Com agenda fraca e feriados por aqui e nos EUA, semana terá pouca movimentação

"Não se espera grandes movimentos por indicadores", comenta Planner; ata do Copom e IPCA em foco

Luis Madaleno

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SÃO PAULO – “Acabou agosto, o mês do desgosto para as bolsas”. O comentário da Coinvalores elucida o que se viu durante o início da última semana, período no qual a aversão ao risco dominou o sentimento nas praças internacionais e doméstica. No entanto, setembro começou de maneira bastante positiva, com indicadores que, no mínimo, mitigaram os receio quanto à saúde da recuperação global.

“Fatores negativos ainda estão por aí – como a recuperação lenta dos EUA, os elevados níveis de endividamento de países do sul da Europa e uma possível bolha no mercado imobiliário na China – mas estão agora equilibrados por notícias cada vez mais positivas das economias centrais da Europa e bons resultados corporativos – desta vez com base em uma recuperação na demanda real”, avalia a equipe do ABN Amro Bank.

Anêmica agenda semanal
Já no que tange as perspectivas para os próximos pregões, os analistas são unânimes em prever fraca movimentação nos mercados. “Nos EUA, nesta segunda-feira será feriado, dia do trabalho. Nós comemoraremos o Dia da Independência, na terça-feira. Sendo assim, a semana não será tão agitada”, comenta a Coin.

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Do mesmo modo, a equipe da Planner afirma que “não se espera no período grandes movimentos por conta de indicadores”, enquanto a Socopa avalia que, “com poucos dados relevantes, a agenda econômica não deve estar no foco nesta semana”.

Cena doméstica
Por aqui, o destaque nos próximos dias recai sobre a divulgação da ata do Copom (Comitê de Política Monetária). “O Bacen (Banco Central) divulgará a ata na quinta-feira, que não deverá trazer surpresas, uma vez que o mercado já aguardava a manutenção da Selic”, comentam os analistas da Coin. “A decisão foi unânime entre os conselheiros, e o BC se mostrou muito tranquilo com relação à inflação. Vamos aguardar maiores detalhes.”

Além disso, a quinta-feira também conta com a publicação do resultado do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) auferido no mês de agosto. O indicador recebe especial atenção nesta semana devido ao surpreendente resultado da economia doméstica do segundo trimestre, o qual trouxe receios quanto à trajetória dos preços no País.

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EUA: Balança e livro Bege
De Brasília a Washington, destaque aos números da balança comercial dos EUA, a serem conhecidos na quinta-feira. “Esperamos que o saldo da balança comercial tenha diminuído um pouco em julho, devido em parte à nossa expectativa mais baixa das importações de petróleo”, disparam os analistas do Wells Fargo. “Apesar da previsão de uma modesta redução do déficit em julho, ele deve aumentar um pouco nos próximos meses até o final do ano à medida que a economia continua a se recuperar”, completam.

Por lá ainda será revelado, na quarta-feira, o livro Bege do Federal Reserve. “Depois do discurso do Ben Bernanke, de que a instituição poderá adotar novas medidas não convencionais para sustentar a retomada da atividade econômica no país, vamos ver como será o desempenho da economia americana e torcer pela retomada do crescimento econômico”, comenta o banco.

Europa e Ásia
Na Europa destaque fica por conta dos números da produção industrial, CPI, e PIB final de vários países do Velho Continente.

Passando ao continente asiático, o destaque da semana fica com Tóquio. O BoJ (Bank of Japan) fará sua reunião para decidir sobre a taxa de juros que, de acordo com as expectativas do mercado, deverá ser mantida em 0,1% ao ano.