Colunista InfoMoney: Bolsa brasileira, hora de entrar ou hora de sair?

Surge um cenário muito atraente para pessoas que desejam experimentar a renda variável; mas é aí onde mora o perigo

Marcelo Smarrito

Ao fim do mês de setembro, o Ibovespa estava em 61.517 pontos. Isso significa que, no mês, acumulou uma alta de quase 9%. Além disso, as ofertas de ações voltaram com força. Desde a chegada da VisaNet até hoje, já ocorreram nove operações, de empresas como Rossi, Multiplan, Natura, BRF Foods e outras. E há outras duas de importantes empresas já anunciadas: Gol e Santander.

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Na prática, o que isso significa? 62 mil pontos é barato ou é caro? As novas ofertas são ou não boas oportunidades de entrada para novos investidores? Sinceramente, a resposta é: “depende”. O mercado está aquecido. Soma-se a isso o fato de a Moody’s ter concedido o sonhado investment grade ao Brasil. Assim, surge um cenário muito atraente para pessoas que desejam experimentar a renda variável.

Mas é aí onde mora o perigo. Pegue o exemplo do IPO (Initial Public Offering) da Tivit, que ocorreu há pouco tempo. Como foi uma emissão secundária, tivemos que, em uma ponta, o dinheiro foi parar 100% nas mãos de quem já era acionista. Que bom, não? Na outra ponta, entretanto, quem resolveu se tornar acionista da empresa está amargando um resultado no mínimo decepcionante: 3,3% de baixa (primeiro dia), 5,6% de baixa (segundo dia), 5,0% de baixa (terceiro dia), e assim por diante.

Ou seja, aqueles investidores de primeira viagem, atraídos pelo tal cenário atraente, possivelmente estão repensando o entusiasmo com a Bolsa. E isso será uma pena, porque, como continuo a dizer, a renda variável é excelente, talvez a melhor opção para aquele dinheiro que você pode separar para aplicações.

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“Na prática, o que isso significa? 62 mil pontos é barato ou é caro?”

A resposta “depende”, que dei no segundo parágrafo deste artigo, portanto, tem a ver com as expectativas de cada investidor. Se você está buscando resultados em curto prazo, meu conselho é ficar atento, pois os analistas acreditam que haverá, a qualquer momento, um movimento de realização de lucros que provavelmente levará o Ibovespa a um patamar menor do que o atual.

Mas se você, como eu, acredita que a Bolsa é realmente um investimento de longo prazo, ainda há espaço e ações para compras criteriosas.

Bons investimentos e um Bom Brasil para todos.

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Marcelo Smarrito é diretor de Varejo da corretora Gradual, autor do livro “Desmistificando A Bolsa de Valores” e escreve mensalmente na InfoMoney, às sextas-feiras.
marcelo.smarrito@infomoney.com.br