no Tubarão Martelo no 4º trimestre deste ano.
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Ações fora do Ibovespa seguem queda
Fora do índice, a OSX Brasil (OSXB3, R$ 1,12, -5,08%), a MPX Energia (MPXE3, R$ 7,01, -3,18%) também registram queda. Em destaque, está ainda a CCX Carvão (CCXC3), com queda de 5%, a R$ 0,76.
Em ata divulgada na noite da última segunda-feira, a CCX anunciou a saída de dois membros do Conselho de Administração, ocorrida na semana passada: Bruno de Rossi Chevalier e Rodolpho Tourinho renunciaram aos cargos. Tourinho também deixou o comitê de auditoria.
Com isso, a companhia decidiu alterar o estatuto, com a exigência mínima para o conselho passando de cinco para dois membros, incluindo o presidente, com mandato de um ano para cada um.
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Na semana passada, a BM&FBovespa informou ter notificado a OGX e a OSX para adequação às regras do Novo Mercado, segmento da bolsa brasileira que estabelece um padrão de governança corporativa elevado e exige que a companhia tenha, no mínimo, cinco integrantes no conselho de administração, sendo ao menos um deles independente. Já a CCX aderiu ao novo mercado em maio do ano passado.
Na última quarta-feira (10), a petrolífera do Grupo EBX anunciou que não possui mais conselheiros independentes. Os dois membros restantes, Samir Zraick e Luiz do Amaral da França Pereira, não integram mais a composição do conselho de administração.
No mesmo dia, a OSX informou que Rodolfo Tourinho Neto, Luiz do Amaral de França, Samir Zraick e Eliezer Batista da Silva não integravam mais o conselho de administração da companhia sendo que o último integrante voltou atrás da sua decisão.