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SÃO PAULO – Após diversas tentativas, a SABMiller finalmente aceitou a proposta da AB Inbev para sua aquisição pelo valor de US$ 106 bilhões, o que, se concretizado, se tornará a terceira maior fusão da história. Porém, este pode ser apenas mais um passo da companhia controlada pelos brasileiros da 3G Capital, que já possuem um histórico de aquisições agressivas.
Este é o destaque da recente publicação da The Economist, que lembra rumores recentes do mercado – antes ainda dos boatos sobre a compra da SABMiller -, que apontavam um grande interesse da AB Inbev em adquirir a Coca-Cola. “A aquisição da Coca-Cola levaria à formação de um verdadeiro leviatã, com extraordinária infraestrutura mundial de engarrafadoras e outros ativos produtivos”, destaca a revista.
Segundo a matéria, não foi nenhuma surpresa o acordo entre as duas companhias, dado que a AB Inbev é uma das “empresas de estratégia aquisitiva mais agressiva do mundo”. A Economist lembra inclusive da aquisição, em 1989, do que se tornaria a Ambev, o que facilitou a conquista de novos territórios em três continentes, levando a empresa a se tornar a maior cervejaria do mundo.
Não perca a oportunidade!
Com a aquisição da SABMiller, as duas cervejarias concentrarão metade dos lucros do setor, venderão duas em cada três garrafas de cerveja consumidas no mundo inteiro e terão faturamento aproximadamente 50% superior ao da própria Coca-Cola. Como a Economist lembra, no caso da atual fusão, o poder de cortar custos da AB Inbev pode não ser muito útil, já que a SAB Miller já é uma empresa enxuta. Por outro lado, no caso da Coca, ainda há “muita gordura para cortar”.
Enfim, segundo a publicação, “à primeira vista, a ideia [de comprar a Coca-Cola] é tão ousada que parece absurda. Mas se os negócios fechados nas últimas décadas no segmento de cervejas servem de indicação, não é impossível”. A diferença agora é que, se os rumores desta aquisição estavam aumentando, talvez agora mostrem apenas que a AB Inbev irá aguardar mais um tempo para sua próxima grande compra.