Cogna (COGN3) sobe 10% e mais ações de educacionais fecham em disparada com expectativas positivas para o Fies

Na véspera, Haddad autorizou repasse de R$ 500 mi da União para o Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies), responsável por cobrir eventuais calotes no Fies

Equipe InfoMoney

Publicidade

As ações do setor de educação tiveram uma disparada na sessão desta terça-feira (31), com expectativas sobre mudanças no Financiamento Estudantil (Fies), tida como uma das prováveis vitrines do governo Lula neste novo governo.

Isso porque, na véspera, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, autorizou repasse de R$ 500 milhões da União para o Fundo Garantidor do Fies (FG-Fies), responsável por cobrir eventuais calotes no Fies. O repasse foi autorizado por portaria assinada pelo ministro e publicada na última segunda-feira no Diário Oficial da União.

O destaque entre as altas entre as ações pertencentes ao Ibovespa ficou com a Cogna (COGN3), fechando com ganhos de 10,19% (R$ 2,38), enquanto Yduqs (YDUQ3) subiu 7,16% (R$ 10,33); cabe ressaltar que os ativos COGN3 tiveram a recomendação elevada para neutra na véspera pelo Bradesco BBI.

Continua depois da publicidade

Anima (ANIM3) subiu 8,33%, a R$ 4,42, Ser Educacional (SEER3) avançou 13,27%, a R$ 4,78, enquanto Cruzeiro do Sul Educacional (CSED3) teve ganhos mais tímidos, de 2,64%, a R$ 3,50.

“As conversas relacionadas a um potencial aumento do Fies voltaram a esquentar e impulsionaram o setor. Essa notícia é um dos indicativos disso”, apontou um analista que acompanha o setor.

Cabe destacar que, às vésperas da eleição de Lula, no fim de outubro do ano passado, havia uma expectativa positiva para as ações do setor de educação, com os ativos do segmento registrando algumas sessões de disparada em meio às projeções de várias casas de reformulação do Fies. 

Continua depois da publicidade

“Uma reformulação do FIES pode ter um impacto substancial nas tendências de ingressos do campus e de mensalidades. As mensalidades vinham caindo em termos reais nos 10 anos anteriores a 2011, quando o governo começou a expandir o programa, levando a um período de 5 anos de reajustes reais de mensalidades, interrompido um ano após o início da redução do programa, em 2015. Atualmente, o programa do governo compõe 4% dos ingressos em campus de universidades, contra um pico de 39% em 2014”, avaliou o JPMorgan antes da eleição.

Contudo, sem grandes movimentações neste sentido no primeiro mês de governo, as ações acabaram não sustentando os ganhos.