Com dívidas de R$ 1,44 bi para junho, EBX precisa manter confiança dos investidores

Empresas do grupo de Eike Batista tem dívida bruta total de R$ 24,8 bilhões, segundo informações do Valor

Paula Barra

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SÃO PAULO – A maré turbulenta que o Grupo EBX enfrenta parece não acabar tão cedo. Em meio às alternativas para tentar melhorar a estrutura de capital de suas empresas, inclusive com a venda de ativos e participações do grupo, o controlador Eike Batista precisa manter a confiança dos credores para rolar seus compromissos de curtíssimo prazo – uma parcela da dívida de R$ 1,44 bilhão vence entre abril e o fim de junho. 

Segundo informações compiladas pelo Valor, o grupo tem uma dívida bruta total de R$ 24,8 bilhões. Os dados oficiais apontam o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) como o maior credor individual do grupo, com financiamentos já concedidos no valor de R$ 6 bilhões. Na sequência, aparecem Caixa Econômica Federal, com R$ 2,16 bilhões; o Itaú Unibanco, com R$ 1,76 bilhão; e o Bradesco, com R$ 1,53 bilhão. 

A mais endividada é a OGX Petróleo (OGXP3), com dívida total de R$ 8,045 bilhões, seguida por MPX Energia (MPXE3), com R$ 6,067 bilhões, e OSX Brasil (OSXB3), com R$ 5,446 bilhões. 

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As informações, contudo, não revelam o cenário completo do grupo, já que a exposição de crédito Bradesco e Itaú supera a casa dos R$ 5 bilhões cada um, segundo fontes próximas às instituições disseram ao jornal. O BTG Pactual tem R$ 1,6 bilhão a receber, sem contar a linha de US$ 1 bilhão disponibilizada recentemente.